A disciplina visa analisar o impacto das representações cartográficas na formação territorial dos estados nacionais contemporâneos, considerando os diferentes contextos de colonização, dando especial atenção às experiências históricas nas Américas. Pretende-se discutir como a cartografia enunciou e/ou silenciou as dinâmicas de expansão e de apropriação fundiária empreendidas seja pela administração estatal ou pela iniciativa privada desde meados do século XVIII até meados do século XX.
A disciplina avalia o peso da cartografia na formação dos Estados Nacionais pós coloniais, utilizando documentação primária, bibliografia nacional e internacional, em perspectiva crítica. A primeira parte da disciplina será centrada nas experiências nacionais derivadas do colonialismo moderno; e, na segunda parte, vamos nos ater à constituição das ideologias geográficas na modelagem dos Estados nacionais. De que maneira as representações geográficas produzidas pelos diferentes grupos sócio-políticos e estamentos dirigentes incidiram na elaboração das identidades nacionais, territoriais e/ou etnico-religiosas.
1. Em busca da soberania territorial: dilemas historiográficos 2. Historiografia comparada dos impérios modernos e contemporâneos 3. Dos impérios marítimos aos impérios continentais 5. Diplomacia e cartografia: do gabinete ao campo 6. O império dos engenheiros-geógrafos: do campo ao gabinete 7. A era das Sociedades de Geografia: expedições militares e científicas 8. Missões católicas e protestantes na modelagem dos espaços coloniais 9. Territorialidades ameríndias nos mapas nacionais (1750-1930) 10. As comunidades afro americanas na cartografia estatal: Brasil e EUA 11. Cartografia brasileira para imigrante ver (1873-1922) 12. Produção e consumo cartográfico na época da Conferência de Berlim (1885-1921) 13. As Américas e as Ilhas do Atlântico na Cartografia européia (1914-1945)
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