Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
História
 
Disciplina: FLH0827 - Debates Teóricos e Experiências de Planificação e Gestão Econômica Coletivista no Século XX [4- História Econômica]
Theoretical debates and experiences of collectivist economic planning and management in the 20th century

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 120 h ( Práticas como Componentes Curriculares = 20 h )
Carga Horária de Extensão: 20 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2025 Desativação:

Objetivos
A disciplina pretende estruturar rodadas de estudos e seminários de pesquisas sobre as experiências de gestão coletivista e de planificação econômica socialista do século XX, das propostas e intervenções estatais em economias de mercado com viés planificador, dos debates teóricos realizados no campo das correntes teóricas socialistas, marxistas ou não, e seus diálogos com economistas capitalistas de diferentes correntes teóricas (liberais, keynesianos e outros) em torno do embate entre mercado e planificação.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
541136 - Everaldo de Oliveira Andrade
 
Programa Resumido
Estudo e exposição dos principais debates teóricos e historiográficos acerca da organização de economias de transição pós- mercado e das experiências históricas relacionadas ocorridas ao longo do século XX.
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. Essa atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor, e deverá ter caráter historiográfico, que poderá assumir diferentes formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, exposições, performances teatrais, intervenções urbanas, ações vinculadas a monumentos e contra monumentos, placas comemorativas, roteiros turísticos, dentre outros, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade. O desenvolvimento das atividades se fará sob a tutoria do docente- responsável pela disciplina, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas, mediante relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido, conforme indicadores previamente definidos pelo docente e pelos alunos envolvidos.
 
 
 
Programa
1-A História econômica: visão geral introdutória
2-Comunitarismo, autogestão e estatismo econômico no século XIX.
3-As tentativas iniciais de formulação de uma teoria econômica de transição pós-capitalista.
4-Debates e experiências sobre os planos quinquenais soviéticos.
5-Os capitalismos tardios na Alemanha, Itália e Japão e o estado planejador.
6-Coletivismo e autogestão na Catalunha na década de 1930.
7-Primeiros balanços teóricos das economias planificadas na década de 1930.
8-O desenvolvimento acelerado e a planificação econômica da China pós 1949.
9-A planificação indicativa na França no pós guerra.
10-A introdução da planificação econômica na Europa do leste.
11-A experiência cubana inicial de planificação econômica e as décadas seguintes.
12-Leituras keynesianas da planificação e a CEPAL na América Latina.
13-O Desenvolvimento Capitalista nos “Trinta Anos Gloriosos” (1945-1975) e o modelo sueco.
14-Hipóteses de planificação econômica na Bolívia (1952 e 1971) e no Peru de Velasco Alvarado.
15-O debate sobre a planificação cibernética e autogestão no Chile de Allende.
16-O Cibercomunismo e a planificação algorítmica pelo mercado.
 
 
 
Avaliação
     
Método
provas escritas individuais e seminários de leitura e debates de textos.
Critério
como critério de avaliação também será considerada a presença e participação em atividades em sala de aula e desenvolvimento de atividades de leituras e pesquisas complementares.
Norma de Recuperação
Instrumento de avaliação escrita; Somente aos que obtiverem 70% de Frequência e média final igual ou superior a 3,0 e inferior a 5,0
 
Bibliografia
     
Andrade, Everaldo de Oliveira (org.). Economia Socialista – Experiências históricas de planificação econômica e debates sobre a transição hoje. São Paulo: NEPH/Ed. Maria Antônia, 2022.
Arantes Jr, Abelardo. A passagem do neoestalinismo ao capitalismo liberal na União Soviética e na Europa Oriental, Brasília : FUNAG, 2015.
Albuquerque, Eduardo da Motta. Visible seeds of socialism and metamorphoses of capitalism: socialism after Rosdolsky, Cambridge Journal of Economics, 2015, 39, 783–805 doi:10.1093/cje/beu050. 
Asselain, Jean-Jacques. Plan et profit en économie socialiste, Paris: Presses FNCP, 1981.
Barry Naughton,  Is China Socialist? In: Journal of Economic Perspectives—Volume 31, Number 1—Winter 2017—Pages 3–24
Bettanin, Fábio. A coletivização da terra na URSS, Stálin e a ‘revolução do alto’ (1929-1933), Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1981.
Bhérer, Harold. Management soviétique. Admnistration et planification, Paris: Presses FNCP, 1982.
Bettelheim, Charles, La planification soviétique, 3ª ed., Paris: Libr. Marcel Rivière, 1945
_______________  La planificacion cubaine, in: Recherches internationales, enero, 1963.
_______________ Planificação e crescimento acelerado, 2ª ed., Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
Bobrowski, C., Formation du systéme soviétique de planificación, Haya: Mouton, 1956. 
Bogomolov, Oleg. Socialisme & competitivite, les pays de l’Est dans l’économie mondiale, Paris: Presses FNCP, 1989. 
Bujarin, Nicolai, Teoria economica del periodo de transicion, Cuadernos de Pasado y Presente, 29, 2ª ed., Buenos Aires: Siglo XXI, 1974.
Bukharin N., Preobrazensky E., Trotsky, L.. Le Débat soviétique sur la loi du valeur, Paris: Maspero, 1972
Brus, Wlodzimierz, Problèmes généreaux du fonctionnement de l’economie socialiste, Paris: Maspero, 1968.
Burczak, T.  Socialism after Hayek, Ann Arbor: University of Michigan Press, 2006.
Bukharin, N. 1924. Critica de la plataforma económica de la oposición, in: Bujarin, N., Preobrazhensi, E. (eds.) La acumulacion socialista, Madrid, A. Corazon, 1971.
Caldwell, B. Hayek and socialism. Journal of Economic Literature, vol. 35, no. 4, 1856–1890, 1997.
Carvalho, F. C. Keynes and the reform of capitalist social order, Journal of Post Keynesian Economics, vol. 31, no. 2, 191–212, 2008.
Carr, E. H. e Davies, R. W., Historia de la Rusia sovietica. Bases de una economia planificada 1926/1929, Madrid: Alianza, 1980. 
Cohen, G. A.. A teoria da História de Karl Marx: uma defesa, Campinas: ed. Unicamp, 2013.
Corazón, Alberto. La acumulación socialista, Madrid, s/d.
Dembinski, P. Les Economies Planifiées. Paris : Points Seuil, 1988.. 
Dobb, Maurice, La economia sovietica, La Habana: ed Paginas, 1946.
Dobb, M., On economic theory and socialism, Londres: Routledge & Kenan, 1955
Elson, D.. Market socialism or socialization of the market, New Left Review, no. 172 (November–December), 3–44.1988.
Erlich, A., The sovietic industrialization debate, 1924-1928, Harvard Univ. press, 1960.
Fougeyrollas, Pierre., Les metamorphoses de la crise, Paris: Hachette, 1985.
_________________Los procesos sociales contemporaneos, Mexico: FCE, 1980.
George, Pierre. A economia da URSS e dos EUA, Lisboa: Dom Quixote, 2ª ed., 1975.
Guevara, Che., Apuntes críticos a la Economia Política, Bogotá: Ocean Sur, 2006.
Hayek, F. A. 1935a. Socialist calculation I: the nature and history of the problem, pp. 119–47 in: Individualism and Economic Order, Chicago:, University of Chicago Press, 1948.
Hayek, F. (ed.) 1935b. Collectivist Economic Planning: Critical Studies on the Possibilities of Socialism, London, Routledge and Kegan Paul.
Hirsch, Joachim. Globalização e mudança social: o conceito materialista do Estado e a teoria da regulação, in: Margem Esquerda, 30 (1), São Paulo: Boitempo, 2018.
Hugues, T. J., Luard, D. E., La China popular y su economia, Mexico: FCE, 1961.
Kotz, David M. Lessons from Economic Transition in Russia and China. In: BAIMAN, R.et.al (org.).  Political Economy and Contemporary Capitalism: Radical Perspectives on Economic Theory and Policy, Armonk, NY: M.E. Sharpe, p.p. 210-217, 2000.
Landauer, Carl. Teoría de la planificacíon económica, Mexico: Fondo de cultura economica, 1945.
Lange. O. La economia politica del socialismo, Mexico: FCE, 1965. 
____________ Problemas de la economia politica del socialismo, Mexico: FCE, 1989.
Lavallée, L. et al., Économie de la Chine socialiste, Ginebra, 1957.
Lavigne. M. L., Le capital dans l’economie soviétique, Paris: Sedes, 1961.
___________; Tirapolsky, A., L’URSS: une economie socialiste, Paris: Hatier, 1980. 
Lênin, Vladimir. Imperialismo, fase superior do capitalismo, São Paulo: Palavra, 2005. 
Lewin, Moshe., La formación du système soviètique, Paris: Gallimard, 1987.
Lewis, W. Arthur, Développment économique et planification, Paris: Payot, 1979.
Mandel, E.  In defense of socialist planning, New Left Review, no. 159 (September–October), 4–37, 1986.
Marx, Karl. Grundrisse, São Paulo: Boitempo, 2016.
Marx, Karl. O Capital, Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1980. 
Mazat, Numa. Um estudo Heterodoxo da Trajetória Econômica Contemporânea da Rússia. Rio de Janeiro: UFRJ/IE, 2007 Orientador: Carlos Aguiar de Medeiros. Dissertação (mestrado) – UFRJ/ IE/ Programa de Pós-graduação em Economia da Indústria e da Tecnologia, 2007.
Medeiros, C.A.de. A Economia Política da transição na Rússia. Em: ALVES A.G. de M.P. (org.) Uma longa transição. Vinte anos de transformações na Rússia. Brasília: IPEA, p.p.13-38, 2011.

Mintz , Frank. La autogestión en la España revolucionaria. Madrid: Las Ediciones
de La Piqueta, 1977.
Montoro, Xabier Arrizabalo. Capitalismo y economia mundial, Madri: IME, 2014.
______________________, et alli. O Inventamos o Erramos, Madrid: Ecobooks, 2022.  
Nove, Alec, Historia economica de la Unión Soviética, Madrid: Alianza, 1973.
___________., La economia soviética, Madrid: Gredos, 1965. 
____________ Social welfare state, in: Russia under Khrushchev, Brumberg, Abraham (ed.), New York: Praeger, 1961.
____________ Economic reforms in URSS and Hungary, a study in contrasts, in: Nove, A. Nutis, D. M.; (eds), Socialist economics, Harmondsworth, England: Penguin, 1970.
Pedrosa, Mário. Opção Imperialista, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
_____________ Opção Brasileira, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
Pomeranz, Lenina. Do socialismo soviético ao capitalismo russo, Cotia: Ateliê, 2018.
Schwartz, Harry. La economia soviética desde Stálin, Barcelona: ed. cultura popular, 1967.
_______________, Tsars, Mandarins, and commissars. Philadelphia: Lippincott, 1964.
Sievers, Allen., Revolução, evolução e ordem econômica, RJ: Zahar, 1963.
Schumpeter, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico, São Paulo: Nova Cultura, 2012.
Spulber, Nicolas., The soviet economy, New York: Norton, 1962
_____________., Soviet strategy for economic growth, Bloomington: Indiana univ. press, 1964.
Sokoloff, Georges. L’économie de la détente: l’URSS et le capital occidental, Paris: Presses FNCP, 1983. 
Strumiline, S., L’URSS, du féodalisme au communisme, in: Recherches Internationales, cuaderno 27, Paris, 1961. 
Théret, Bruno e Braga, José Carlos S. (org.). Regulação econômica e globalização, Campinas: Inst. economia Unicamp, 1998.  
Trotsky, Leon. A Revolução traída, São Paulo: Global, 1980.
 _____________. Defense du marxisme, Paris: EDI, 1972.
______________Naturaleza y dinámica del capitalismo e la economia de transición, Buenos Aires: CEIP, 1999.
Tsetung, Mao., A critique of soviet economics, New York/London: Monthly Review press, 1977.
Wheatcroff, C.J. et al. Soviet Industrialization Reconsidered: some preliminary conclusions about economic development between 1926 and 1941. In: Economic History Review, vol. 39, n. 2: 264-294, 1986.
 
Atividades de Extensão
     
Grupo social alvo da atividade
Esta atividade deverá ser voltada para o público externo à Universidade, previamente delimitado pelo aluno e com aval do professor.
Objetivos da atividade
A atividade extensionista deverá ter caráter historiográfico, sob diversas formas, tais como: formação historiográfica de público- externo à universidade, formação continuada de professores da rede básica, atividades e organização de eventos culturais com temas históricos, atividades de preservação patrimonial, organização documental e direito à memória, podendo ser de caráter presencial ou remoto, de acordo com as definições institucionais e normas vigentes na Universidade.
Descrição da atividade
A disciplina também destinará 20 horas para o planejamento e desenvolvimento de práticas extensionistas, a serem computadas nas ACE constantes do Histórico Escolar do aluno. O desenvolvimento das atividades se fará sob tutoria de um docente e de monitorias pedagógicas, sendo avaliada conforme as regras vigentes para aprovação em disciplinas.
Indicadores de avaliação da atividade
Entrega de relatório final e sistematização da avaliação pelo grupo social envolvido e pelo aluno, conforme modelo padronizado pelo Departamento de História e indicadores previamente definidos pela Universidade (aproveitamento, presença e ampliação do conhecimento historiográfico e da história aplicada a demandas sócio- culturais).

Clique para consultar os requisitos para FLH0827

Clique para consultar o oferecimento para FLH0827

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP