Fornecer subsídios para a caracterização morfo-taxonômicas dos vegetais fanerogâmicos, permitir o reconhecimento de espécies nativas e exóticas através de descrições e o uso de chaves analíticas. As famílias estudadas são ocorrentes em formações florestais nativas, aquelas envolvidas com os sistemas agroflorestais e na silvicultura, através da morfologia vegetal, da posição evolutiva e de suas principais espécies e utilidades. Capacitar os alunos com uma base taxonômica adequada, para um melhor aproveitamento nas demais disciplinas do curso de Engenharia Florestal.
Botânica sistemática; Sistemas filogenéticos; Nomenclatura binária; Unidades de classificação; Noções de evolução; Sistema de Classificação APG (principais famílias e espécies de interesse florestal).
I. Parte Teórica: Introdução à Botânica Sistemática Florestal; Sistemas de classificação botânica com destaque para Engler, Cronquist e APG II, III e IV; Nomenclatura botânica; Revisão sobre morfologia de espécies florestais; Evolução de Angiospermas a partir das Gimnospermas; Caracterização e reconhecimento das principais subclasses, ordens, famílias, gêneros e espécies florestais das Gimnospermas e Angiospermas, como as famílias Pinaceae e Araucariaceae de Gimnospermas, as famílias Arecaceae, Annonaceae, Magnoliaceae, Lauraceae, Moraceae, Casuarinaceae, Cecropiaceae, Canabaceae, Urticaceae, Nictaginaceae, Polygonaceae, Malvaceae, Lecythidaceae, Sapotaceae, Salicaceae, Styracaceae, Myrsnaceae, Fabaceae, Proteaceae, Myrtaceae, Melastomataceae, Euphobiaceae, Sapindaceae, Anacardiaceae, Meliaceae, Rutaceae, Rosaceae, Celastraceae, Aquifoliaceae, Apocynaceae, Solanaceae, Bignoniaceae, Rubiaceae, Asteraceae, Boraginaceae e outras das Angiospermas. II) Parte Prática: As aulas práticas constam de observação e reconhecimento da morfologia externa de material reprodutivo de espécies florestais para determinação das famílias, gêneros e espécies das principais plantas ocorrentes em remanescentes florestais, com auxílio de Chaves Analíticas, utilizando-se material botânico recém-colhido e/ou previamente fixados. As dúvidas e checagens são feitas consultando as exsicatas contidas no Herbário ESA do Departamento de Ciências Biológicas da ESALQ/USP. Parte das aulas práticas são feitas no próprio campo, visitando remanescentes de florestas naturais ou áreas em Restauração Florestal da região, onde material botânico de espécies de interesse florestal são coletadas para identificação e reconhecimento em campo, que vão constituir relatórios de campo indivíduos de cada aluno, num total aproximado de 60 espécies florestais coletadas nas 12 aulas com saídas de campo. O trabalho prático da disciplina constitui na construção, por grupos de alunos, de uma chave dicotômica de identificação das espécies florestais coletadas em campo (aproximadamente 60 spp), em papel e na forma de um aplicativo para celular.
Literatura Básica: BRANCALION, P.H.S, GANDOLFI, S., RODRIGUES, R.R. 2015. Restauração Florestal. Editora Oficina de Texto, 429pp. FERRI, M. G. I.; MENEZES, N. L.; MONTEIRO, W. R. 1981. Glossário Ilustrado de Botânica. São Paulo, Ed. Nobel, 197 pp. SOUZA, V. C.; LORENZI, H. 2012. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. Nova Odessa, Instituto Plantarum, 768 pp. il. THE ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. An update Agiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APGII. The Linnean Society of London, Botanical Journal of the Linnean Society, 2003, n. 141, p. 399-436. WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J. & GIULIETTI, A.M. 2002. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Volume 2. HUCITEC/FAPESP. 391 p. Literatura Complementar: BARROSO, G. M. 1978. Sistemática de Angiospermas no Brasil. Vols. 1, 2 e 3, Rio de janeiro. Livros Técnicos e Científicos Editora S/A. CARVALHO, P. E. R. 1994. Espécies Florestais Brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. EMBRAPA –CNPF/SP. CRONQUIST, A. 1981. An Integrated System of Classification of Flowering Plants. New York, Columbia Univ. Press, 1262p. CRONQUIST, A. 19818. The Evolution and Classification of Flowering Plants. New York, The New York Botanical Garden, 555pp. Flora Neotrópica – Monograph no 1. New York: Published for Organization for Flora Neotropica by the New York Botanical Garden, 1996. GENTRY, A.H. 1993. A field guide to the families and genera of wood plants of north west South America. Conservation International. 895 p. HEYWOOD, V. H. 1975. Taxonomy and Ecology. London. Academic Press. 370pp. JOLY, A. B. 1977. Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal. São Paulo. Ed. National, 777pp. JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOGG, E.A. & STEVENS, P.F. 1999. Planty Systematics: An Phylogenetic Approach. Sinauer. 346 pp. LORENZI, H. 1992. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, Ed. Plantarum, 368pp. LORENZI, H. 1998. Árvores Brasileiras II: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, Ed. Plantarum, 400pp. PORTER, C. L. 1984. Taxonomy of Flowering Plants. San Francisco, W. F. Freman and Company, 452pp. RADFORD, A. E. et alii, 1974. Vascular Plant Systematics. New York, Harper & Row, 891pp. RIBEIRO, J.E.L.S. et al. 1999. Flora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra firme na Amazônia Central. Inpa/DFID. 780 pp. TAKHTAJAN, A. L. 1981. Flowering Plants: Origins and Dispersal. (Trad. Jeffrey, C.) Edinburg, Oliver & Bayem, 310pp.