Observação: esta disciplina será computada como optativa eletiva ou livre para os estudantes que realizarem apenas o bacharelado em História. Caso o estudante opte por cursar também a licenciatura, os créditos desta disciplina serão computados como parte do curso de licenciatura em História, deixando de ser contados no curso de bacharelado. Estabelecer diálogos entre a licenciatura (campo de estudo, pesquisa e práticas pedagógicas) e o bacharelado (campo das práticas de pesquisa nas áreas específicas do conhecimento histórico); Formar profissionais dotados de espírito crítico e capacidade de intervir de forma transformadora e renovadora no ensino fundamental e médio; Garantir a necessária aproximação entre teoria e prática, realizada através da articulação entre ensino e pesquisa como orientação da formação profissional; Estabelecer interlocução com professores da rede pública de ensino; Propiciar análise e produção de material didático; Realizar e analisar práticas pedagógicas como os estudos de campo; Centralizar a orientação das 100 horas de estágio supervisionado na unidade, estabelecidas pelo Programa de Formação de Professores da USP
A disciplina tem como objetivo contribuir para a formação do profissional do ensino de História para o nível básico por intermédio de estudos que estabeleçam as relações entre os fundamentos da produção historiográfica, suas formas narrativas e a história ensinada. Abordar o desenvolvimento da disciplina ao longo do tempo, no âmbito dos diferentes contextos em que as instituições escolares, os currículos, os programas, o corpo docente, as avaliações institucionais, o uso da tecnologia no ensino e o material didático atuaram e atuam no processo educativo brasileiro. O curso propõe uma reflexão sobre o pensamento histórico nas suas múltiplas articulações e lugares de produção (escolas, meios de comunicação, mercado editorial, internet…), de modo a fundamentar práticas formais e informais de ensino. A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. Essa atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor, e deverá ter caráter historiográfico, que poderá assumir diferentes formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, exposições, performances teatrais, intervenções urbanas, ações vinculadas a monumentos e contra monumentos, placas comemorativas, roteiros turísticos, dentre outros, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade. O desenvolvimento das atividades se fará sob a tutoria do docente- responsável pela disciplina, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas, mediante relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido, conforme indicadores previamente definidos pelo docente e pelos alunos envolvidos.
1. Tendências da historiografia contemporânea e produção didática. 2. Usos de documentos na pesquisa histórica e no ensino. 3. História e interdisciplinaridade na cultura escolar. 4. O papel da experiência social nas práticas escolares. 5. Narrativa, interpretação e ensino de História. 6. Ensino de História e memória social: tradições escritas e orais. 7. Noções de tempo, espaço e mudança social no ensino de História. 8. Multiplicidade de experiências étnicas e culturais no ensino de História. 9. Cotidiano e saber histórico escolar. 10. Ensino e História do tempo presente. 11. Relação homem/natureza no ensino de História. 12. Por que crianças e jovens devem pensar historicamente?
ABREU, Martha, SOIHET, Rachel e GONTIJO, Rebeca. Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de História. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. ABREU, Martha e SOIHET, Rachel (orgs). Ensino de história: temáticas e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. BAUER, Adriana. Formação continuada de professores e resultados dos alunos no SARESP: propostas e realizações. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 809-824, dez. 2011. BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: BARRENTO, João (org.). Walter Benjamin. O anjo da História. Belo Horizonte: Autêntica, 2012, pp. 83-90. BENJAMIN, Walter. O Narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: -----------------. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. SP: Brasiliense, 1994, pp. 197-221. BURKE, Peter. A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa. In: --------------. (org.) A Escrita da História: novas perspectivas. SP: Editora da UNESP, 1992, pp. 327-348. BITTENCOURT, Circe (org.). O saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1997. BITTENCOURT, Circe. Livro didático e conhecimento histórico: uma história do saber escolar. 1993. Tese (doutorado em História Social) – FFLCH-USP. BITTENCOURT, Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004. CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. SP: Companhia das Letras, 1990. COSTA, Emília Viotti da. Coroas de Glória, Lágrimas de Sangue. A rebelião dos Escravos de Demerara em 1823. SP: Companhia das Letras, 1998. CAMARGO, Ana Maria Faccioli e MARIGUELA, Márcio. Cotidiano Escolar. Emergência e Invenção. Piracicaba: Jacintha Editores, 2007. CARRETERO, Mario et al.. Enseñanza de la Historia y memória colectiva. Buenos Aires: Paidós, 2006. DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. SP: Companhia das Letras, 2010. DE ROSSI, Vera Lúcia e ZAMBONI, Ernesta (Orgs). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003. DRUMOND, José Augusto. Uma história ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.4, n.8, p.177-197, 1991. FRANCO, Creso. O SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica: potencialidades, problemas e desafios. Revista Brasileira de Educação, n. 17, 2001, p. 127 - 133. GUIMARÃES, A.M. O cinema e a escola: formas imagéticas da violência. SP. Cad. Cedes. Dez/98. HOBSBAWM, Eric. Sobre História. SP: Companhia das Letras, 1998. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. LIMA, Douglas Mota Xavier de. Histórias em quadrinhos e ensino de História. Revista História Hoje, v. 6, nº 11, p. 147-171 – 2017. Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/332 LÖWY, Michael. Tese VI; Tese IX. In: -----------------. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. SP: Boitempo, 2005. pp. 65-69; 87-95. MOREIRA, Antonio Flávio e CANDAU, Vera Maria (org.). Multiculturalismo – Diferenças culturais e práticas pedagógicas. 10. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. Pereira, Amilcar Araújo e MONTEIRO, Ana Maria (org.). Ensino de história e cultura afro-brasileiras e indígenas. RJ: Pallas, 2013. MUNAKATA, Kazumi. Produzindo livros didáticos e paradidáticos. 1997. Tese (doutorado em História e Filosofia da Educação) – PUC, São Paulo. NADAI, Elza. O ensino de História no Brasil: trajetória e perspectivas. Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH, v.13, n. 25/26, p143-162. 1992/ 1993. NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003. NÓVOA, Antonio (org). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Qixote, 1992. PINSKY, Jaime (org.). O ensino de História e a criação do fato. 2ª ed., São Paulo: Contexto, 1990. RAMA, ngela; VERGUEIRO, Waldomiro (Org.) Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2014. RAMAL, Andrea Cecilia. Educação na Cibercultura: Hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002. RUIZ, Luis A. Ortega. À Internet en clase de Historia? In: Las Ciencias Sociales en Internet. Junta de Extremadura. Consejería de Educación, Ciencia y Tecnología. Dirección General de Ordenación, Renovación y Centros. Mérida, 2001. Disponível em: http://www.ub.es/histodidactica/libros/Ccss_Int.pdf Acesso em: 31 Dez. 2006. SILVA, Marcos Antonio da (org.). Repensando a História. Rio de Janeiro: Anpuh São Paulo/ Editora Marco Zero, 1984. THOMPSON, E. P. Costumes em comum. Estudos sobre cultura popular tradicional. SP: Companhia das Letras, 1998. THOMPSON, E. P. Os Românticos. a Inglaterra na era revolucionária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002, pp. 11-47. VIGOSTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984. ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: COLL, César, MARTÍN, Elena… (org.). O construtivismo em sala de aula. São Paulo: Ática, 1996, p. 153 - 196.