Teoria e prática da arquitetura da paisagem. Compreensão das noções de paisagem e natureza relacionados ao processo de desenvolvimento e ocupação humana. Planejamento e projeto de sistemas de espaços livres públicos, em particular ruas, praças e parques como elementos que estruturam um sistema infraestrutura verde e criação de resiliência e vida urbana, pautados por: parâmetros urbanísticos; a morfologia urbana; aspectos fenomênicos inerentes à percepção ambiental; o entendimento da arquitetura da paisagem como expressão cultural e artística, bem como formulação técnica, a partir da estruturação do espaço por meio do relevo, da vegetação e dos corpos d’água. A atividade extensionista nesta disciplina ocorre pela relação que se estabelece entre o território habitado e a metodologia desenvolvida: planeja-se e projetam-se alternativas espaciais que terão impacto direto com a vida da população, desse modo, os resultados, sempre ancorados na geografia cultural e na filosofia de matriz fenomênica, resultam em cenários que potencialmente estabelecem diálogo com a população, inspiram ações e coletivos e contribuem no desenvolvimento de políticas públicas.
Estudo e o projeto de arquitetura da paisagem, formando um sistema de espaços livres públicos urbanos. O papel dos espaços livres públicos na constituição da vida urbana. A paisagem urbana. A paisagem como construção cultural: a relação entre arte, paisagem, ambiente e natureza. Leitura e levantamento da área de intervenção. Jardins, praças, ruas e suas mudanças programáticas e morfológicas no decorrer do tempo. Referências teóricas e práticas da produção moderna e contemporânea. O Desenho Universal é tratado nas áreas abordadas pela disciplina.
O campo disciplinar da Arquitetura da Paisagem. A paisagem como construção cultural: paisagem e natureza; paisagem e ambiente; arte e paisagem. A paisagem urbana. A imagem da cidade. O tecido urbano e sua morfologia. O espaço público. O sistema viário e pedestre e suas escalas de abrangência. O centro e o bairro. O sistema público de espaços livres: ruas, largos, praças e parques. As condicionantes biofísicas e a questão ambiental. As Áreas de Preservação Permanente (APP). Leitura e análise da paisagem urbana, por meio de desenhos e registros fotográficos, com a identificação de valores espaciais, urbanos, estéticos, simbólicos, sociais e históricos. Leitura e levantamento da área de intervenção: registros fotográficos, croquis e desenhos de observação; uso do solo, gabaritos, fluxos e patrimônio; estrato arbóreo; área pavimentada e drenante; topografia; usos; mobiliário; análise de aspectos potenciais para o projeto. Pesquisa e reflexão sobre ruas e praças, históricas, modernas e contemporâneas, contemplando aspectos técnicos e estéticos. Referências teóricas e projetuais. Arte e Paisagem. Roberto Burle Marx e a paisagem moderna brasileira. Os jardins históricos do século XVI, XVII e XVIII. As praças secas italianas e a leitura de Camillo Sitte. O jardim moderno. Do jardim privado aos espaços públicos da cidade. Espaços públicos contemporâneos: “pocket parks”, corredores verdes e áreas pedestrianizadas. Projeto de espaços livres públicos, especialmente relacionados a ruas, largos e praças, considerando sua inserção em área urbana consolidada. Fundamentos do projeto de arquitetura da paisagem: diagrama conceitual, plano de massas; estratos vegetais: arbóreo, arbustivo e herbáceo; percursos; superfícies permeáveis e impermeáveis; drenagem, modelado do relevo e corpos d’água; ambiência e valores cênicos; usos; os fatores para apropriação do espaço; o uso da vegetação (forma, porte, textura, cromatismo etc.). Seminário sobre o projeto final. O Desenho Universal é tratado nas áreas abordadas pela disciplina. Visita de campo para reconhecimento do contexto real da área ou do tema abordado na disciplina.
Básica: CULLEN, Gordon. Paisagem urbana. São Paulo: Martins Fontes, 1983. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2015. JELLICOE, Geoffrey; JELLICOE, Susan. El paisaje del hombre: la conformación del entorno desde la prehistoria hasta nuestros días. Barcelona: GG, 2000. LAURIE, Michael. Introducción a la arquitectura del paisaje. Barcelona: GG, 1983. LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Complementar: ARGAN, Giulio C. História da Arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1992. BROWN, Jane. The modern garden. London: Thames & Hudson, 2000. CAUQUELIN, Anne. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins Fontes, 2007. CHOAY, Françoise. O urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 1979. GREATER LONDON COUNCIL. Introducción al diseño urbano en áreas residenciales. Madrid: Hermann Blume, 1985. IMBERT, Dorothée, The modernist garden in France. New Haven: Yale University Press, 1993. LEENHARDT, Jacques (Org.). Nos jardins de Burle Marx. São Paulo: Perspectiva, 1996. MERLEAU-PONTY, Maurice. A natureza. São Paulo: Martins Fontes, 2006. MORRIS, Anthony E. J. Historia de la forma urbana: desde sus orígenes hasta la Revolución Industrial. Barcelona: GG, 1984. MOTTA, Flávio L. Roberto Burle Marx e a nova visão da paisagem. São Paulo: Nobel, 1984. MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. PANERAI, Philippe; CASTEX, Jean; DEPAULE, Jean-Charles. Formas Urbanas: de la manzana al bloque. Barcelona: GG, 1986. PROCESS Architecture, Tokyo. Lawrence Halprin, n. 4; Pocket Park, n. 78; Garrett Eckbo, n. 90; Boston by Design, n. 97; Peter Walker, n. 118. SALGUEIRO, Heliana A. (Org.). Paisagem e arte: a invenção da natureza, a evolução do olhar. São Paulo: CBHA; CNPq; Fapesp, 2000. SILVESTRI, Graciela; ALIATA, Fernando. El paisaje como cifra de armonía: relaciones entre cultura y naturaleza a través de la mirada paisajística. Buenos Aires: Nueva Visión, 2001. TOPOS: European landscape magazine. München, 2001-. TREIB, Marc. Modern Landscape Architecture: a critical review. Cambridge, Massachussets: MIT Press, 1993. WALKER, Peter; SIMO, Melanie. Invisible Gardens: The search for Modernism in the American landscape. Cambridge, Massachussets: MIT Press, 1994.