A disciplina tem por objetivo oferecer aos alunos um panorama sobre as mais importantes abordagens analíticas que enfocam políticas públicas em perspectiva comparada, com destaque para o Brasil. A disciplina apresenta diversos conceitos e processos clássicos no campo das políticas públicas, essenciais e indispensáveis para a formação do cientista social.
O curso será desenvolvido em 15 aulas, organizadas em três unidades. Excluindo as aulas de introdução do curso e as dedicadas às avaliações, a sequência de aulas e temas serão os seguintes: 1. Estado e burocracias: a. Formação dos Estados nacionais; b. Burocracias; c. Estado do Brasil (2 aulas); 2. Direitos, Welfare e Políticas Sociais: a. Direitos e cidadania moderna; b. Welfare States; c. Direitos e políticas sociais no Brasil (2 aulas); 3. Processo de produção de políticas: a. Ciclo e decisão; b. Incrementalismo e a crítica à decisão; c. Implementação de burocracias de nível da rua; d. Agenda e ideias de políticas públicas.
ARRETCHE, M. (2002). Federalismo e relações intergovernamentais no Brasil: a reforma de programas sociais. In: Revista Dados, vol.45, N .3. ARRETCHE, M. (2012). Democracia, federalismo e centralização no Brasil. Rio de Janeiro, Editora FGV/Editora Fiocruz. Ávila-Gomide, A.; Pires, R.R.C. (2014) Capacidades estatais e democracia: a abordagem dos arranjos institucionais para a análise de políticas públicas. In __ Capacidades estatais e democracia: a abordagem dos arranjos institucionais para a análise de políticas públicas, IPEA, pp. 15-30 BARACH, P. e BARATZ, M. (1963). "Decisions and non-decisions: an analytical framework". American Political Science Review, 57. Bernardi, B. B. (2012). O conceito de dependência da trajetória (path dependence): definições e controvérsias teóricas. Perspectivas: Revista de Ciências Sociais, 41(1): 137-167 Boudon, R. (1979) Efeitos perversos e mudança social. In __ Efeitos perversos e ordem social. Pp. 17-44. Rio de Janeiro: Zahar Ed. Bueno, N. P. (2004). Lógica da ação coletiva, instituições e crescimento econômico: uma resenha temática sobre a nova economia institucional. Revista EconomiA, 5(2), 361-420 CAPELLA, A. (2006). Formação da Agenda Governamental: Perspectivas Teóricas. In: Revista BIB, No 61. Coêlho, D. B., Cavalcante, P., & Turgeon, M. (2016). Mecanismos de difusão de políticas sociais no Brasil: uma análise do Programa Saúde da Família. Revista de Sociologia e Política, 24(58), 145- 165 Fernández-Carro, R. (2009). La teoría de principal-agente en los estudios sobre ciencia y tecnología. Arbor, 185(738), 809-824. HAAS, P. (1992). Introduction: epistemic communities and international policy coordination. In: International organization, Vol. 46 (1). HAM, C. e HILL, M. (1995). O processo de elaboração de políticas no Estado capitalista moderno. Campinas, tradução: Renato Amorim e Renato Dagnino, adaptação e revisão: Renato Dagnino. KINGDOM, J. (1984). Agendas, alternatives and public policies. Cap. 1 e 9. Lima, L. L; D’Ascenzi, L. (2013) Implementação de políticas públicas: perspectivas analíticas. Revista de Sociologia e Política, 21(48): 1001-110 LINDBLOM, C. (1979) Still muddling, but not yet through In: Public Administration, 19 LIPSKY, M. (1980). Street-level Bureaucracy; Dilemmas of the Individual in Public Services. New York: Russell Sage Foundation, Cap. 1. Ou La burocracia en el nivel callejero: la function critica de los burócratas em el nível callejero. PETERS, G. (1995). The Politics of Bureaucracy. Londres: Taylor and Francis, Cap. 1 e 3. MARQUES, E. (2013). As políticas públicas na ciência política. Marques, E. e Faria, C. (org.) A Política Pública como campo multidisciplinar. São Paulo: Ed. Unesp/CEM. MARSHALL, Thomas (1967). Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar. Cap. III (“Cidadania e classe social”) (pp. 57-114). NUNES, E. (1997). A gramática política do Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., Cap. 5. SANTOS, W. G. dos. (1979). Cidadania e justiça: a política social na ordem brasileira. Editora Campus. SIKKINK, K. (1993) Las capacidades y la autonomía del Estado en Brasil e Argentina. Un enfoque neoinstitucionalista. In: Desarrollo Economico, Vol 32, No 128. TILLY, C. (1996). Coerção, Capital e Estados europeus. São Paulo: Edusp. Caps. 2 e 3. WEBER, M. (1982). Burocracia. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Guanabara. Cap. VIII (pp. 229-282). WILSON, J. (1989). Bureaucracy: What Government Agencies Do and why They Do it. Basic Books, Cap. 1 e 2.