Estabelecer a conceituação dos processos exógenos e de suas principais feições. Fundamentar as relações entre os diferentes sistemas geológicos supérgenos e suas ações sobre a organização do relevo. Permitir a formação de consciência crítica sobre os processos supérgenos bem como as interelações existentes entre os diferentes sistemas. Relacionar a importância da degradação de rochas na dinâmica supérgena e da influência dos agentes na organização dos produtos da alteração.
TEÓRICO: 1. Os mecanismos de instalação do intemperismo. Seus principais agentes. Os produtos gerados e as alteritas. 2. Organização textural do material rochso intemperizado. Organização estrutural e mineralógica dos perfis de alteração. 3. O mecanismo de alteração dos principais minerais formadores de rocha. A formação e evolução dos perfis formados e o uso da micromorfologia em seu estudo. 4. Processos de alteração e sua implicação com o relevo. 5. Mecanismos de alteração em diferentes tipos de rochas. 6. Análise de mecanismos de contaminação em solos. 7. Métodos de monitoramento e investigação de processos contaminantes no meio sólido e líquido. 8. Processos de alteração, o relevo e a atividade humana. Exemplos no NE de São Paulo. 9. Amostragens em perfis de alteração e técnicas de coleta de amostras alteradas. 10. Técnicas de preparação e estudo de amostras inconsolidadas. Impregnação. 11. Os processos de alteração e suas relações com a evolução do relevo. 12. A degradação das rochas e suas relações com o meio ambiente.PRÁTICO: 1. Estruturas e texturas geradas em rochas em função dos mecanismos de alteração. 2. Estruturas e texturas primárias pseudomorfisadas. 3. Instrumentação empregada na coleta e preparação de amostras alteradas. 4. Impregnação de amostras coletadas em campo e preparo de seções delgadas de produtos intemperizados. 5. Sistemática de descrição e observação macroscópica e em lupa de fragmentos parcial e integralmente intemperizados. 6. Exemplos da aplicação na análise do ambiente. 7. Aplicação dos conhecimentos da alteração mineral na geotecnia, no monitoramento de processos de contaminhação e na análise de resíduos dispostos no solo.AULAS E TRABALHOS DE CAMPO: 1. Dobramentos atectônicos gerados por processos intempéricos e estruturais. 2. Sedimentos desagregados e horizontes ferruginosos endurecidos. Implicação com a construção civil na cidade de São Paulo. 3. Inversão pedológica por variação climática ou lixiviação diferencial nos processos de alteração de alfibolitos do Grupo São Roque associado a loteamento. CARGA HORÁRIA TOTAL DAS AULAS DE CAMPO: 15 HORAS.
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