O objetivo da disciplina é oferecer abordagens renovadas sobre o problema da escravidão, abolição e pós-emancipação nas Américas, especialmente no Brasil. A perspectiva teórica da disciplina se conecta à história social da escravidão e do pós-emancipação, à história das mulheres na escravidão, à história da cultura e da ciência, especialmente medicina, teorias raciais e sanitarismo.
As discussões estarão centradas em cinco temas: um primeiro, na discussão a respeito de raça, ciência, sexualidade e as especificidades da escravidão para as mulheres; um segundo, centrado no debate sobre gênero, raça e maternidade na construção dos papeis sociais de mulheres afrodescendentes; um terceiro, no processo de formação de uma cultura camponesa afro-brasileira conectados aos atuais movimentos sociais de reconhecimento de quilombos; um quarto, enfocará a incompletude da aquisição da liberdade no contexto da escravidão e da abolição brasileiras; um quinto, enfocará a discussão das experiências religiosas afro derivadas em suas múltiplas faces.
Gênero e Escravidão: questões e perspectivas; Mães e Amas Escravas; Saúde e Escravidão; Iconografia e Escravidão: contexto e representação; A Venus Hottentot: exposição do corpo negro e ciência racial; Marronagem e Quilombos; escravidão e formação do campesinato no Brasil; Remanescentes de Quilombos: análise das discussões em torno do reconhecimento das comunidades de quilombo e das “terras de preto” no Brasil dos dias de hoje; Revoltas escravas; Tornar-se livre: processos e perspectivas de liberdade no século XIX; Maria Firmina dos Reis: gênero e literatura abolicionista; Religiosidades e práticas religiosas na escravidão e no pós-abolição; Etnicidades e Religiosidades.
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