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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
História
 
Disciplina: FLH0445 - História das Instituições
History of Institutions

Créditos Aula: 5
Créditos Trabalho: 1
Carga Horária Total: 105 h ( Práticas como Componentes Curriculares = 20 h )
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2016 Desativação: 14/07/2024

Objetivos
1. Abordar o problema das relações de poder estabelecidas entre a Igreja os poderes civis presentes no contexto da Baixa Idade Média, a saber, o Império e as monarquias.
2. Estabelecer a análise das questões políticas como fundamento importante para a compreensão do período em questão.
3. Desenvolver os pressupostos da pesquisa em História por intermédio da leitura e da análise de documentos.
4. Promover o contato com a bibliografia a respeito dos temas propostos.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
582657 - Ana Paula Tavares Magalhães Tacconi
 
Programa Resumido
O estabelecimento de relações complexas entre a Igreja Católica, o Império e as monarquias na Baixa Idade Média (séculos XI-XIV) é uma importante problemática para a compreensão de um longo e amplo processo histórico. Nesta disciplina, focalizamos a natureza institucional dos atores que movimentam as relações de poder no Ocidente medieval. Nossa perspectiva é a de entender mecanismos de ação e interação política a partir do suporte jurídico, administrativo e ideológico.
 
 
 
Programa
História das Instituições – Igreja e Estado no Ocidente Medieval (séculos XI a XIV)
CONTEÚDO

1. A teocracia gregoriana
1.1.	A Reforma (século XI)
1.1.1. a renovação do movimento monástico (Cluny, 970)
1.1.2. a “moralização” do clero secular (Clemente II, Estêvão IX, Nicolau II, Alexandre II, 1046-1073)
1.1.3. a independência do papado frente aos poderes laicos (Nicolau II, 1058-1061)
    1.2. A Querela das Investiduras (1075) e a afirmação da teocracia
           1.2.1. a doutrina de Gregório VII (1073-1085)
           1.2.2. o conflito com Henrique IV (1075-1085): Igreja versus Império

2. O pensamento teocrático no século XII
    2.1. A tradição dos abades
           2.1.1. Hugo de São Vítor (c.1096-1141)
           2.1.2. São Bernardo de Claraval (1090-1153)
    2.2. A renovação do movimento monástico (Cister, 1098)

3. Inocêncio III (1198-1216) e a monarquia pontifícia
    3.1. A plenitudo potestatis segundo Inocêncio III
           3.1.1. a separação dos poderes
           3.1.2. a primazia do espiritual ratione peccati
    3.2. O papado e o Império
           3.2.1. o Império provém do papado
           3.2.2. o conceito da translatio Imperii


4. O conflito entre o regnum e o sacerdotium no século XIV
    4.1. O litígio entre Bonifácio VIII (1294-1303) e Filipe, o Belo
    4.2. A argumentação de Bonifácio VIII: a reductio ad unum
           4.2.1. Egídio Romano e o De ecclesiastica potestate (1301)
           4.2.2. a bula Unam sanctam (18 de novembro de 1302)
 
5. A crítica da plenitudo potestatis e o fortalecimento do poder civil
    5.1. As teses dualistas
           5.1.1. João de Paris (c.1270-1306) e o De potestate regia et papali
           5.1.2. Marsílio de Pádua (c.1280-c.1342) e o Defensor pacis
           5.1.3. Guilherme de Ockham (c.1285-c.1387) e o Breviloquium de potestate papae
    5.2. A afirmação das monarquias perante o papado de Avinhão
 
 
 
Avaliação
     
Método
1 prova escrita e 1 trabalho escrito. Aferição de competências em análise documental, crítica historiográfica e aplicação de metodologias.
Critério
Média aritmética simples.
Norma de Recuperação
Uma (1) prova escrita de conteúdo semelhante ao das anteriores.
 
Bibliografia
     
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