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Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
 
Sociologia
 
Disciplina: FSL0663 - Sociologia Digital, Inteligência Artificial e Impactos na Economia e na Sociedade
Digital Sociology, Artificial Intelligence and Impacts on Economy and Society

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 15/07/2020 Desativação:

Objetivos
Introduzir o debate sobre a Sociologia Digital, a partir da evolução recente e dos impactos sociais gerados pelo atual ciclo de inovações científicas e tecnológicas. Para além da análise do comportamento de dados, o alvo do curso é buscar o delineamento do digital como fundante da interatividade contemporânea.
Apresentar e discutir os fundamentos da mais recente onda tecnológica, como se diferencia de movimentos anteriores e quais suas perspectivas para vida em sociedade. 
Ampliar e aprofundar o debate sobre o desenvolvimento recente de tecnologias como a inteligência artificial, que representam um ponto de inflexão na trajetória da ciência moderna e colocam desafios éticos, morais, culturais, políticos e científicos imensos para o desenvolvimento de países como o Brasil. 
Debater até que ponto o novo ciclo tecnológico abre janelas de oportunidades para países em desenvolvimento. Estudar a trajetória da produção científica e tecnológica brasileira e identificar a real distância que mantêm da produção de fronteira dos países desenvolvidos.
Atrair alunas e alunos de disciplinas e cursos diversos, tanto das Humanidades quanto das exatas e biológicas.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2812437 - Glauco Antonio Truzzi Arbix
 
Programa Resumido
Introduzir o debate sobre a Sociologia Digital, a partir da evolução recente e dos impactos sociais gerados pelo atual ciclo de inovações científicas e tecnológicas. Para além da análise do comportamento de dados, o alvo do curso é buscar o delineamento do digital como fundante da interatividade contemporânea.
Apresentar e discutir os fundamentos da mais recente onda tecnológica, como se diferencia de movimentos anteriores e quais suas perspectivas para vida em sociedade. 
Ampliar e aprofundar o debate sobre o desenvolvimento recente de tecnologias como a inteligência artificial, que representam um ponto de inflexão na trajetória da ciência moderna e colocam desafios éticos, morais, culturais, políticos e científicos imensos para o desenvolvimento de países como o Brasil. 
Debater até que ponto o novo ciclo tecnológico abre janelas de oportunidades para países em desenvolvimento. Estudar a trajetória da produção científica e tecnológica brasileira e identificar a real distância que mantêm da produção de fronteira dos países desenvolvidos.
Atrair alunas e alunos de disciplinas e cursos diversos, tanto das Humanidades quanto das exatas e biológicas.
 
 
 
Programa
O avanço tecnológico tornou-se um dos principais emuladores de transformações no mundo contemporâneo. Sua evolução e amplitude geram impactos profundos na economia e na sociedade. O presente curso está formatado para introduzir o debate sobre a Sociologia Digital, a partir da evolução recente e do potencial de impacto da ciência, tecnologia e inovação na sociedade. 
A sociologia digital é um campo de estudo em formação que promete a reinvenção da pesquisa social. Na raiz de seu empenho, a preocupação com o diálogo entre disciplinas diversas, como a ciência da computação, filosofia, psicologia, neurociências, direito e as engenharias. Seu alvo é o delineamento do digital como fundante da interatividade contemporânea. Nesse universo, as tecnologias de inteligência artificial ganham destaque e proeminência ao se conformarem cada vez mais como tecnologias de propósito geral.   
Ao viabilizarem interações inéditas entre a vida social, a economia, a política e a cultura, o desenvolvimento recente de tecnologias como a inteligência artificial, representam um ponto de inflexão na trajetória da ciência moderna e colocam desafios imensos para o desenvolvimento de países como o Brasil.  
Quais sinergias existem e precisam ser impulsionadas entre a economia e as tecnologias? Que impactos geram na sociedade? E nos sistemas políticos, em perspectiva ampliada (partidos, processo eleitoral, representação etc)? E para a democracia? Como as tecnologias afetam a qualidade e a natureza da pesquisa acadêmica? De que modo impulsionam a produtividade das empresas? Ou a competitividade do país? Será que são capazes de gerar empregos de qualidade, sustentar melhorias nas condições de vida da população e diminuir desigualdades sociais? Como as novas tecnologias podem oferecer resultados positivos para todos? 
O novo ciclo tecnológico se apresenta como portador de oportunidades para países em desenvolvimento. Será mesmo? Que lugar CT&I ocupam nas economias avançadas e no desenvolvimento brasileiro? Qual o seu desempenho efetivo? Como desenhar seu curso rumo a uma economia sustentável e de baixo carbono? O Brasil caminha nessa direção? Está preparado? Está se preparando?
Que distância separa a produção de CT&I no Brasil dos países avançados, que expandem as fronteiras do conhecimento? Como diminuir o atual déficit científico e tecnológico, seja em relação às economias avançadas, seja em relação e países emergentes, como a China. 
O curso tratará também das dinâmicas que sustentam a atuação das principais instituições públicas e privadas, como as universidades, que desenvolvem, apoiam e financiam a CT&I no Brasil, de modo a identificar os vetores que regem o sistema nacional de inovação, o lugar, os gargalos e obstáculos que existem para a elaboração de políticas públicas eficientes e duradouras. 
A profundidade e a rapidez com que as mudanças ocorrem colocam questões que pedem cada vez mais a intervenção das ciências sociais para o desenvolvimento virtuoso das novas tecnologias, de modo a manter a humanidade no centro de suas preocupações científicas, sem devorar direitos, aumentar as desigualdades e corroer a democracia.   
1.	O natural envelope sociológico deste curso não foi pensado para dificultar a participação de alunas e alunos de outras disciplinas e áreas de concentração. Pelo contrário, como curso de encruzilhada, será mais rico e dinâmico quanto maior for a diversidade dos participantes, venham da economia, da medicina, das exatas, das engenharias ou das biológicas.
 
 
 
Avaliação
     
Método
• As aulas combinarão apresentações de temas e textos pelas alunas e alunos com intervenções e exposições do professor. • O curso exigira um trabalho final e, eventualmente, trabalhos intermediários. • Em cada aula haverá apresentação e discussão baseada nas apresentações previamente agendadas
Critério
Alunas e alunos serão avaliados por uma combinação de três notas: Trabalhos intermediários, Apresentações em aula e Trabalho final
Norma de Recuperação
A recuperação constará de uma prova (presencial), com peso de 40%, mais trabalho específico (40%) e participação e presença ao longo do curso
 
Bibliografia
     
●	Access Now (2018). “Human rights in the age of artificial intelligence”. Access Now Report
●	Acemoglu, Daron (2019). “Why Universal Basic Income Is a Bad Idea”. Project Syndicate, June 7
●	Arthur, W. Brian (2009). The Nature of Technology: What It Is and How It Evolves, NY: Freepress
●	Autor, David (2019). “Work of the Past, Work of the Future”. NBER, Working Paper #25588
●	B. Hall & Natan Rosenberg (eds). Handbook of Economics and Innovation. Amsterdam: Elsevier
●	China Institute for Science and Technology Policy (2018). China AI Development Report. Tsinghua University
●	Deborah Lupton (2014). Digital Sociology. New York: Routledge
●	Dirk Helbing et al (2019). “Will Democracy Survive Big Data and Artificial Intelligence? Essays on the Dark and Light Sides of the Digital Revolution
●	Donald Stokes (2005). O Quadrante de Pasteur. A Ciência Básica e a Inovação Tecnológica. Campinas: Editora Unicamp
●	Ehsan Masood (2019). “How China is Redrawing the Map of World Science”. Springer Nature
●	Erik Brynjolfsson & Andrew McAfee (2014). The Second Machine Age. New York: W.W.Norton
●	Glauco Arbix (2017). “À espera da mão invisível. Outra vez?”. São Paulo: Novos Estudos Cebrap, junho, pp 29-40
●	Glauco Arbix et al (2017) “Avanços, equívocos e instabilidade das políticas de inovação no Brasil”. Novos Estudos Cebrap, vol 36
●	Glauco Arbix et al (2018). “Made in China 2025 e Industrie 4.0: a difícil transição chinesa do catching up à economia puxada pela inovação”. Tempo Social, dez
●	James Dzisah & Henry Etzkowitz (2017). The Age of Knowledge.The Dynamics of Universities, Knowledge and Society. Boston (USA): Brill
●	Karl Manheim & Lyric Kaplan (2019). “Artificial Intelligence: Risks to Privacy and Democracy”. Yale Journal of Law and Technology
●	Kate Orton-Johnson and Nick Prior (2013). Digital Sociology. Critical Perspectives. New York: Palgrave Macmillan
●	Luciano Floridi (2015). The Onlife Manifesto. Being Human in a Hyperconnected Era. London: Springer Open
●	Margaret Boden (2016). AI Its Nature and Future. London: Oxford University Press
●	MinHwa Lee et al (2018). “How to Respond to the Fourth Industrial Revolution, or the Second Information Technology Revolution? Dynamic New Combinations between Technology, Market, and Society through Open Innovation”. Journal of Open Innovation. V: 4:21
●	Noortje Marres (2017). Digital Sociology. The Reinvention of Social Research. Cambridge (UK): Polity Press
●	Pink, S; Horst, H & Postill, J (2016). “Ethnography in a digital world”. In Digital Ethnography. Principles and Practices. London: Sage
●	Robert Solow, “A Contribution to the Theory of Economic Growth”. The Quarterly Journal of Economics, Vol 70, nº 1
●	Sarah Brayne (2017). “Big Data Surveillance: The Case of Policing”. American Sociological Review, Vol. 82(5) 977–1008
●	Thomas Piketty et al (2017). “Capital accumulation, private property, and inequality in China, 1978-2015”. Vox CEPR’s Policy Portal. 20 July
●	Vannevar Bush (1945). Science: Endless Frontier. A report to the Presidente on a Program for Postwar Scientific Research. Washington, DC: NSF
 

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