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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Teoria Literária e Literatura Comparada
 
Disciplina: FLT0362 - Literatura e Extensão: leitura, criação e estudo de literatura
Literature and Extension: reading, creating and studying literature

Créditos Aula: 2
Créditos Trabalho: 2
Carga Horária Total: 90 h
Carga Horária de Extensão: 90 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2025 Desativação:

Objetivos
O objetivo da disciplina é promover a reflexão crítica sobre as relações entre o campo dos estudos literários e a sociedade, propiciando a interação entre o conhecimento produzido na universidade e grupos sociais externos a ela, em atividades nas quais o estudante de graduação assuma o protagonismo, levando o saber construído nos cursos de graduação a grupos sociais específicos, externos à instituição. Assim, as práticas articuladas à formação de leitores, à análise e interpretação de obras literárias e críticas e à criação literária são o cerne da discussão acerca do saber universitário e sua relação com grupos sociais externos e das atividades a serem realizadas pelos alunos da USP junto a esses grupos.
 
 
 
Programa Resumido
A disciplina se propõe a abordar diferentes aspectos compreendidos nos estudos literários, sobretudo as práticas envolvidas na formação de leitores; na análise e interpretação de obras literárias e críticas; na criação literária etc., mobilizando tanto a reflexão quanto a ação dos alunos frente a grupos sociais externos à universidade, em atividades que podem incluir oficinas de criação, círculos de leitura ou a produção de
material impresso, digital ou audiovisual.
 
 
 
Programa
A disciplina abordará a cada semestre diferentes tópicos, podendo dar maior ênfase a um deles ou à articulação entre vários deles, sempre vinculados às múltiplas possibilidades de atividades de extensão voltadas a grupos sociais específicos (seja na produção de material didático, na realização de eventos, em aulas e oficinas, etc.).
1) Literatura e Sociedade
2) Leitura, criação e crítica no trânsito entre universidade e sociedade
3) Práticas de leitura literária
4) Atividades extensionistas ligadas à circulação do conhecimento produzido pelos
estudos literários acadêmicos
5) Práticas de escrita literária: oficinas e eventos
6) Literatura: o trânsito de mão dupla entre a sociedade e a universidade
7) Tecnologia, produção e circulação de conhecimento e a extensão
8) O debate sobre critérios de valor estético e a formação do cânone.
9) Reflexão sobre a formação de leitores e escritores
 
 
 
Avaliação
     
Método
Os alunos realizarão leituras e discussões como etapas prévias e preparatórias para uma ou mais atividades escolhidas para a interação direta com grupos sociais, externos à universidade escolhido(s) a cada semestre. As atividades poderão ser presenciais ou remotas, com participação síncrona ou assíncrona, conforme as circunstâncias que se mostrarem mais favoráveis em cada curso. Tanto a etapa preparatória quanto a(s) atividade(s) serão avaliadas, sempre em articulação entre si.
Critério
Participação adequada e produtiva na etapa de preparação para a(s) atividade(s); colaboração empenhada no estabelecimento de contato e nos trâmites junto ao(s) grupo(s) social(ais) que se constitua(m) como público-alvo da interação extensionista; efetiva participação e protagonismo na(s) atividade(s) de extensão, seja por meio da realização de aulas e oficinas, seja na mediação em círculos de leitura e oficinas de criação, seja, ainda, na produção de material didático impresso, digital ou audiovisual.
Norma de Recuperação
Conforme a legislação vigente.
 
Bibliografia
     
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
BOSI, Alfredo. A interpretação da obra literária. In: Céu, Inferno. 2ª. ed. São Paulo,
Duas Cidades; Editora 34, 2003. (Coleção Espírito Crítico)
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. Estudos de Teoria e História Literária.
13ª.ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2014.
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. Conversações com Jean
Lebrun. Trad. Reginaldo C.C. de Moraes. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São
Paulo; Editora UNESP, 1998.
COMPAGNON, Antoine. Literatura para quê? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.
HOOKs, bell. Ensinando a transgredir. A educação como prática da liberdade. Trad.
Marcelo Brandão Cipolla. 2ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
HOSSNE, Andrea Saad; NAKAGOME, Patrícia Trindade (Org.). Leitores e leituras na
contemporaneidade. E-book. Araraquara: Letraria, 2019.
HOSSNE, Andrea Saad; NAKAGOME, Patrícia Trindade (Org.). Dossiê Leitores e leituras
na contemporaneidade: aspectos e questões. In: Literatura e Sociedade. v. 22 n. 24
(2017).
HOSSNE, Andrea Saad; NAKAGOME, Patrícia Trindade, OLIVEIRA, Marta de (Org.).
Dossiê: Leitores e leituras na contemporaneidade: entre o cânone e as novas
tendências. In: Revista rascunhos culturais. Coxim, MS: Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul.v. 11, n. 21 (2020).
LEOPOLDO E SILVA, Franklin. Reflexões sobre o conceito e a função da Universidade
Pública. In: Estudos Avançados, São Paulo, v. 42, 2001.
PEREIRA, Danglei de Castro (Org.). Nas linhas de Ariadne: literatura e ensino em
debate. Campinas: Pontes, 2017.
PETIT, Michèle. Leituras: do espaço íntimo ao espaço público. Trad. Celina Olga de
Souza. São Paulo: Editora 34, 2013.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante - Cinco lições sobre a emancipação intelectual.
3ª.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2023.
TODOROV, T. A literatura em perigo. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009.
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino de literatura. Curitiba: Editora Intersaberes,
2012.
 
Atividades de Extensão
     
Grupo social alvo da atividade
De modo amplo, o grupo social é constituído por estudantes e profissionais da educação básica pública, podendo, conforme as condições apresentadas a cada semestre, se subdividir conforme o nível de escolaridade (Fundamental e/ou Ensino Médio); inserção na educação regular ou em outras formas de acesso à educação (ONGs, Institutos, Associações e Centros Culturais); perfil a partir de marcadores sociais da diferença (gênero, etnia, classe social etc.).
Objetivos da atividade
O objetivo da atividade é propiciar ao estudante a reflexão contínua, que deve reverberar na sua atuação prática, acerca das complexas e múltiplas relações entre o conhecimento que se produz e que circula na universidade, ao longo do curso de graduação em Letras, especificamente no que diz respeito à Literatura, e as várias e diversas instâncias que constituem a sociedade brasileira, notadamente aquelas que formam a heterogeneidade que permeia o campo educacional, no qual a literatura e a leitura literária ocupam um espaço importante, mesmo que cada vez mais exíguo.
Descrição da atividade
Há uma ampla gama de atividades possíveis e é salutar que haja uma variação entre aquelas a serem realizadas a cada semestre. No caso da leitura literária, destacam-se os círculos de leitura, com a apresentação de diferentes repertórios (canônico, não canônico etc.). No que concerne à abordagem da obra literária, ressaltam-se eventos, palestras, aulas, podcasts, vídeos, oficinas de prática de análise literária. AS oficinas são também uma atividade a se priorizar quando o foco do semestre se distinguir pela ênfase na criação literária ou no grupo social. Algumas modalidades, sejam elas presenciais ou remotas, podem coadunar mais de um desses enfoques, como saraus, semanas culturais, seminários etc. Cada uma dessas possibilidades implica em etapas preparatórias às quais cada estudante também deverá se dedicar. Assim, sejam quais forem, dentre essas, as atividades eleitas a cada semestre, o processo sempre consistirá em preparação, consecução e discussão da(s) atividade(s) realizada(s).
Indicadores de avaliação da atividade
Parte do conhecimento a ser adquirido durante o semestre passa também pela discussão sobre os modos de aferir as atividades efetivamente realizadas. Assim, os indicadores provêm tanto do diálogo entre os estudantes e o público-alvo da atividade, quanto da discussão no âmbito da própria disciplina sobre a articulação entre preparação e consecução. É com base na recepção e manifestação do público- alvo sobre a atividade e na discussão da experiência de todo processo entre os alunos no âmbito da disciplina que uma avaliação poderá ser produzida, tornando visíveis, a cada vez, os parâmetros que cada uma dessas experiências extensionista mobiliza, de modo a nutrir tanto a continuidade da formação daquele graduando quanto as propostas E PERSPECTIVAS DE mudanças para os que os sucederem na disciplina.

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