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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Sociologia
 
Disciplina: FSL0512 - Formação do Pensamento Brasileiro
The Growth of Brazilian Thought

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2021 Desativação:

Objetivos
A partir do tratamento de diferentes autores e obras, considerados marcos do pensamento brasileiro e que construiram paradigmas explicativos de interpretação sobre a formação do Brasil moderno, o curso privilegiará três momentos fundamentais: o ensaismo critico dos anos 1930 de cunho modernista; os ensaios de interpretação no bojo da modernização do pós-guerra; a produção acadêmica voltada à compreensão do processo de modernização brasileiro. Em cada um desses momentos, serão discutidos os problemas e os temas decisivos do debate sobre a constituição da sociedade moderna no país e os projetos a eles subjacentes. Finalmente, pretende-se tratar da forma como as questões da formação da nossa modernidade foram redefinidas nos termos da reflexão crítica de autores contemporâneos.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2085145 - Maria Arminda do Nascimento Arruda
 
Programa Resumido
As abordagens dominantes presentes no ensaismo brasileiro constituíram uma das linhagens fundamentais da vida intelectual e da cultura no Brasil. Nesse sentido, o entendimento dessa vertente intelectual, sob o crivo da Sociologia da Cultura, permitirá tratar das questões decisivas presentes nessa área de pesquisa.  
 
 
 
Programa
1-A Problemática do Pensamento Brasileiro e o Debate sobre A Formação do Brasil Moderno

2- Modernismo e Ensaísmo Crítico de 1930.
1.	Gilberto Freyre e a presença do passado.
2.	Caio Prado Jr. e os dilemas do futuro.
3.	Sérgio Buarque de Holanda e as tensões do presente.

3-Projetos de Brasil. Os Ensaios sobre a Formação e a Modernização do Pós-Guerra.
1.	Desenvolvimentísmo e a questão nacional.
2.	Mudança social e projetos de reforma de 1950.
3.	O ensaismo redefinido: continuidade e ruptura

4-Dilemas da Modernização. A Institucionalização das Ciências Sociais.
1.	O legado da escravidão e os impasses da mudança social.
2.	A revolução burguesa e a modernização dependente.
3.	Retomando o diálogo: o marxismo acadêmico.

5-Rumos do Debate Atual. A Formação em Perspectiva.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas expositivas e seminários de discussão de textos. Os alunos realizarão leitura e análise de textos, preparação de exposições e participarão em seminários.
Critério
O processo de avaliação baseia-se em participação em seminários, trabalhos programados e provas escritas individuais.
Norma de Recuperação
As atividades de recuperação estão previstas para se realizarem no mês seguinte ao do término das aulas e terão como base toda a matéria ministrada. Constarão de trabalhos programados e de prova escrita. A data e horário serão divulgados pelo professor.
 
Bibliografia
     
        8.1.  Bibliografia específica

	Parte I


Novais, Fernando A. “ Passagens para o Novo Mundo”. Novos Estudos Cebrap, nº 9, São Paulo, 1984.

Arantes, Ortília B. F. e Arantes, Paulo E. O Sentido da Formação. São Paulo, Edit. Paz e Terra, 1997.

	Parte II

Freyre, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Formação da Família Brasileira sob o Regime de Economia Patriarcal. 10ª ed,  Rio de Janeiro, José Olympio, 1961, capítulos II e III.

Prado Jr, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 16ª ed., São Paulo, Edit. Brasiliense, 1979, Cap. I.

Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 4ª ed., Brasília, Edit. Universidade de Brasília, 1963, caps. V e VII

	Parte III

Ramos, Guerreiro. “Nacionalismo e Xenofobia”.  “Sociologia enlatada versus Sociologia dinâmica”.  “ A Sociologia como instrumento de autodeterminação”.  “ Para uma Sociologia “em mangas de camisa”. Introdução Crítica à Sociologia Brasileira. Rio de Janeiro, Edit.UFRJ, 1995.

Furtado, Celso. Formação Econômica do Brasil. Edição Comemorativa 50 Anos. São Paulo, Cia. da Letras, 2009, (Parte V, Perspectivas dos Próximos Milênios).

Furtado, Celso. A Pré-Revolução Brasileira. 2ª ed., Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1962, caps. I e II. 
(Também reproduzido: “ Reformas antes que tarde”. In Celso Furtado, Coleção Grandes Cientistas Sociais, Francisco de Oliveira (org.), Florestan Fernandes (coord.), São Paulo, Edit. Ática, 1983).

Candido, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Momentos Decisivos. 5ª ed, Belo Horizonte, Itatiaia, 1975, Introdução e capítulo  1.



	Parte IV

Fernandes, Florestan. A Integração do Negro na Sociedade de Classes. vol I, São Paulo, Edit. Dominus, 1965, cap. III.

Fernandes, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil. Ensaio de Interpretação Sociológica. Rio de Janeiro, Edit. Zaliar, 1975, cap. VI.

Cardoso, F. H. Empresário Industrial e Desenvolvimento Econômico. São Paulo, Difusão Européia, 1964, cap. V e conclusões.

Schwarz, Roberto. “Um Seminário de Marx”. Sequências Brasileiras. Ensaios. São Paulo, Cia. Das Letras, 1999.

	Parte V
Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “El Concepto de Formación em Tiempos Criticos: Esbozo de Reflexión”. Sociológica. México, v.32, n.90,2017.

Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “The Contemporary Relevance of Florestan Fernandes”.Sociologia Antropologia, v.8, n.1,janeiro Abril, 2018.

Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “A Aventura Sociológica de Florestan Fernandes”. Estudos Avançados, vol.34, nº 100, Setembro / dezembro 2020.


Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “ Trajetórias da Sociologia da Cultura no Brasil: os anos recentes”. Revista USP, nº 50, junho/julho/agosto de 2001.

Miceli, Sérgio. “ Intelectuais brasileiros” . Intelectuais à Brasileira, São Paulo, Cia. Das Letras, 2001.

	8.2.	Bibliografia Complementar

Araújo, Ricardo Benzaquen de. Casa Grande e Senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30. Rio de Janeiro, Escuta, 1994.

Arruda, Maria Arminda do Nascimento. “Florestan Fernandes e a Sociologia em São Paulo”. Metrópole e Cultura. São Paulo no meio século XX. São Paulo, EDUSP, 2015.

Bastos, Elide Rugai. “Gilberto Freyre. Casa Grande e Senzala”. In: Um Banquete no Trópico. Lourenço Dantas Mota (org.), São Paulo, Edit. Senac, 1999.

Bastos, Elide Rugai, Ridenti Marcelo e Rolland Denis. Intelectuais: Sociedade e Política. São Paulo, Cortez, 2003.

Bôas, Glaucia Villas. Mudança Provocada. Passado e Futuro no Pensamento Sociológico Brasileiro.Rio de Janeiro, FGV, 2006.

Botelho, André, Bastos, Elide Rugai. (Org.). O Moderno em Questão. A dédada de 1950 no Brasil. Rio de Janeiro, Toopbooks, 2008.

Botelho, André e Schwarcz, Lilia, M. (Org.). Um Enigma Chamado Brasil. 29 Intérpretes e um País. São Paulo, Cia. das Letras, 2009.

Botelho, André e Bastos, Elide Rugai. “Para uma Sociologia Política dos Intelectuais”. In: André Botelho. O Retorno da Sociedade. Política e Interpretações do Brasil. Petrópolis, Vozes, 2019.

Cardoso, Fernando Henrique. Pensadores que Inventaram o Brasil. São Paulo, Cia. das Letras, 20013.

Cohn, Gabriel. “Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no Brasil”. In Um Banquete no Trópico. Lourenço Dantas Mota (org.), São Paulo, Edit Senac,1999.

Freyre, Gilberto. Interpretação do Brasil. Apectos  da Formação Social Brasileiracomo Processo de Amalgamento de Raças e Culturas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1947.

Ianni, Octávio. A Idéia do Brasil Moderno, São Paulo, Brasiliense, 1992.

Jackson, Luiz Carlos e Blanco, Alejandro. Sociologia no Espelho. Ensaístas, Cientistas Sociais e Críticos Literários no Brasil e na Argentina (1930-1970).

Mannherm, Karl. “O Problema Sociológico da “Intelligentsia””. Ideologia e Utopia, Traol. Port, Rio de Janeiro, Edit. Zahar, 1968.

Martins, José de Souza. Florestan, Sociologia e Consciência Social no Brasil, São Paulo, Edusp, 1998.

Miceli, Sérgio. “Condicionantes do desenvolevimento das Ciências Sociais”. In Histórias das Ciências Sociais no Brasil, vol I, 2ª ed., Sérgio Miceli (org.), São Paulo, Edit. Sumaré, 2001.

Monteiro, Pedro Meira. A Queda do Aventureiro. Aventura, Cordialidade e os novos tempos em Raízes do Brasil. Campinas, Edit. da Unicamp, 1999.

Novais, Fernando A. "Caio Prado Jr. na historiografia brasileira". Inteligência brasileira, Reginaldo Moraes, Ricardo Antunes e Vera B. Ferrante (org.), São Paulo, Ed. Brasiliense, 1986.

Novais, Fernando, A. “condições da Privacidade na Colônia”. In: História da Vida Privada no Brasil. Cotidiano e Vida Privada na América Portuguesa. Vol.1, Fernando Novais e Laura de Mello e Souza (org.), São Paulo, Cia. das Letras, 1997.

Oliveira, Francisco de. “A Navegação Venturosa”. In Celso Furtado. Coleção Grandes Cientistas Sociais. Francisco de Oliveira (org.), Florestan Fernandes (coord.), São Paulo, edit. Ática, 1983.

Oliveira, Francisco. “Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil” . In Um Banquete no Trópico, Lourenço Dantas Mota (org.), São Paulo, edit. Senac, 1999.

Oliveira, Lucia Lippi. A Sociologia do Guerreiro. Rio de Janeiro, Edit. UFRJ, 1995.

Ortiz, Renato. “Alienação e Cultura: O ISEB”. Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo, Brasiliense, 1985.

Rêgo, Rubem Murilo Leão. Sentimento do Brasil. Caio Prado Júnior – Continuidades e Mudanças no desenvolvimento da sociedade brasileira. Campinas, Edit., Unicamp, 2000.

Ricúpero, Bernardo. “Caio Prado Jr. O primeiro marxista brasileiro”. Revista USP. Dossiê Intérpretes do Brasil – Anos 30. Nº 38, junho/julho/agosto, 1998.

Ricúpero, Bernardo. Caio Prado Jr. E a Nacionalização do Marxismo no Brasil. São Paulo, Ed34, 2000.

Ricúpero, Bernardo. Sete Lições sobre as Interpretações do Brasil. São Paulo, Alameda, 2007.

Sallum Jr., Brasílio. “Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil”. In Um Banquete no Trópico, Lourenço Dantas Mota (org.), São Paulo, Edit. Senac, 1999.

Toledo, Caio Navarro. ISEB: Fábrica de Ideologias. São Paulo, Edit. Ática, 1977.

Vianna, Luiz Werneck. “A Institucionalização das Ciências Sociais e a Reforma Social: do Pensamento Social à Agenda Americana de Pesquisa”. In: A Revolução Passiva. Iberismo e Americanismo no Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Revan, 1997.

Wegner, Robert. A Conquista do Oeste. A Fronteira na obra de Sérgio Buarque de Holanda. Belo Horizonte, Edit. UGMG, 2000.
 

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