A filosofia de Francis Bacon é marcada pelas ambiguidades: último renascentista, primeiro moderno; pré-cartesiano e, sob certos aspectos, pós-cartesiano; ela propugna, em simultâneo, obedecer e dominar a natureza; formula um ideal de ciência louvado pelos enciclopedistas franceses e que, se parece esgotado, por um lado, por outro se aproxima de vários dos recentes avanços técnico-científicos; etc. O propósito do curso é investigar alguns aspectos principais desse universo conceitual sempre pondo-os em diálogo tanto com as filosofias do renascimento quanto com a posteridade.
Estudo de alguns dos principais aspectos do universo conceitual do filósofo inglês Francis Bacon, buscando compreendê-los em conexão com o renascimento e a filosofia posterior.
1) A “situação” filosófica de Bacon: renascentista ou moderno? 2) A instauratio magna em face das filosofias do renascimento. 3) Interpretar, obedecer, dominar a natureza. 4) A doutrina dos ídolos. 5) Antigos e modernos; signos de esperança. 6) Empíricos e racionais; formigas, aranhas e abelhas. 7) Experiência, história e filosofia natural: o novo método. 8) A noção de forma e a ciência operativa. 9) A recepção: Descartes, ciência experimental, Enciclopédia.
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