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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Ciência Política
 
Disciplina: FLP0450 - O que é Representação Política?
What is Political Representation?

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2016 Desativação:

Objetivos
O curso passará em revista a reflexão teórica sobre a representação política no debate contemporâneo. Embora se trate de questão tipicamente moderna, a “representação” permaneceu relativamente pouco trabalhada como objeto de construção teórica. A obra seminal de Pitkin permaneceu como referência obrigatória desde final dos anos 1960, até o debate sore a crise da representação ocorrido ao longo dos anos 1980 e 1990, estimular novos desenvolvimentos teóricos. A disciplina visa a revisar algumas das obras mais influentes no campo desses desenvolvimentos. Ela está dividida em dois blocos. No primeiro, estabelecem-se as referências obrigatórias do campo das terias da representação, oferecendo tanto uma análise conceitual e semântica mais geral do conceito de representação ― e explorando diferentes configurações ou modelos de relação entre representação e política ― quanto um análise exame mais específico do sentido moderno de representação política: isto é, o "governo representativo", suas instituições e transformações, apresentando argumentos de justificação desse ideal de governo e a caracterização de algumas de suas fórmulas ― por exemplo, governo parlamentar e governo de partidos. O primeiro bloco permitirá definir os termos da relação entre governo representativo e democracia, a qual tem sido revisada e posta e xeque pelo debate mais recente.  Esse será o objeto do segundo bloco, centrando a atenção e duas propostas que, e perspectivas diferentes, reformulam a conexão entre democracia e representação. 
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2339547 - Adrian Gurza Lavalle
466233 - Cicero Romao Resende de Araujo
 
Programa Resumido
O curso passará em revista a reflexão teórica sobre a representação política no debate contemporâneo. Embora se trate de questão tipicamente moderna, a “representação” permaneceu relativamente pouco trabalhada como objeto de construção teórica. A obra seminal de Pitkin permaneceu como referência obrigatória desde final dos anos 1960, até o debate sore a crise da representação ocorrido ao longo dos anos 1980 e 1990, estimular novos desenvolvimentos teóricos. A disciplina visa a revisar algumas das obras mais influentes no campo desses desenvolvimentos. Ela está dividida em dois blocos. No primeiro, estabelecem-se as referências obrigatórias do campo das terias da representação, oferecendo tanto uma análise conceitual e semântica mais geral do conceito de representação ― e explorando diferentes configurações ou modelos de relação entre representação e política ― quanto um análise exame mais específico do sentido moderno de representação política: isto é, o "governo representativo", suas instituições e transformações, apresentando argumentos de justificação desse ideal de governo e a caracterização de algumas de suas fórmulas ― por exemplo, governo parlamentar e governo de partidos. O primeiro bloco permitirá definir os termos da relação entre governo representativo e democracia, a qual tem sido revisada e posta e xeque pelo debate mais recente.  Esse será o objeto do segundo bloco, centrando a atenção e duas propostas que, e perspectivas diferentes, reformulam a conexão entre democracia e representação. 
 
 
 
Programa
I) REPRESENTAÇÃO E POLÍTICA

1ª Aula.	a) Apresentação do programa; 
b) Introdução ao debate contemporâneo e à obra de Pitkin: semântica da Representação
Pitkin 2006; Pitkin 1967: Capítulo 1
Leitura de Apoio: Pitkin 1967: Appendyx on etymology

2 ª Aula	a). As representações formal, descritiva, simbólica e a política
		Pitkin 1967: Cap 3, Cap 4
Leitura de apoio: Pitkin 1983; 1967: Cap 1; Cap 5; Araújo 2006.
		
3 ª Aula	Representação Política.
		Pitkin 1967: Cap 6, Cap 7.
		Leitura de apoio: Pitkin 1967: Capítulo 9 

4 ª Aula	a) Governo representativo e os limites da representação política
		b) Balanço: os regimes de congruência em Pitkin
Pitkin1967: Cap 10; Pitkin 2004; Gurza Lavalle: no prelo.
Leitura de apoio: Pitkin, Shumer 1982; Pitkin 2006;  Pitkin 1983

II) O GOVERNO REPRESENTATIVO

5 ª Aula	Representação, Sorteio e Eleição.
		Manin 1997: Cap 2; Capitulo 3
Leitura de apoio: Sintomer, 2012; Zakaras, 2010

6 ª Aula.	Governo representativo e democracia
		Manin 1997: Cap 4 e Cap 5;
		Leitura de apoio: Manin 1995

7 ª Aula.	Transformações do governo Representativo
		Manin 1997: Capitulo 6, Conclusão
Leitura de apoio: Manin 1995; Gurza Lavalle, Houtzager, Castello: 2006

8ª Aula 	Primeira avaliação Parcial

III) A REPRESENTAÇÃO DEMOCRÁTICA OU DEMOCRACIA IMPERFEITA

9ª  Aula	Representação como politização
		Urbinati 2006a: Capitulo 1
Leitura de apoio: Urbinati 2006b

10 ª Aula.	Representação e soberania popular
		Urbinati 2006ª: Capitulo 2
Leitura de apoio: Garsten 2009

11 ª Aula.	Cidadão, eleitor e o aprimoramento da democracia
		Urbinati 2006a: Capitulo 4. Capítulo 5
Leitura de apoio: Manin, Przeworski, Stokes 2006

12 ª Aula.	Governo representativo ou representação democrática 
Urbinati 2006a: Conclusion: A surplus of politics; Manin e Urbinati 2008; Urbinati, Warren. 2007.
Leitura de apoio: Castiglione, Warren (2006); Gurza Lavalle e Isunza Vera 2011.

13 ª Aula.	E se não for possível representar o povo? 
Rosanvallon 1998: Capítulo 1; Capítulo 4
Leitura de apoio: Rosanvallon 1998: Introdução; Capítulo 2

14 ª Aula	Irrepresentabilidade e as respostas do Século XXI. O desafio contemporâneo
		Rosanvallon 1998: Capítulo 8, Capítulo 9, Conclusão.
 
 
 
Avaliação
     
Método
A disciplina estará baseada em aulas expositivas a cargo do professor, mas contempla discussões em sala informadas pelos autores e textos analisados ao longo do semestre; portanto, a reflexão e participação discente não apenas é desejável, mas será estimulada e avaliada mediante resenhas/reações a serem elaboradas em casa e entregues em sala de aula. A carga semanal de leituras obrigatórias será de até 80 páginas, todavia, o professor incorporará à exposição os elementos mais relevantes das leituras complementares.
Critério
A avaliação consistirá, assim, de duas provas dissertativas sem consulta (3,5, pontos cada) e dos exercícios de resenha/reação dirigidos a estimular a reflexão e aproveitamento dos conteúdos do programa (3 pontos). Os exercícios serão solicitados com antecipação via e-mail e deverão ser entregues na aula seguinte. NÂO será aceita a entrega de trabalhos atrasados. - O roteiro de leituras obrigatórias está especificado para cada ponto do programa, bem como as provas, que abarcarão o roteiro e os conteúdos desenvolvidos em sala de aula. - Os exercícios a serem realizados em casa serão mais bem especificados em sala de aula, de modo a resolver dúvidas, mas é possível advertir que será solicitadas até 10 (dez) exercícios, considerando para avaliação e composição de sua média final apenas as 8 resenhas com avaliação mais levada.
Norma de Recuperação
Haverá prova de recuperação sobre o conteúdo total do programa para aqueles que não obtiverem nota aprobatória na média final. Não serão aplicadas provas substitutivas em hipótese alguma.
 
Bibliografia
     
a)	Obras de consulta para acompanhar a disciplina

BRITO Viera, Monica e RUCINMAN, David. (2008). Political Representation. Polity Press, Key Concepts.

ALMEIDA, Débora Cristina Rezende (2001). Repensando representação política e legitimidade democrática: entre a unidade e a pluralidade. Minas Gerais, tese de doutoramento, UFMG..

MIGUEL, Luis Felipe (2013). Democracia e representação ― Territórios em disputa. São Paulo, UNESP 

b)	Referências do programa de leituras (obrigatórias e de apoio) e outras sugestões
ABAL Medina, J. M. (1996). “El camino hacia la democracia pos representativa”. PostData, nº 2,.
ABAL Medina, J. M. (2004). La muerte y la resurrección de la representación política. México: FCE.
ARATO, Andrew. (2002) “Representação, soberania popular e accountability”. Lua Nova, CEDEC, nº 55/56 - Cenários de Direitos.
ARAUJO, C. (2006). “Representação, retrato e drama”. Lua Nova 67: 229-260.
BERGER, L. Peter e NEUHAUS , Richard John. “To empower people: from state to civil society”. In: Eberly, Don. The essential civil society reader  The classic essays. Boston, 2000, pp. 143-183.
.BURKE, Edmund. (1942). “Carta a los electores de Bristol”. (1774) In _______ Textos políticos. México, Fondo de Cultura Económica 
BURKE, Edmund. “An Extract From Letter To Sir Hercules Langrishe, On The Subject Of The Roman Catholics Of Ireland”. (1792) http://www.ourcivilisation.com/ smartboard/shop/burke/extracts/chap18.htm
URBINATI, Nadia; Mark E. WARREN. (2007). “The Concept of Representation in Contemporary Democratic Theory”, Manuscrito.
CASTIGLIONE, Dario; Mark WARREN (2006). Rethinking Representation: Nine Theoretical Issues, Ensayo para “The Midwest Political Science Association Annual Conference”, Chicago, abril 6-10.
FERREIRA, B. (2004). "Schmitt, Representação e Forma Política". Lua Nova 61: 25-51.
GRSTEN, B. (2009). “Political Representation and Popular Sovereignnity”. In Ian Shapiro, Sussan Stokes,, Wood & Kirshner  (Eds.) Political Representation. CambridgeUniversity Press. representaion and 
GURZA LAVALLE, A., HOUTZAGER, P., CASTELLO, G. (2006). "Democracia, Pluralização da Representação e Sociedade Civil". Lua Nova 67: 49-104.
GURZA LAVALLE, A. (no prelo). “Representatividade e Representação Democrática ― Falso Problema ou Dualidade Constitutiva”. São Paulo, Alameda Editorial.
GURZA LAVALLE, A.; ISUNZA, E. (2011). “A trama da crítica democrática: da participação à representação e à accountability”. Lua Nova (Impresso), v. 84, p. 95-140, 2011.
MANIN, B. (1995). “As metamorfoses do Governo Representativo”. Revisa Brasileira de Ciências Sociais, Revista Brasileira de Ciências Sociais, n° 29, ano 10, outubro, pp. 5-34.
MANIN, B. (1997). The Principles of Representative Government.  Cambridge: Cambridge University Press. [versão em espanhol disponível para a dsiciplina]
MANIN, B., PRZEWORSKI, A., STOKES, S. (2006). "Eleições e representação". Lua Nova 67: 105-138.
MANIN, B. e URBINATI, N. (2007). Is representative democracy really democratic ? Lavie dês Idees.
NOVARO, Marcos. (1995) “O debate contemporâneo sobre a representação política”, São Paulo, Novos Estudos, No. 42, julho, pp. 77-90.
NOVARO, Marcos. (2000).  Representación y liderazgo en las democracias contemporáneas. Rosario, Homo Sapiens Ediciones, 2000.
PITKIN, F. Hanna. (1967) The concept of representation. Berkeley, University of California Press, 1967. (capítulo sobre Edmund Burke)
PITKIN, F. Hanna. (2006). "Representação: Palavras, Instituições e Idéias". Lua Nova 67: 15-48.
PITKIN, F. Hanna. (1983). O conceito de representação. In: CARDOSO, Fernando Henrique; MARTINS, Carlos Estevam (Org.). Política e sociedade. São Paulo: Nacional, 1983.
PITKIN, F. Hanna. (2004). “Representation and democracy: uneasy alliance”. Scandinavian Political Studies, v. 27, n. 3, pp. 335-342.
PITKIN, F. Hanna; SHUMER, S. M. (1982). “On participation”. Democracy, n. 2, pp. 43-54
ROBERTS, Kenneth M. (2002). “Party-society Linkages and Democratic representation in Latin America”. Canada, Canadian Journal of Latin American and Caribbean Studies, vol. 27, No. 53, 2002, pp. 9-34.
ROSANVALLON Pierre. (1998). El pueblo inalcanzable. México: Instituto Mora.
SARTORI, Giovanni. A teoria da representação no Estado Representativo moderno. Minas Gerais, Revista Brasileira de Estudos Políticos, 1962, pp. 9-86.
SAWARD, M. 2010. The representative claim. Oxford: Oxford University Press.
SCHMITT, C. (2000). Catolicismo y forma política, pp.3-49. Madrid: Tecnos.
SCHMITTER, P. (1974). "Still the Century of Corporatism?". Review of Politics 36: 85-131.
SINTOMER,  Yves. (2012). “Could Random Selection and Deliberative Democracy Revitalize Politics in the 21st Century?”», La Vie des idées, 6 June 2012. ISSN : 2105-3030.
STUART MILL, J. Considerações sobre o Governo Representativo. Brasília: Ed. UnB.
URBINATI, N. (2006a). Representative Democracy: Principles and Genealogy. University Of Chicago Press.
URBINATI, N. (2006b). "O que torna a representação democrática?". Lua Nova 67: 191-228.
URBINATI, N., WARREN, M. E. (2007). “The concept of representation in contemporary democratic theory”. Annual Review of Political Science, v. 11, pp. 387-412.
VERNANT, J-P., VIDAL-NAQUET, P. (2002). Mito e Tragédia na Grécia Antiga. Caps. 1 e 2 (pp.1-24). São Paulo: Perspectiva; e VERNANT, J-P. (2001). Entre Mito e Política. Caps. 36 e 37 (pp.347-380). São Paulo: Edusp.
YOUNG, I. M. (2006). "Representação política, identidade e minorias". Lua Nova 67: 139-190. 
YOUNG, Iris Marion. “Representation and social perspective”. In: Inclusion and democracy. Oxford, Oxford University Press, 2002, cap 4. pp.121-53.
WILLIAMS, M. S. (1998). Voice, trust, and memory: marginalized groups and the failings of liberal representation. Princeton, NJ: Princeton Uniersity Press. 
ZAKARAS, A. (2010). “Lot and Democratic Representation: A Modest Proposal”. Constellations, 17(3), 455–471. doi:10.1111
 

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