O curso deve abordar os seguintes temas: Como situar a antropologia nos estudos de ciência? Qual o partido epistemológico e o rendimento de uma antropologia da ciência e da tecnologia na compreensão da modernidade? Como considerar o candente dilema contemporâneo em antropologia a respeito do que seja o dado e o construído nos fenômenos sociais? Como situar a noção de cultura e sociedade (soft sciences) em contraste à noção de ciência e natureza (hard sciencies) face aos impactos epistemológicos dessa abordagem contemporânea inovadora em estudos de ciência?
1. Antropologia e ciência; 2. Epistemologias sociológicas contemporâneas; 3. Reemergência contemporânea da natureza na política;4. Cultura da natureza e natureza da cultura, e 5. Domínios de conhecimento e desafios da interdisciplinaridade.
BRONOWSKI, Jacob 1977. O senso comum da ciência. Belo Horizonte/São Paulo: Ed. Itatiaia/Ed. da Universidade de São Paulo.COLLINS, Harry & PINCH, Trevor 2003. ?O Golem: o que você deveria saber sobre ciência. São Paulo: Editora Unesp.DAWKINS, Richard 1979. O gene egoísta. Belo Horizonte/São Paulo: Ed. Itatitaia/Edusp. DARWIN, Charles 2002. A origem do homem e a seleção sexual. Curitiba: Hemus. 2004. A origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro. s/d. The variation of animals and plants under domestication. In: www.gutemberg.org/etextDESCOLA, Philippe 2005. ?Le monde plié en quatre (Entretien par Natalie LeviSalles). Liberation (17 novembre) GLEICK, James 1989. Caos – a criação de uma nova ciência. Rio de Janeiro: Elsevier.GOULD, Stephen Jay 1999. Darwin e os grandes enigmas da vida. São Paulo: Martins Fontes. INGOLD, Tim 2003. ?A evolução da sociedade. In A. C. Fabian (org.): Evolução: sociedade, ciência e universo. Bauru, SP: Edusc.ACOB, François 1981. Le jeu des possibles – essai sur la diversité du vivant. Paris: Fayard. LATOUR, Bruno 1994. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Ed. 34. 1996. "Do humano nas técnicas: entrevista com Bruno Latour". In: Ruth Scheps (org.): O império das Técnicas. Campinas: Papirus. 2000. Ciência em ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Editora da Unesp. 2001. A esperança de Pandora – ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru, SP: Edusc. 2002. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru, SP: Edusc. 2004a. Políticas da natureza – como fazer ciência na democracia. Bauru, SP: Edusc. 2004b. Por uma antropologia do centro. (Entrevista por Renato Sztutman e Stelio Marras). In: Revista Mana: Estudos de Antropologia Social 10(2). Rio de Janeiro: Museu Nacional/PPGAS/UFRJ. 2005. Reassembling the social – an introduction to Actor-Network-Theory. Oxford: Oxford University Press. 2006. ?Como terminar uma tese de sociologia: pequeno diálogo entre um aluno e seu professor (um tanto socrático). In: Cadernos de Campo 15(14-15). São Paulo: Departamento de Antropologia/PPGAS/FFLCH/USP. s/d. Guerre des mondes: offres de paix. In: http://www.bruno-latour.fr/articles/article/081.html LATOUR, Bruno & WOOLGAR, Steve 1997. A vida de laboratório – a produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará. LATOUR, Bruno; SCHWARTZ, F.; CHARVOLIN, F. E. 1998 ?Crise dos meios ambientes: desafios às ciências humanas. In: Hermetes Reis de Araújo (org.): Tecnociência e cultura: ensaios sobre o tempo presente. São Paulo: Estação Liberdade.LÉVI-STRAUSS, Claude 1989. O pensamento selvagem Campinas. São Paulo: Papirus. MARRAS, Stelio 2002. ?Ratos e homens – e o efeito placebo: um reencontro da Cultura no caminho da Natureza. In: Revista Campos 2. PPGAS/UFPR. 2006. ?Como não terminar uma tese: pequeno diálogo entre o estudante e seus colegas. In Cadernos de Campo 15(14-15). São Paulo: Departamento de Antropologia/PPGAS/FFLCH/USP (jan.-dez.). 2008. ?Do natural ao social: as substâncias em meio estável. In S. L. Goulart, M. Fiore, B. C. Labate, E. MacRae, H. Carneiro (orgs): Drogas: novas perspectivas. Salvador: UFBA. MAYR, Ernst 2005. Biologia, ciência única: reflexões sobre a autonomia de uma disciplina científica. São Paulo, Companhia das Letras. MONOD, Jacques 1971. O acaso e a necessidade. Ensaio sobre a filosofia natural da biologia moderna. Petrópolis, RJ: Vozes.PIGNARRE, P. 1999. O que é o medicamento? Um objeto estranho entre ciência, mercado e sociedade. São Paulo: Editora 34. PINKER, Steve 2004. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana. São Paulo: Companhia das Letras. PRIGOGINE, Ilya 1996. O fim das certezas: tempo, caos e as leis da natureza. São Paulo: Editora Unese. PRIGOGINE, Ilya & STENGERS, Isabelle 1984. A nova aliança: metamorfose da ciência. Brasília: Editora da UnB SHAPIN, Steven & SCHAFFER, Simon 1985. Leviathan and the Air-Pump: Hobbes, Boyle, and the Experimental Life, Princeton: Princeton University Press. SIMONDON, Gilbert 1964. L’individu et as gênese physico-biologique: l’individuation forme et d’information. Paris: PUF. STENGERS, Isabelle 2002. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Editora 34. STRATHERN, Marilyn 1996. "Cutting the Network. In: Journal of the Royal Anthropological TARDE, Gabriel Tarde. 2007. Monadologia e sociologia – e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2007 VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo 1999. Entrevista para a revista Sexta Feira 4: Corpo. WAGNER, Roy s/d. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify. no prelo.