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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Ciência Política
 
Disciplina: FLP0409 - Grandes Correntes e Tendências Políticas no Mundo Contemporâneo
Large currents and political trends in the contemporary world

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2015 Desativação:

Objetivos
O curso examinará, panorâmica e criticamente, três campos de experiências sociais pelos quais tem se desenrolado a política contemporânea: Primeiro, a reasserção do pensamento e da mensagem conservadora, uma tendência que reage a outras – que ganharam terreno a partir do pós-guerra e com especial força no mundo ocidental –, muito diversas entre si mas de sentido oposto àquela, e que se traduziram na liberalização dos costumes e dos estilos de vida. Resgatando a solidariedade religiosa e o tradicionalismo, o novo impulso conservador se radicaliza conforme o apelo de ideologias seculares progressistas, em particular o socialismo, perde força. Segundo,a simultânea afirmação de uma nova ordem liberal e a convergência para a democracia sob o signo dessa ordem. Superpondo-se mas também atritando com o primeiro campo, essa tendência, pelo menos no que diz respeito à democracia, começou a se desenhar já no caminho da vitória dos países aliados sobre o nazifascismo, porém timidamente, em vista da divisão que se produziu entre os próprios aliados logo a seguir, com a Guerra Fria. Embora tenha recebido seu impulso definitivo justamente com a queda do Muro de Berlim, ela se anuncia já nos anos 1970/1980, com a crise do Estado de Bem-Estar, que resultou num afastamento do consenso social-democrata construído no pós-guerra e praticado intensamente na Europa Ocidental. E terceiro, a chamada “globalização”, com suas múltiplas e contraditórias dimensões, e a percepção de uma grave crise ecológica, ambas levando a um afrouxamento das práticas de soberania dos Estados nacionais, parcialmente substituídas por esforços contraditórios de regulamentação (ambiental principalmente), por um lado, e desregulamentação (em geral no campo econômico-financeiro), por outro, sob a égide de uma nova, mas frágil, “governança global”. Esses três campos serão examinados pela exposição do professor em sala de aula, sustentada numa coleção de textos – de leitura obrigatória ao longo do semestre –, selecionada de uma bibliografia bem mais extensa e evidentemente inabordável num curso panorâmico, e pela utilização de material áudio-visual (documentários) e, ocasionalmente, jornalístico.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
466233 - Cicero Romao Resende de Araujo
27319 - Gabriel Cohn
 
Programa Resumido
O curso examinará, panorâmica e criticamente, três campos de experiências sociais pelos quais tem se desenrolado a política contemporânea: Primeiro, a reasserção do pensamento e da mensagem conservadora, uma tendência que reage a outras – que ganharam terreno a partir do pós-guerra e com especial força no mundo ocidental –, muito diversas entre si mas de sentido oposto àquela, e que se traduziram na liberalização dos costumes e dos estilos de vida. Resgatando a solidariedade religiosa e o tradicionalismo, o novo impulso conservador se radicaliza conforme o apelo de ideologias seculares progressistas, em particular o socialismo, perde força. Segundo,a simultânea afirmação de uma nova ordem liberal e a convergência para a democracia sob o signo dessa ordem. Superpondo-se mas também atritando com o primeiro campo, essa tendência, pelo menos no que diz respeito à democracia, começou a se desenhar já no caminho da vitória dos países aliados sobre o nazifascismo, porém timidamente, em vista da divisão que se produziu entre os próprios aliados logo a seguir, com a Guerra Fria. Embora tenha recebido seu impulso definitivo justamente com a queda do Muro de Berlim, ela se anuncia já nos anos 1970/1980, com a crise do Estado de Bem-Estar, que resultou num afastamento do consenso social-democrata construído no pós-guerra e praticado intensamente na Europa Ocidental. E terceiro, a chamada “globalização”, com suas múltiplas e contraditórias dimensões, e a percepção de uma grave crise ecológica, ambas levando a um afrouxamento das práticas de soberania dos Estados nacionais, parcialmente substituídas por esforços contraditórios de regulamentação (ambiental principalmente), por um lado, e desregulamentação (em geral no campo econômico-financeiro), por outro, sob a égide de uma nova, mas frágil, “governança global”. Esses três campos serão examinados pela exposição do professor em sala de aula, sustentada numa coleção de textos – de leitura obrigatória ao longo do semestre –, selecionada de uma bibliografia bem mais extensa e evidentemente inabordável num curso panorâmico, e pela utilização de material áudio-visual (documentários) e, ocasionalmente, jornalístico.
 
 
 
Programa
Parte I: A Reasserção Conservadora 
Parte II: A Nova Ordem Liberal e a Convergência para a Democracia
Parte III: A Globalização, a Crise Ecológica e seus Efeitos Políticos
 
 
 
Avaliação
     
Método
A disciplina será avaliada com base: a) na presença e participação do aluno em classe;
b) na participação em trabalho de equipe – composta por 5 ou 6 alunos –, abordando um
tema do curso previamente escolhido. Cada equipe discutirá o tema de seu trabalho e
agendará conversas (fora do horário de aula) com o monitor da classe, que orientará sua
elaboração. Os trabalhos escritos, com 10 a 12 páginas de extensão, deverão ser
entregues no último dia de aula.
Critério
A disciplina será avaliada com base: a) na presença e participação do aluno em classe;
b) na participação em trabalho de equipe – composta por 5 ou 6 alunos –, abordando um
tema do curso previamente escolhido. Cada equipe discutirá o tema de seu trabalho e
agendará conversas (fora do horário de aula) com o monitor da classe, que orientará sua
elaboração. Os trabalhos escritos, com 10 a 12 páginas de extensão, deverão ser
entregues no último dia de aula.
Norma de Recuperação
Conforme regimento da USP.
 
Bibliografia
     
Priestland, D. (2012). A Bandeira Vermelha: a História do 
Comunismo. Trad. Luis Reyes Gil. São Paulo: Editora Leya. Cap. 12 e Epílogo (pp.580663).
Judt, T. (2008). Pós-guerra: uma História da Europa desde 1945.
Trad. José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva. Caps. XII e XIII (pp.396-453).
Merheb, R. (2012). O Som da Revolução: uma história cultural do Rock (1965-1969).
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. Introdução e Cap.1 (pp.9-49); Cap.5 (pp.137167); e Cap.10 (pp.313-345).
Nisbet, R. (1980). “Conservantismo”. In: T. Bottomore e R.
Nisbet (orgs.), História da Análise Sociológica. Trad. Waltensir Dutra. Rio de Janeiro,
Zahar. Cap. 3 (pp.118-165).
Kristol, I. (2009). “American Conservatism: 1945-1995”; “The Neoconservative
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Wolfson, A. (2004). “Conservatives and Neoconservatives”. In: I. Stelzer, The Neocon
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Kepel, G. (1991). A Revanche de Deus: Cristãos, judeus e
muçulmanos na reconquista do mundo. Trad. J. E. Smith Caldas. São Paulo: Editora
Siciliano. Introdução (pp.11-23), Cap. 1 (pp.25-63) e Cap.3 (pp.125-170).
Pierucci, A. F. (1997). “Reencantamento e Dessecularização: a Propósito do
Autoengano em Sociologia da Religião”. Novos Estudos Cebrap 49: pp.99-117.
Judt, T. (2008). Pós-guerra: uma História da Europa desde 1945.
Trad. José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva. Caps. XVII e XVIII (pp.536-582).
-Habermas, J. (1987). “A Nova Intransparência: a Crise do Estado de Bem-Estar Social
e o Esgotamento das Energias Utópicas”. Novos Estudos Cebrap 18: pp.103-114.
Fukuyama, F. (1989). “The End of History?”. The National
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Anderson, P. (1992). O Fim da História: de Hegel a Fukuyama. Trad. Álvaro Cabral.
Rio de Janeiro: Zahar. Introdução (pp.7-15) e Caps. 3, 4 e 5 (pp.49-117).
Bobbio, N. (1992). A Era dos Direitos. Trad. Carlos Nelson
Coutinho. Rio de Janeiro: Editora Campus. Primeira Parte, Caps. 1, 2 e 3 (pp.15-65).
-Lindgren Alves, J. A. (1994). “Direitos humanos: o significado político da
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Cohen, J. e Arato, A. (2000). Sociedade Civil y Teoría Política. Trad. Roberto Reyes
Mazzoni. México: Fondo de Cultura Económica. Introdução e Cap. I (pp.21-112).
Huntington, S. (1994). A Terceira Onda: a Democratização no
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(pp.13-39) e Cap. 6 (pp.272-307).
Gauchet, M. (s/d). “A democracia, de uma crise a outra”. Trad. Christian E. Lynch.
Manuscrito. (Do original francês publicado pela Éditions Cécile Defaut, Nantes, 2007).
Przeworski, A. (2005). “Self-enforcing Democracy”. Paper manuscript. Department of
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Gray, J. (1999). Falso amanhecer: os equívocos do capitalismo
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Hobsbawm, E. (2013). Globalização, Democracia e Terrorismo. Trad. José Viegas.
São Paulo: Cia das Letras. Prefácio e Caps. 1, 2 e 3 (pp.9-76).
Gore, A. (2013). O Futuro: Seis Desafios para Mudar o Mundo.
Trad. Rosemarie Ziegelmaier. Barueri (SP): HSM Editora. Cap. 6 (pp.288-369).
-Vincent, A. (2010). “Ecologism”. In: Modern Political Ideologies. Oxford: Blackwell.
Cap.8 (pp.198-225).
Christy, J. (2002). “The Global Warming Fiasco”. In: R. Bailey et al. (Orgs.), Global
Warming and Other Eco-Myths. Roseville (CA): Prima Publishing.
Harvey, D. (2011). O Enigma do Capital e as Crises do
Capitalismo. Trad. João Alexandre Peschanski. São Paulo: Boitempo Editorial. Caps. 1
e 2 (pp.9-54) e Caps. 5 e 6 (pp.101-150).
Gall, N. (2010). O Terremoto Financeiro: a Primeira Crise Global do Século XXI. Rio
de Janeiro: Elsevier Editora. Cap. 1 (pp.1-24), Caps.6 a 9 (pp.87-147) e Glossário
(pp.159-160).
 

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