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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
História
 
Disciplina: FLH0428 - A História das religiões e os encontros culturais da primeira Idade Moderna, entre Europa, América e Ásia [2- História Cultural]
History of Religions and Cultural Encounters Between Europe and America

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h ( Práticas como Componentes Curriculares = 20 h )
Carga Horária de Extensão: 20 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2025 Desativação:

Objetivos
Um primeiro objetivo da disciplina é aquele de oferecer o conhecimento da  característica abordagem historiográfica própria da Escola Italiana de História das  Religiões e, portanto, de apresentar seus peculiares instrumentos, teóricos e  analíticos, de investigação. Para tanto, partiremos de uma definição geral do que  foi sendo definida, a partir de meados do século XIX, como perspectiva histórico religiosa em seu sentido mais geral e, muitas vezes, pouco historicista (Conteúdo:  item 1). Tratar-se-á de levar em consideração, sucessivamente, os próprios  instrumentos críticos elaborados pela História das Religiões, a partir de sua  peculiaridade - mais evidente e distinta com relação às perspectivas anteriores- que consiste em historicizar, antes de mais nada, os próprios instrumentos teóricos  da análise historiográfica e as categorias analíticas denominadas de "religiosas",  para depois podê-los aplicar às específicas investigações (Conteúdo: item 2). 
A fim de verificar alguns desses resultados no percurso desta historiografia, proporemos, portanto, a análise de algumas vertentes da investigação histórico religiosa (Conteúdo: item 3), levando em consideração, sucessivamente, alguns  temas ligados, sobretudo, ao aprofundamento dos estudos e das problemáticas do  mundo clássico (Conteúdo: item 4). Tudo isso, com a finalidade de introduzir a  herança interpretativa apropriada pela primeira modernidade, base fundamental a  partir da qual a Europa pôde construir, antes, uma autoconsciência de sua  especificidade (Conteúdo: item 5).
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
371954 - Adone Agnolin
 
Programa Resumido
Em um seu momento histórico crítico particular, esta auto- consciência  representou, ao mesmo tempo, o substrato do impulso da expansão europeia e seu  patrimônio cultural que, necessariamente, foi colocado em jogo em nível,  finalmente, planetário: com ele foram sendo colocados em jogo, também, seus  códigos interpretativos prioritários. Tendo em vista tudo isso, o passo sucessivo  da disciplina será, justamente, aquele de tentar aplicar a importante ferramenta  historiográfica crítica à perspectiva histórico-cultural e antropológica que diz  respeito aos temas históricos e exemplificativos da disciplina. Nessa direção nos  propomos tentar detectar os específicos processos culturais - despertados pelas  leituras e pelas interpretações, sobretudo missionárias, das diferenças culturais - surgidos do encontro entre culturas europeias e extra- europeias na primeira Idade  Moderna: com relação às últimas, trataremos, sobretudo, daquelas americanas  (Conteúdo: item 6), ampliando, todavia, essa abordagem comparativa (já proposta  no programa anteriormente credenciado) com uma nova incursão relativa a outro  contexto de encontro cultural ensaiado pela Europa da época, isto é, aquele que  diz respeito à missionação asiática, em sua generalidade, e especificamente àquela  indiana (Conteúdo: item 7), apontando para um percurso de pesquisa  recentemente empreendido. 
Tendo-se em vista esses objetivos - metodológicos e temáticos - e a análise  de suas contextualizações históricas, pretendemos prestar uma constante atenção  às consequentes problemáticas de reestruturação da cultura europeia e das  culturas autóctones, na perspectiva de uma característica "hibridização" do  pensamento ocidental que se desprende desse(s) processo(s). Estes, junto ao  contexto histórico e antropológico da primeira modernidade, abrem caminho, de  fato, para o sucessivo surgimento de uma moderna Antropologia: seus  instrumentos e suas categorias de análise "científica" resultam ser, em boa  medida, herança de uma experiência de campo propriamente missionária.  Finalmente, a historicização da nova disciplina antropológica representa o passo  fundamental para entender, além do mais, seus limites e suas potencialidades,  assim como ela se constituiu enquanto momento fundamental para o surgimento  de uma perspectiva de investigação propriamente histórico- religiosa. 
Justificativa: Acreditamos que a perspectiva de indagação histórico- religiosa mereça,  antes de mais nada, uma sua específica atenção para a problemática geral de que  trata, isto é, pela peculiar abordagem propriamente histórica em relação à  constituição e ao funcionamento das categorias "religiosas" que, enquanto tais, são  geralmente propostas como categorias analíticas des-historicizadas (não sujeitas a  uma própria análise histórica). Essa base teórica revelar-se-á de fundamental  importância para um grande número de disciplinas - História Social,  Antropologia, Sociologia etc. - que, muitas vezes, se deparam, em seus específicos  contextos, com essas categorias sem, todavia, ter elaborado, antes, ou possuir,  depois, os necessários instrumentos de uma sua historicização crítica. 
Em segundo lugar, essa perspectiva de estudos, dirigida à análise dos  processos surgidos do encontro entre o Ocidente e a alteridade americana - mas também aquela asiática - no começo da Idade Moderna, é duplamente preciosa  para frisar problemáticas tais como as que se referem a conceitos, antes, e  interpretações de fatos históricos, depois, como, por exemplo, os de sincretismo,  aculturação, transculturação, hibridismo e mestiçagem. Uma historicização dos  termos e das práticas revela-se, de fato, urgente e necessária para um  indispensável re-pensamento da História Colonial, da História Indígena e, não por  ultimo, da História Europeia na idade confessional: pensamos, neste caso, ao  "efeito de retorno" para a Europa que constitui, por exemplo, dentro de seu  próprio espaço geográfico, a inédita configuração social das "Índias internas"; que  impõe, lá também, um novo modelo de "missionação", de "civilização" e,  finalmente, de socialização.  
Nessa perspectiva, tanto nos dois lados do Atlântico, quanto no contexto do  Índico (para o qual apontaremos algumas pesquisas e reflexões em fase de  desenvolvimento inicial), a análise teórica das problemáticas envolvidas se  constitui no plano de um conceito de "religião" (peculiarmente ocidental) que vai  se revelando enquanto fundamental e característico instrumento de mediação:  interpretativo, antes, e de "hibridização"; cultural, depois. Enquanto tal, esse  conceito se encontra na base das concretas práticas históricas (modernas) que  pretendemos analisar detalhadamente.
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. Essa atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor, e deverá ter caráter historiográfico, que poderá assumir diferentes formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, exposições, performances teatrais, intervenções urbanas, ações vinculadas a monumentos e contra monumentos, placas comemorativas, roteiros turísticos, dentre outros, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade. O desenvolvimento das atividades se fará sob a tutoria do docente- responsável pela disciplina, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas, mediante relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido, conforme indicadores previamente definidos pelo docente e pelos alunos envolvidos.
 
 
 
Programa
I. Contexto e problemáticas do surgimento da disciplina
1.O Nascimento da História das Religiões; 
2.Berço Teológico-Protestante da Manualística Histórico-Religiosa; Vertentes Histórico-Religiosas; 
2.Vertente Sistemática; 
3.Vertente Fenomenologista ("essencialismo" religioso). 

II. Escola Italiana de História das Religiões: contribuições para as definições e de historicização das categorias analíticas 
1.Metodologias, instrumentos da pesquisa e ferramentas teóricas; Problema e Método da Comparação Histórico-Religiosa; 
2.Historicização dos conceitos de "religião", "crença" e "fé"; 
3.Contraposição Religioso/Cívico; 
4.Dilatação do Conceito de Religião; 
5.Fenomenologia e História das Religiões: uma perspectiva diferencial. 

III. Vertentes da Investigação Histórico-Religiosa 
1.Dos Politeísmos as Religiões do Mundo Antigo...; 
2.... à História das Religiões na Cultura Moderna; 
3.Das Religiões de Salvação: Monoteísmos e dualismos...; 
4.... às Vias de Libertação e de Imortalidade: Índia e Extremo Oriente.
 
IV. Algumas Problemáticas Clássicas de Investigação Histórico-Religiosa 
1.A Alteridade entre Tradição Greco-Romana e Judaico-Cristã; 
2.Tradição Agostiniana e Patrística: os desdobramentos da Tradição Greco Romana e Judaico-Cristã;
3.Universalismo da Igreja: Proselitismo Cristão versus Cristologia, Doutrina  versus Heresia; 
4.Invenção do Politeísmo: Exegese Clássica e Antropológica. 

V. Problemáticas Modernas de Investigação Histórico-Religiosa 
1.Das Disputas Doutrinais acerca da Fé...; 
2.... Para a Fé enquanto Produto Histórico; 
3.A Fé como Fato Histórico: entre a 'Civitas' do Império e a Catequese Cristã; 
4.Direito, Religião, Civilização e Antropologia: o percurso da universalização  ocidental. 

VI. América 
1.As bases renascentistas de uma 'invenção da Humanidade' e o surgimento  de uma perspectiva antropológica; 
2.Analogia, comparação e interpretação entre 'Antigo' (dimensão histórica) e  'Selvagem' (dimensão antropológica); 
3.A 'construção da alteridade' na nova perspectiva antropológica;
4.'Politeísmo' e 'idolatria': formação histórica das categorias analíticas;
5.A alteridade idolatra e/ou sem crenças: ameaças e possibilidades; As categorias analíticas como linguagem interpretativa; 
6.'Aculturação' e 'transculturação' na perspectiva histórico-religiosa. 

VII. Índia e Oriente Extremo 
1.Encontro de Impérios; 
2.Categorias interpretativas no contexto oriental; 
A missão religiosa no Oriente e na Índia; 
3.Os projetos missionários e a experiência do Malabar; 
4.Costumes locais entre interpretação 'política' e 'religiosa'; 
5.Diferentes intencionalidades missionárias com relação às diferentes interpretações.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Métodos: Aulas expositivas e seminários. Atividade Discente: Leituras semanais de textos/autores e realização de um seminário.
Critério
A avaliação dos alunos será feita da seguinte forma: a) com base na frequência e interesse pelas aulas. b) com base na participação em seminários e discussões em classe. c) com base em seminários feitos pelos alunos. d) com base em um trabalho de aproveitamento a ser realizado no meio do semestre. e) com base em uma prova final que poderá consistir na resenha de um livro ou num trabalho temático.
Norma de Recuperação
Só serão aceitos para recuperação os alunos que: a) tiverem frequência igual ou superior a 75% na disciplina. b) tiverem realizado o seminário c) tiverem entregado os trabalhos solicitados. d) tiverem feito a prova final. A recuperação constará de uma prova oral, sobre o assunto da disciplina (aulas e seminários), a ser realizada em data fixada pelo Departamento.
 
Bibliografia
     
Bibliografia dos seminários
Max Muller, Lectures on the Science of Language (London 1861); La Ciencia del  Lenguaje, Madrid, Albatros, s/d, pp. 19-90, 329-377. 
Edward Burnett Tylor, Religion of Savages (In: "Fortnightly Review", 1866), e  Primitive Culture (London 1871) [disponível texto em inglês]; 
Antropologia, Madrid, Daniel Jorro, 1912, pp. 1-40, 399-469. 
Emile Durkheim, Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse (Paris, 1912); As  Formas Elementares de Vida Religiosa, São Paulo, Paulinas, 1989,  pp. 29-135, 492-526. 
Rudolf Otto, Das Heili
 ngelo Brelich, Prolegómenos a una historia de las religiones, pp. 31-97. 
Marcello Massenzio, A História das Religiões na Cultura Moderna. São Paulo,  Hedra, 2005. 
Gerard Van der Leeuw, Phänomenologie der Religion (Tubinga, 1933); Fenomenología de la religión. México, Buenos Aires: Fondo de  Cultura Económica, 1964, pp.  
Mircea Eliade, Traité d'Histoire des Religions (Paris 1949); Tratado de História  das Religiões, São Paulo, Martins Fontes, 2002, pp. 1-38, 313-379. 
Gilberto Mazzoleni, O Planeta Cultural: para uma antropologia histórica. São  Paulo, Edusp, 1992.
Nicola Gasbarro, "A Noção de Império Simbólico: prática de direito e fundamentos de legitimação do código 'religião'". In: Contextos Missionários:  
Religião e Poder no Império Português. São Paulo, HUCITEC, 2011

Giovanni Filoramo, Monoteísmos e Dualismos: as religiões de salvação. São  Paulo, Hedra, 2005. 
Massimo Raveri, Índia e Extremo Oriente: via da libertação e da imortalidade.  São Paulo, Hedra, 2005. 
Anthony Pagden, The fall of natural man: the American Indian and the origins of  comparative etnhology. Cambridge 1982. Trad. Port.: A Queda  
do Homem Natural... 
Bernand/Gruzinski, De l’Idolâtrie: une archéologie des sciences religieuses. Paris, Seuil, 1988. De la Idolatria. México, Fondo de Cultura  
Económica, 1992. 
Serge Gruzinski, La Colonisation de l’Imaginaire: sociétés indigènes et  occidentalisation dans le Mexique espagnol, XVI-XVIII siècle.  
Paris, Gallimard, 1988. 
Nicola Gasbarro, Il linguaggio dell’idolatria: per una storia delle religioni  culturalmente soggettiva. In: Studi e Materiali di Storia delle  
Religioni, Roma, vol. 62, n.s. XX, nº 1/2, p. 189-221, 1996. 
Adone Agnolin, O Apetite da Antropologia: o sabor antropofágico do saber  antropológico. Alteridade e identidade no caso Tupinambá. São  
Paulo, Associação Editorial Humanitas, 2005. 
Cristina Pompa, Religião como Tradução: Missionários, Tupi e Tapuia no Brasil  Colonial. Bauru, Edusc, 2003. 
Adone Agnolin, Jesuítas e Selvagens: a Negociação da Fé no encontro  catequético-ritual americano dos séculos XVI-XVII. São Paulo,  
Humanitas/FAPESP, 2007. 
Alfred Dupront, L’acculturazione. Turim, Einaudi, 1966 [ou, melhor:] 
Paula, Montero, Deus na Aldeia: Missionários e mediação cultural. São Paulo,  Globo, 2006. Introdução e Capítulo I: pp. 9-66. 
 ngela Barreto Xavier, A Invenção de Goa. Poder Imperial e Conversões  Culturais nos Séculos XVI e XVII. Lisboa, Imprensa de Ciências  
Sociais, 2008. 
Adone Agnolin, Religião e Política nos Ritos do Malabar (séc. XVII):  Interpretações diferenciais da missionação jesuítica na Índia e no Oriente. Dossiê Estudos Jesuíticos da Revista CLIO de Pesquisa Histórica (Universidade Federal de Pernambuco): nº 27, Vol. I, pp. 203-56, 2009. 


Bibliografia específica da disciplina e dos seminários
AA.VV. História das Religiões. (Adone AGNOLIN, Organização edição brasileira).  Paolo SCARPI, Politeísmos: as religiões do mundo antigo, vol. I; Giovanni  FILORAMO, Monoteísmos e Dualismos: as religiões de salvação, vol. II;  Massimo RAVERI, Índia e Extremo Oriente: a via da libertação e da  imortalidade, vol. III; Marcello MASSENZIO, A História das Religiões na  Cultura Moderna, vol. IV. São Paulo, Hedra, 2005. 
AGNOLIN, Adone. O Apetite da Antropologia: o sabor antropofágico do saber antropológico.  Alteridade e identidade no caso Tupinambá. São Paulo, Associação Editorial  Humanitas, 2005. 
__________. Jesuítas e Selvagens: a Negociação da Fé no encontro catequético-ritual  americano dos séculos XVI-XVII. São Paulo, Humanitas/FAPESP, 2007. 
__________. Religião e Política nos Ritos do Malabar (séc. XVII): Interpretações diferenciais da  missionação jesuítica na Índia e no Oriente. Dossiê Estudos Jesuíticos da  Revista CLIO, Universidade Federal de Pernambuco, nº 27, Vol. I, pp. 203- 56, 2009. 
BERNAND, Carmen e GRUZINSKI, Serge. De l’idolâtrie: une archéologie des sciences religieuses. Paris, Seuil, 1988. Trad.  Esp.: Da Idolatria. 
BRELICH,  ngelo. Prolegómenos a uma historia de las religiones, ... 
DURKHEIM, Emile. Les Formes Élémentaires de la Vie Religieuse, Paris, 1912. As Formas  Elementares de Vida Religiosa, São Paulo, Paulinas, 1989.
DUPRONT, Alphonse. L’acculturazione. Turim, Einaudi, 1966. 
ELIADE, Mircea. Traité d'Histoire des Religions. Paris 1949. Tratado de História das  Religiões, São Paulo, Martins Fontes, 2002. 
FILORAMO, Giovanni. Monoteísmos e Dualismos: as religiões de salvação. In: História das  Religiões. Vol. II. São Paulo, Hedra, 2005. 
GASBARRO, Nicola. Il linguaggio dell’idolatria: per una storia delle religioni culturalmente soggettiva.  In: Studi e Materiali di Storia delle Religioni, Roma, vol. 62, n.s. XX, nº  1/2, p. 189-221, 1996. 
__________. "A Noção de Império Simbólico: prática de direito e fundamentos de legitimação  do código 'religião'". In: Contextos Missionários: Religião e Poder no Império  Português. São Paulo, HUCITEC, 2011. 
GRUZINSKI, Serge. La Colonisation de l’Imaginaire: sociétés indigènes et occidentalisation dans  le Mexique espagnol, XVI-XVIII siècle. Paris, Gallimard, 1988. 
LANTERNARI, Vittorio. In: Antropologia e Imperialismo. Turim, Einaudi, 1974. Parte prima: Acculturazione. [Cap. I - L’acculturazione: problemi e teoria; cap. II - L’Occidente  acculturato dal Terzo Mondo; e cap. III - I movimenti socialreligiosi nel quadro dei  processi di acculturazione] pp. 5-93. 
MASSENZIO, Marcello. A História das Religiões na Cultura Moderna. In: História das Religiões.  Vol. IV. São Paulo, Hedra, 2005. 
MAZZOLENI, Gilberto. Il pianeta culturale: per una antropologia storicamente fondata. Roma, Bulzoni,  1986. Trad. port.: O planeta cultural: para uma antropologia histórica. São  Paulo, Edusp, 1992. 
MONTERO, Paula (Org.). Deus na Aldeia: Missionários e mediação cultural. São Paulo, Globo,  2006. 
MÜLLER, Max. Lectures on the Science of Language, London, 1861. La Ciencia del Lenguaje,  Madrid, Albatros, s/d. 
OTTO, Rudolf. Das Heilige, 1917; O Sagrado, Lisboa, Ed. 70, s/d. 
PAGDEN, Anthony. The fall of natural man. The American Indian and the origins of comparative  etnhology. Cambridge 1982. Trad. Port.: A Queda do Homem Natural. 
POMPA, Cristina. Religião como Tradução: Missionários, Tupi e Tapuia no Brasil Colonial,  Bauru, Edusc, 2003.
RAVERI, Massimo. Índia e Extremo Oriente: a via da libertação e da imortalidade. In:  História das Religiões. Vol. III. São Paulo, Hedra, 2005. 
SCARPI, Paolo. Politeísmos: as religiões do mundo antigo. In: História das Religiões. Vol.  I. São Paulo, Hedra, 2005. 
TYLOR, Edward Burnett. Religion of Savages, In: “Fortnightly Review”, 1866; 
__________. Primitive Culture, London, 1871. [disponibilização do texto em inglês] Antropología, Madrid, Daniel Jorro, 1912. 
VAN DER LEEUW, Gerard. Phänomenologie der Religion. Tubinga, 1933.  
XAVIER,  ngela Barreto. A Invenção de Goa. Poder Imperial e Conversões Culturais nos Séculos XVI e  XVII. Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2008. 
Bibliografia Geral de Apoio
AGNOLIN, Adone. A ‘Razão Tênue’ de Montaigne: introdução à nova tradução dos Ensaios de  Montaigne”. In: Michel de MONTAIGNE, Os Ensaios, São Paulo, Martins Fontes,  2000, pp. XXI-XXXIII. 
__________. Jesuítas e Selvagens: o encontro catequético no século XVI. In: Revista de  História da USP, número 144, I semestre de 2001, pp. 19-71. 
__________. Jesuítas e Tupi: o encontro sacramental e ritual dos séculos XVI-XVII. In: Revista  de História da USP, número, 154, I semestre de 2006, pp. 71-118. 
__________. Catequese e Tradução: gramática cultural, religiosa e linguística do encontro  catequético e ritual nos séculos XVI-XVII. In: Paula Montero. (Org.) Deus na  Aldeia. São Paulo, Globo, 2006. 
__________. A Babel das Línguas e o “Grego da Terra”: catequese e gramática na América  portuguesa (séc. XVI–XVII). In: Gemas da Terra: Imaginação, Estética e  Hospitalidade. Denis Milan e Olgária Matos (Org.). São Paulo, Logo Edições  SESC, 2009. 
ALMEIDA, Maria Regina Celestino. Metamorfoses Indígenas: Identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de  Janeiro. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 2003. 
BARTHES, Roland. Sade, Fourier, Loyola. São Paulo, Brasiliense, 1990. 
BERNAND, Carmen e GRUZINSKI, Serge. História do Novo Mundo: da descoberta à conquista, uma experiência europeia,  1492-1550. Trad. de Cristina Murachco. São Paulo, Edusp, 1997. 
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BURCKARDT, Jacob. A Civilização do Renascimento na Itália, São Paulo, Companhia das Letras, 
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Eventuais fontes de referência 
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Atividades de Extensão
     
Grupo social alvo da atividade
Esta atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor.
Objetivos da atividade
A atividade extensionista deverá ter caráter historiográfico, sob diversas formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade.
Descrição da atividade
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. O desenvolvimento das atividades se fará sob tutoria de um docente e de monitorias pedagógicas, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas.
Indicadores de avaliação da atividade
Entrega de relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido e pelo aluno, conforme modelo padronizado pelo Departamento de História e indicadores previamente definidos pela Universidade (aproveitamento, presença e ampliação do conhecimento historiográfico e da história aplicada a demandas sócio- culturais).

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