Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
História
 
Disciplina: FLH0131 - História Econômica II
Economic History II

Créditos Aula: 5
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 105 h ( Práticas como Componentes Curriculares = 20 h )
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2015 Desativação: 14/07/2023

Objetivos
A disciplina tem como objetivo apresentar as principais questões que marcaram a história econômica e social do Brasil no século XX e início do XXI: agricultura de exportação, o processo de industrialização, o papel do Estado e as implicações sociais do crescimento econômico. Esses temas serão discutidos dentro de uma perspectiva de economia política internacional.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
65389 - Dario Horacio Gutierrez Gallardo
541136 - Everaldo de Oliveira Andrade
2783276 - Jorge Luis da Silva Grespan
1085053 - Lincoln Ferreira Secco
4873631 - Marcelo Candido da Silva
1292857 - Pedro Luis Puntoni
1793199 - Rafael de Bivar Marquese
6277125 - Rodrigo Goyena da Silveira Soares
1963793 - Rodrigo Monteferrante Ricupero
85489 - Vera Lucia Amaral Ferlini
 
Programa Resumido
O curso analisa os princípios e as características da economia e desenvolvimento econômico no Brasil durante o século XX e as primeiras décadas do século, considerando o papel do país no desenvolvimento econômico da América Latina e sua conversão em uma das economias emergentes do mundo na era da globalização. Aborda, na perspectiva histórica, as oportunidades e dificuldades dos diversos setores econômicos no Brasil, dentro de uma visão macroeconômica e multidisciplinar.
 
 
 
Programa
UNIDADE I. Antecedentes: o Nacional-Desenvolvimentismo e a Industrialização do Brasil por Substituição de Importações, 1930-1964
1. A Política Econômica e o Processo de Substituição de Importações
2. Os Impactos do Plano de Metas
TEXTO: BASTOS, Pedro Paulo Zahluth. “A Construção do Nacional-Desenvolvimentismo de Getúlio Vargas e a Dinâmica de Interação entre Estado e Mercado nos Setores de Base”. Revista Economia. Brasília, v.7, n. 4, dezembro, 2006, pp. 239-275.

UNIDADE II. Governo militar: expansão, mudanças estruturais e desequilíbrios externos: 1963-81
1. Planos Trienal e PAEG: crônica inacabada das Reformas Estruturais (1963-1967)
2. O “Milagre Brasileiro” (1967-1973)
3. A crise do “Milagre” e o II PND (1974-1981)
4. Os impactos do II PND e sua controvérsia

TEXTO: LIMA, Saulo de Castro. Da Substituição de Importações ao Brasil potência: Concepções do desenvolvimento 1964-1979. Aurora, vol. 4, n. 1, pp. 34-44, 2010

UNIDADE III. A Crise da Dívida, Estagflação e o Colapso do Nacional-Desenvolvimentismo: 1981-1991
1. A crise da dívida externa e as políticas de ajustamento
2. Crise fiscal e o desequilíbrio do setor púbico
3. A política macroeconômica: a natureza e o combate à inflação: O Plano Cruzado I e II; Plano Bresser; Plano Verão; O Plano Collor I e II

TEXTOS: RAMOS, Fernando Antonio da Cunha. Análise Comparativa dos planos Cruzado e Real. Defesa: 24/09/09. Dissertação. FGV. Rio de Janeiro, 2004; PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Auge e declínio nos anos setenta. Revista de Economia Política, vol. 3, n.2, pp.103-129 , abril-junho,1983


UNIDADE IV. Evolução recente: Reformas Neo-liberais, Estabilização Monetária e Estagnação Econômica: 1991-2006
1. A Abertura Comercial e Financeira
2. Reforma do Estado e o Programa de Privatizações
3. Política Macroeconômica, Estabilização Monetária e Crescimento Econômico
4. O Plano Real e o Primeiro Governo FHC (1993-1998)
5. A Desvalorização do Real e o Segundo Governo FHC (1999-2002)
6. Os Governos Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Roussef (2011-2014)
 
 
 
Avaliação
     
Método
Os métodos de avaliação serão selecionados pelo/a docente e explicitados no programa logo no início do curso.
Critério
Os critérios se baseiam nas normas gerais da Universidade, obrigatórias aos/às alunos/as: 70% de presença às aulas e nota a partir de 5,0 para aprovação. Diretrizes mais específicas serão elucidadas pelo/a docente no programa logo no início do curso.
Norma de Recuperação
Os/as alunos/as com nota abaixo de 5,0 e acima de 3,0 são obrigados a passar por período de recuperação. Os métodos serão selecionados pelo/a docente e explicitados no programa logo no início do curso.
 
Bibliografia
     
ANDERSON, Perry. Agência. In: Idem. Teoria, política e história: Um debate com E. P. Thompson. Trad. Marcelo Cizarre Guirau. Campinas: Editora da UNICAMP, 2018, p. 29-74. 
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Trad. Dora Flaksman. 2ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BATALHA, Cláudio H. M. Os desafios atuais da história do trabalho. Anos 90, v. 13, n. 23/24, p. 87-104, jan./dez. 2006.
BLOCH, Marc. Os reis taumaturgos: O caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra. Trad. Júlia Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
BOUCHERON, Patrick. Como se revoltar? Trad. Cecília Ciscato. São Paulo: Editora 34, 2018.
BRAUDEL, Fernand. História e Ciências Sociais: a longa duração. Revista de História, v. 30, n. 62, p. 261-294, 1965.
BRUBAKER, Rogers. Ethnicity without Groups. Archives européennes de sociologie, v. 43, n. 2, p. 163-189.
BURKE, Peter. A Revolução Francesa da Historiografia: A Escola dos Annales, 1929-1989. Trad. Nilo Odália. São Paulo: Editora Unesp, 1992. 
______. História e teoria social. Trad. Klauss Brandini Gerhardt e Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
______. Uma história social do conhecimento, 2 vols. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
C NDIDO DA SILVA, Marcelo. Uma História Global antes da Globalização? Circulação e espaços conectados na Idade Média. Revista de História, n. 179, p. 1-19, 2020.
CHALHOUB, Sidney; SILVA, Fernando T. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cadernos AEL, v. 14, n. 26, p. 3-47, 2009.
CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: Uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CONRAD, Christoph. Social History. In: SMELSER, N.J.; BALTES, P. B. (eds.). International Encyclopedia of the Social and Behavioral Sciences, vol. 39, Oxford: Pergamon, 2001, p. 14299–14306.
CORDEIRO JR., Raimundo Barroso. Indivíduo e sociedade na escrita da História: o primado do social na historiografia dos Annales. Saeculum – Revista de História, v. 21, p. 65-76, jul./dez. 2009.
COURRIER, Cyril; MAGALHÃES DE OLIVEIRA, Julio Cesar (eds.). Ancient History from Below: Subaltern Experiences and Actions in Context. London: Routledge, 2022.
CUNNINGHAM, Hugh. Histories of Childhood. The American Historical Review, v. 103, n. 4, p. 1195-1208, 1998.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
DAVIS, Natalie Zemon. Culturas do povo: Sociedade e cultura no início da França moderna – Oito ensaios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
______. Las formas de la historia social. Historia Social, v. 10, p. 177-182, 1991.
DRINOT, Paulo; GAROFALO, Leo. Más allá de la dominación y la resistencia. Estudios de historia peruana, siglos XVI-XX. Lima: IEP, 2005.
DUBY, Georges. História social e ideologias das sociedades. In: LE GOFF, Jacques; NORA, Pierre (eds.). História: novos problemas. Trad. Theo Santiago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976, p. 130-146.
ELIAS, Norbert. Introdução: Sociologia e História. In: Idem. A sociedade de corte: Investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: Zahar, 2001, p. 27-59 e 291-292.
FASS, Paula S. Cultural History/Social History: Some Reflections on a Continuing Dialogue. Journal of Social History, v. 37, n. 1, p. 39-46, 2003.
FREU, Christel. Écrire l’histoire du travail aujourd’hui: le cas de l’Empire romain. Annales HSS,  v. 73, n. 1, p. 163-184, 2018.
GENOVESE, Eugene. A terra prometida: o mundo que os escravos criaram. Trad. Maria Inês Rolim e Donaldson Magalhães Garschagen. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes: O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. Trad. Maria Betânia Amoroso. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
GUHA, Ranajit; SPIVAK, Gayatri Chakravorty (eds.). Selected Subaltern Studies. New York/Oxford: Oxford University Press, 1988.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça: ideias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. Trad. Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
HOBSBAWM, Eric. Rebeldes primitivos: Estudo sobre as formas arcaicas dos movimentos sociais nos séculos XIX e XX. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. 
______. Sobre História. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
JOHNSON, Walter. On Agency. Journal of Social History, v. 37, p. 113-124, 2003.
JOLY, Fábio Duarte. Grupos subalternos e exploração do trabalho na Antiguidade: uma entrevista com Fábio Duarte Joly. Romanitas – Revista de Estudos Grecolatinos, v. 19, p. 9-19, 2022.
JOYCE, Patrick. What is the Social in Social History? Past and Present, v. 206, p. 213-248, 2010.
JOSEPH, Peniel E. The Black Power Movement: A State of the Field. The Journal of American History, v. 96, n. 3, p. 751-776, Dec. 2009.
KAYE, Harvey J. Fanning the Spark of Hope in the Past: The British Marxist Historians. Rethinking History, v. 4, n. 3, p. 281-294, 2000.
KOCKA, Jürgen. Historia social – un concepto relacional. Historia Social, v. 60, p. 159-162, 2008.
LE ROY LADURIE, Emmanuel. Montaillou, povoado occitânico (1294-1324). Trad. Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
LEFEBVRE, Georges. O Grande Medo de 1789. Trad. Eduardo Henrik Aubert. Petrópolis: Vozes, 2019. 
LEPETIT, Bernard. La société comme un tout: sur trois formes d’analyse de la totalité sociale. Cahiers du centre de recherches historiques, v. 2, p. 21-38, 1999.
LIGUORI, Guido. O uso do termo “subalternos” em Gramsci e na atualidade. In: DEL ROIO, Marcos (org.). Gramsci, periferia e subalternidade. São Paulo: Edusp, 2017, p. 23-40. 
LINEBAUGH, Peter; REDIKER, Marcus. A hidra de muitas cabeças: Marinheiros, escravos, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. Trad. Berilo Vargas. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
MACHADO, Maria Helena P. T. O plano e o pânico. Os movimentos sociais na década da Abolição. 2a. ed. São Paulo: EDUSP, 2010.
MAGALHÃES DE OLIVEIRA, Julio Cesar. Grupos, identidades e estratégias sociais. In: Idem. Sociedade e cultura na África romana: Oito ensaios e duas traduções. São Paulo: Intermeios, 2020, p. 155-170.
______. Late Antiquity: The Age of Crowds? Past and Present, v. 249, p. 3-51, 2020.
MALLON, Florencia E. The Promise and Dilemma of Subaltern Studies: Perspectives from Latin American History. American Historical Review, v. 99, p. 1491-1515, 1994.
MARQUESE, Rafael de Bivar. As desventuras de um conceito: capitalismo histórico e a historiografia sobre a escravidão brasileira. Revista de História, v. 169, p. 223-253, 2013.
MONTEIRO, João Manuel. Armas e armadilhas. História e resistência dos índios. In: NOVAES, Adauto (Org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras/Minc-Funarte, 1999, p. 237-249.
MORALES, Fábio Augusto; GEBARA, Uiran. História Antiga e História Global: afluentes e confluências. Revista Brasileira de História, v. 40, n. 83, p. 125-150, 2020.
MURDOCK, Graeme; ROBERTS, Penny; SPICER, Andrew (eds.). Ritual and Violence: Natalie Zemon Davis and Early Modern France. Past and Present Supplement, 7. Oxford: Oxford University Press, 2012. 
NAVICKAS, Katrina. A Return to Materialism? Putting Social History Back in Place. In: HANDLEY, Sasha; MACWILLIAM, Roham; NOAKES, Lucy (eds.). New Directions in Social and Cultural History. London: Bloomsbury, 2018, p. 87-108.
NIRENBERG, David. Comunidades de violencia. La persecución de lãs minorias en la Edad Media. Trad. Antoni Cardona Castella. Barcelona: Península, 2001.
PARTHASARATHI, Prasannan. The State and Social History. Journal of Social History, v. 39 n. 3, p. 771-778, 2006.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres, prisioneiros. Trad. Denise Bottmann. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
POMERANZ, Kenneth. Social History and World History: From Daily Life to Patterns of Change. Journal of World History, v. 18, n. 1, p. 69-89, 2007.
PORT, Andrew I. History from Below, the History of Everyday Life, and Microhistory. In: WRIGHT, J. D. (ed.). International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences, vol. 11. Amsterdam: Elselvier, 2015, p. 108-113. 
ROGERS, Nicholas. Introduction: Crowds in History. In: Idem. Crowds, Culture and Politics in Georgian Britain. Oxford: Oxford University Press, 1998, p. 1-17.
RUDÉ, George. A multidão na história: Estudo dos movimentos populares na França e na Inglaterra, 1730-1848. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
SCOTT, James C. A dominação e a arte da resistência: discursos ocultos. Trad. Pedro Serras Pereira. Lisboa/Fortaleza: Livraria Letra Livre/Plebeu Gabinete de Leitura, 2013.
______. Formas cotidianas da resistência camponesa. Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas, v. 21, n. 1, p. 10–31, 2002. 
SCOTT, Joan W. A invisibilidade da experiência. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, v. 16, p. 297-325, 1998.
______. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995.
SEWELL, William. A Theory of Structure: Duality, Agency, and Transformation. In: Idem. Logics of History: Social Theory and Social Transformation. Chicago: University of Chicago Press, 2005, p. 124-151.
SLENES, Robert W. Na senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava, Brasil Sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
SOIHET, Rachel; PEDRO, Joana Maria. A emergência da pesquisa da história das mulheres e das relações de gênero. Revista Brasileira de História, v. 27 n. 54, p. 281-300, 2007.
SOUZA, Flavia Fernandes. Escravidão, trabalho e subalternidade: discussões atuais da historiografia do trabalho e da escravidão e o estudo da formação da classe trabalhadora na cidade do Rio de Janeiro. Marx e o Marxismo - Revista do NIEP-MARX, v. 2, n. 2, p. 86-110, 2014.
THANE, Paty. ¿Qué es hoy la historia social? Historia Social, v. 60, p. 225-232, 2008.
THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa, 3 vols. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Paz e Terra, 2012.
______. Costumes em comum: Estudos sobre a cultura popular tradicional. Trad. Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
TILLY, Charles. Contentious repertoires in Great Britain, 1758-1834. Social Science History, v. 17, n. 2, p. 253-280, 1993.
VAN DER LINDEN, Marcel. Trabalhadores do Mundo. Ensaios para uma história global do trabalho. Trad. Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
VLASSOPOULOS, Kostas. Greek Slavery: From Domination to Property and Back Again. Journal of Hellenic Studies, v. 131, p. 115-130, 2011.
 

Clique para consultar os requisitos para FLH0131

Clique para consultar o oferecimento para FLH0131

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP