Informações da Disciplina

 Preparar para impressão 

Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Sociologia
 
Disciplina: FSL0528 - Sociologia Marxista Contemporânea
Contemporary Marxist Sociology

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2009 Desativação:

Objetivos
Esta disciplina tem por objetivos:
1). Analisar as configurações emergentes do trabalho na contemporaneidade por meio da problematização sociológica empreendida por diferentes correntes do pensamento marxista.
2). Apresentar os principais conceitos marxistas contemporâneos e as interações entre eles, assim como fazer referências aos estudos que emergiram nas décadas de 1970 e 1980, renovando o marxismo crítico, especialmente nos Estados Unidos e Europa ocidental.
3). Debater as principais contribuições de Michel Aglietta, Harry Braverman e Ernest Mandel para a renovação dos estudos sobre o trabalho e a dinâmica das classes sociais no capitalismo contemporâneo.
4). Objetiva-se caracterizar os principais conceitos da Teoria Francesa da Regulação – regime de acumulação, modo de regulação, modo de desenvolvimento, fordismo, neofordismo, fordismo periférico, pós-fordismo, ohnoismo... – contextualizando o debate sobre o fordismo, sua crise e as principais tendências da reorganização do trabalho das décadas de 1980 e 1990.
5). Pretende-se problematizar as relações entre sociologia crítica e marxismo por meio do debate contemporâneo a respeito da “sociologia pública”. Ponto convergente do curso, a proposta da sociologia pública marxista define um programa teórico e metodológico capaz de acomodar o conjunto das preocupações principais da abordagem marxista crítica do trabalho e da política.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
4994208 - Ruy Gomes Braga Neto
 
Programa Resumido
 
 
 
Programa
A). A crise do marxismo ocidental: Teoria e história; B). Regulação e capitalismo; C). O capitalismo tardio; D). A sociologia do trabalho imaterial; E). Controvérsias em torno da teoria das classes sociais; F). Trabalho e mundialização do capital; G). Marxismo e sociologia pública do trabalho; H). Sociologia pública e movimentos sociais.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Sistemática das aulas: As aulas serão compostas de uma apresentação expositiva na qual o professor introduzirá, apresentando, o tema focalizado no dia, seguida de debate com toda a classe.
Leituras: As leituras, obrigatórias e complementares, estão organizadas segundo os itens do programa. Exemplares dos textos indicados estarão disponibilizados para consulta na Biblioteca Florestan Fernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Os textos obrigatórios que estejam esgotados e, portanto, fora de circulação no mercado editorial serão disponibilizados no setor de fotocópias da Faculdade.
Critério
A freqüência ao curso será anotada através de lista de controle emitida a cada dia e atualizada para acompanhamento da situação de faltas por cada aluno(a). Lembro que o(a) aluno(a) estará reprovado(a) ao ultrapassar 25% de faltas (isto é, o máximo de faltas será igual a 4). Controles de leitura poderão ser previamente programados, em comum acordo com o professor, no caso de impossibilidade de comparecimento a atividades teóricas ou práticas.
Norma de Recuperação
Avaliação da aprendizagem: Serão atribuídas duas notas. A primeira delas valerá 40% da média final e resultará de uma prova individual. A segunda nota valerá 60% da média final e resultará da avaliação de um trabalho individual, a ser definido por cada um dos alunos em comum acordo com o professor e entregue na Secretaria do DS. A extensão do trabalho não poderá exceder a 15 páginas (incluindo bibliografia), em espaço 1,5, letra Times New Roman 12.
 
Bibliografia
     
AGLIETTA, M. Régulation et crises du capitalisme. Paris: Calmann Lévy, 1976.
____ World capitalism in the eighties. New Left Review, n. 136, nov./dez., 1982.
AGUITON, Christophe, BENSAÏD, Daniel. Le retour de la question sociale: Le renouveau des mouvements sociaux en France. Lausanne: Page Deux, 1997.
ALTAMIRA, César. Los marxismos del nuevo siglo. Buenos Aires: Biblos, 2006.
ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental. São Paulo: Brasiliense, 1989.
____ A crise da crise do marxismo. São Paulo: Brasiliense, 1985.
ANDRÉANI, Tony (org.) Le socialisme de marché à la croisée des chemins. Paris: Le Temps dês Cerises, 2005.
BALIBAR, Étienne. A filosofia de Marx. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
BEAUD, Stéphane, LINDGAARD, Jade, CONFAVREUX, Joseph (orgs.). La France invisible. Paris: La Découverte, 2006.
____, PIALOUX, Michel. Retour sur la condition ouvriére. Paris: Fayard, 1999.
BENSAÏD, Daniel. “On a Recent Book by John Holloway”. Historical Materialism, v.13, n. 4, 2005.
____ “Critique marxiste et sociologies critiques”. ContreTemps, n. 1, maio 2001.
____ Marx, o intempestivo: grandezas e misérias de uma aventura crítica. São Paulo: Civilização Brasileira, 1999.
____ La discordance des temps: Essais sur les crises, les classes, l'histoire. Paris: Passion, 1995.
BIDET, Jacques, KOUVÉLAKIS, Eustache. Dictionnaire Marx contemporain. Paris: PUF, 2001.
BLAU, Judith, SMITH, Keri E. Iyall. Public Sociologies Reader. Lanham: Rowman & Littlefield, 2006.
BOITO, Armando, et alli (orgs.). A obra teórica de Marx: atualidade, problemas, interpretações. São Paulo: Xamã, 2000.
BOLTANSKI, Luc, CHIAPELLO, Ève. Le nouvel esprit du capitalisme. Paris: Gallimard, 1999.
BONEFELD, Werner, GUNN, Richard, PSYCHOPEDIS, Kosmas. Open marxism (vol. 1): Dialectics and history. Londres: Pluto Press, 1992a.
____, ____, ____. Open marxism (vol. 2): Theory and practice. Londres: Pluto Press, 1992b.
BONNET, Alberto, HOLLOWAY, John, TISCHLER, Sergio. Marxismo abierto: Una visión europea y latinoamericana. Buenos Aires: Herramienta, 2005.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. São Paulo: Bertrand Brasil, 2005.
____ A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 2003b.
____ Interventions, 1961-2001. Science sociale et action politique. Paris: Agone, 2002.
____ “Por um conhecimento engajado”. In: BOURDIEU, Pierre. Contrafogos 2. Rio de Janeiro: Zahar, 2001a.
____ “Por um novo internacionalismo”. Contrafogos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998b.
BOYER, R. (org.) Capitalismes fin de siècle. Paris: PUF, 1986a.
BOYNS, David, FLETCHER, Jesse. “Reflections on public sociology: Public relations, disciplinary identity, and the strong program in professional sociology”. The American Sociologist, v. 36, n. 3-4, 2005.
BRAGA, Ruy. A nostalgia do fordismo. São Paulo: Xamã, 2003.
BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.
BRENNER, R. O boom e a bolha: os Estados Unidos na economia mundial. São Paulo: Record, 2003.
BRINT, Steven. “Guide for a perplexed: On Michael Burawoy’s ‘public sociology’”. The American Sociologist, v. 36, n. 3-4, 2005.
BURAWOY, Michael. “For public sociology”. American Sociological Review, v. 70, fev., p. 4-28, 2005.
____ Public sociologies: Contradictions, dilemmas, and possibilities. Social Forces, v. 82, n. 4, 2004.
____, CLARKE, S., FAIRBROTHER, P, KROTOV, P. What about the workers? Londres: Verso, 1993.
____ LUKÁCS, J. The radiant past: Ideology and reality in hungary’s road to capitalism. Chicago: University of Chicago Press, 1992.
____ El consentimento en la produccion: Los cambios del processo productivo en el capitalismo monopolista. Madri: Ministerio de trabajo y seguridad social, 1989.
____ The politics of production. Londres: Verso, 1985.
____ “Introduction: The resurgence of marxism in American sociology”. American Journal of Sociology, v. 88, suplement, 1982.
CALLINICOS, Alex. The Resources of Critique. Londres: Polity, 2006.
____ Igualdad. Madri: Siglo Veintuno, 2003.
____ Social theory. Nova Iorque: NYU, 1999.
CASADIO, M., PETRAS, J., VASAPOLLO, L. Clash! Scontro tra potenze. Milano: Jaca Book, 2003.
CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
____ (org.). A mundialização financeira. São Paulo: Xamã, 1999.
CHESNAIS. F.; DUMÉNIL, D.; LÉVY, D.; WALLERSTEIN, I. Uma nova fase do capitalismo? São Paulo: Xamã, 2003.
CLAWSON, Dan et alli. Public sociology. Berkeley: University of California Press, 2007.
COHEN, Gerald. La teoría de la historia de Karl Marx : una defensa. Madrid; Pablo Iglesias : Siglo XXI de España, 1986.
CORCUFF, Philippe. Bourdieu autrement: Fragilités d’un sociologue de combat. Paris: Textuel, 2003.
____ “Pour une nouvelle sociologie critique: éthique, critique herméneutique et utopie critique”. In: LOJKINE, Jean (org.). Les sociologies critiques du capitalisme: En hommage à Pierre Bourdieu. Paris: PUF, 2002.
____ “Marx et les nouvelles sociologies: les voies d’un dialogue dans l’après-décembre 1995”. ContreTemps, n. 1, mai. 2001.
CORSANI, A., DIEUAIDE, P., AZAÏS, C. (orgs.). Vers un capitalisme cognitif: Entre mutation du travail et territoires. Paris: L’Harmattan, 2001.
COUTROT, T. Critique de l’ organisation du travail. Paris: La Découverte, 1999.
DEFLEM, Mathieu. “Public Sociology, hot dogs, apple pie, and Chevrolet”. The Journal of Professional and Public Sociology, v. 1, n. 1, dez. 2005.
FERRY, Luc, RENAUT, Alain. Pensamento 68: Ensaio sobre o anti-humanismo contemporâneo. São Paulo: Ensaio, 1988.
GALVÃO, Andréia, et alli (orgs.). Marxismo e ciências humanas. São Paulo: Xamã, 2003.
GOLDMAN, Lucien. Ciências humanas e filosofia. São Paulo: Bertrand Brasil, 1993.
GORZ, A. O imaterial. São Paulo: Annablume, 2005.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere (vol. 1). São Paulo: Civilização Brasileira, 1999.
GURVITCH, Georges. Dialética e sociologia. Lisboa: Dom Quixote, 1971.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
HOLLOWAY, John. Mudar o mundo sem tomar o poder. São Paulo: Boitempo, 2003.
____, BONEFELD, Werner (orgs.). Global capital, national state and the politics of money. Hampshire: Palgrave Macmillan, 2002.
HUSSON, M. Mitos da mundialização: Prodígios e mistérios da “nova economia”. São Paulo: Xamã, 2007 (no prelo).
LAZZARATO, M. As revoluções do capitalismo. São Paulo: Record, 2006.
LEBOWITZ, Michael A. “Holloway’s scream: Full of sound and fury”. Historical Materialism, v. 13, n. 4, 2005.
LINHART, Danièle. A desmedida do capital. São Paulo: Boitempo, 2007.
LOJKINE, Jean (org.). A revolução informacional. São Paulo: Cortez, 1995.
____ Les sociologies critiques du capitalisme: En hommage à Pierre Bourdieu. Paris: PUF, 2002.
LÖWY, Michael. Walter Benjamin: Aviso de incêndio. São Paulo: Boitempo, 2005.
____ As aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen: Marxismo e positivismo na sociologia do conhecimento. 8. ed., São Paulo: Cortez, 2003.
____, BENSAÏD, Daniel. Marxismo, modernidade e utopia. São Paulo: xamã, 2000.
MANDEL, E. O lugar do marxismo na história. São Paulo: Xamã, 2001.
____ O capitalismo tardio. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
____ , AGNOLI, Johannes. Marxismo abierto. Barcelona: Editorial Crítica, 1982.
MARX, Karl. O capital. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.
____ O 18 de brumário de Louis Bonaparte. Lisboa: Avante!, 1982.
____, ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
MÉSZÁROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico. São Paulo: Boitempo, 2007.
NEGRI, T., HARDT, M. Império. São Paulo: Record, 2001.
____ Multidão. São Paulo: Record, 2005.
NICHOLS, Lawrence (org.) Public sociology: The contemporary debate. Londres: Transaction, 2007.
OFFE, C. Trabalho e sociedade. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.
PIORE, M., SABEL, C. The second industrial divide. Nova York: Basic Books, 1984.
POLANYI, Karl. A grande transformação. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
QUINIOU, Yvon. “Das classes à ideologia: determinismo, materialismo e emancipação na obra de Pierre Bourdieu”. Crítica Marxista, n. 11, out. 2000.
ROEMER, John E. (org.) El marxismo : una perspectiva analitica. Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1989.
TARRIT, Fabian. “O materialismo histórico de Cohen: um determinismo tecnológico fadado a uma guinada normativa”. Outubro, n. 14, 2006.
THERBORN, Göran. “After dialectics: Radical social theory in a post-communist world”. New Left Review, n. 43, jan./fev. 2007.
TURNER, Jonathan. “Is public sociology such a good idea?” The American Sociologist, v. 36, n. 3-4, 2005.
VAKALOULIS, M. Le capitalisme post-moderne: éléments pour une critique sociologique. Paris: PUF, 2001.
VERCELLONE, C. (org.). Sommes-nous sortis du capitalisme industriel? Paris: La Dispute, 2003.
VINCENT, Jean-Marie et alli. Variations 4 (Sciences sociales et engagement). Paris: Syllepse, 2003.
____ “Les conditions de possibilité d’une sociologie critique”. ContreTemps, n. 1, maio 2001.
____ Fétichisme et societé. Paris: Anthropos, 1973.
WACQUANT, Loïc. “De l’idéologie à la violence symbolique: culture, classe et conscience chez Marx et Bourdieu”. In: LOJKINE, Jean (org.). Les sociologies critiques du capitalisme: En hommage à Pierre Bourdieu. Paris: PUF, 2002.
____ “Culture, classe et conscience chez Marx et chez Bourdieu”. Actuel Marx, n. 20, 2º semestre de 1996.
WALLERSTEIN, Immanuel. O fim do mundo como o concebemos: Ciência social para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
WRIGHT, Erik O., LEVINE, Andrew, SOBER, Elliott. Reconstruindo o marxismo. Petrópolis: Vozes, 1993.
 

Clique para consultar os requisitos para FSL0528

Clique para consultar o oferecimento para FSL0528

Créditos | Fale conosco
© 1999 - 2024 - Superintendência de Tecnologia da Informação/USP