Analisar a evolução do pensamento arquitetônico e urbanístico após a segunda guerra até a década de 1970, explicitando as críticas e revisões formuladas em relação ao movimento moderno. Analisar teorias e tendências do pensamento projetual em sua diversidade de interpretação, dimensões e suas limitações, compondo um quadro da produção arquitetônica do período na Europa, Estados Unidos, Japão, América Latina incluindo o Brasil. Familiarizar o aluno com textos de referência da arquitetura e do urbanismo do período do pós-guerra até aos anos 1970, através de leituras dirigidas. Fornecer ao aluno um repertório de propostas arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas que revelem a diversidade da produção dos períodos abrangidos, bem como familiarizá-lo com a leitura e análise crítica de alguns projetos e planos de destaque.
Analisar a produção arquitetônica indicada nos objetivos a partir dos movimentos, tendências, agrupamentos e profissionais paradigmáticos selecionados, que expressem a multiplicidade das intervenções. Realizar a análise arquitetônico-urbanística e a crítica às teorias de forma conectada à leitura dos projetos e obras mais representativas do período.
A polêmica das versões da Carta de Atenas por Le Corbusier e Sert. A reconstrução do pós-guerra e a questão do patrimônio histórico arquitetônico, artístico, urbano, paisagístico. A Carta de Veneza e desdobramentos. A reconstrução das cidades europeias no pós-guerra. As primeiras cidades novas na Inglaterra, França, Alemanha, Polônia e URSS. Intervenções em Berlim Ocidental e Oriental. O papel do GLC Greater London Council. Cidades novas e paisagem natural: experiências das cidades novas nos países escandinavos e Canadá. Consolidação do Moderno no pós-guerra: a nova ordem do International Style na Europa Ocidental e EUA. Frank Lloyd Wright e a proposta usoniana 1940-59. Arquitetura moderna e expressão tectônica: Aalto, Jacobsen, Breuer, Nervi, Erskine, Scarpa, Utzon, Saarinen, Candela e discípulos. Le Corbusier e Chandigarh. Inquietações dos últimos projetos. Crítica e crise do CIAM e do Team X – as últimas cidades novas inglesas e francesas. Novas abordagens do GLC. A Escola Carioca e seus desdobramentos pós-Brasília. A Vila Serra do Navio de Oswaldo Bratke. O Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto em São Paulo. Modernismo na Itália do pós-guerra: orgânicos e racionalistas. Novo Brutalismo e a ideia de Estado do Bem-Estar Social na Inglaterra, França, Itália e EUA. Alan e Peter Smithson, Megaestruturalistas, metabolistas e Archigram. Cedric Price e Kenzo Tange. Norman Foster, Richard Rogers, Jan Kaplicky, Arata Isozaki. A cidade rodoviarista americana. Planejamento urbano e uso do solo. Suburbia e abandono dos centros. Jane Jacobs e Kevin Lynch.Os primeiros projetos de zoneamento. Crítica e contra-crítica a Robert Moses. SAGMACS e padre Lebret no Brasil. A Escola Paulista e seus desdobramentos pós-1964. Plano diretor, plano urbanístico básico, plano de desenvolvimento integrado, planejamento urbano territorial. Rust belt e o início da crise das grandes cidades americanas. Conteinerização e abandono de áreas portuárias. Crise do International Style e as primeiras tentativas de retomada do Modernismo: New York Five e sucessores. Requalificação de áreas portuárias e industriais como patrimônio histórico arquitetônico e urbanístico.
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