2. OBJETIVOS: A disciplina tem como objetivo o aprofundamento do estudo dos anfíbios e dos répteis por meio de uma abordagem comparativa de aspectos importantes da biologia e da ecologia dos diversos grupos, tais como locomoção, alimentação, reprodução, interações predador-presa, comunicação, movimentos e orientação, agrupamentos de espécies e conservação. O conteúdo programático é transmitido aos alunos por meio de aulas teóricas, seminários e aulas práticas de laboratório e de campo, utilizando-se, sempre que possível, exemplos retirados da herpetofauna brasileira..
4. PROGRAMA RESUMIDO: Origem e Evolução das Linhagens de Anfíbios e de Répteis. Diversidade, Filogenia e Classificação dos Grupos Atuais. Estudo Comparativo da Forma e Função, Comportamento, Ecologia e Conservação dos Grupos Atuais.
3. PROGRAMA ANALÍTICO: 3.1. Posição dos Anfíbios e Répteis na Evolução dos Vertebrados: 3.1.1. Filogenia dos tetrápodes; 3.1.2. Transição de peixes para tetrápodes; 3.1.3. Monofiletismo dos Lissamphibia; 3.1.4. Relações entre os Lissamphibia e os anfíbios do Paleozóico; 3.1.5. Os Lissamphibia como Temnospondylii pedomórficos; 3.1.6 Relações entre as ordens atuais de Lissamphibia; 3.1.7. A irradiação dos Amniota, 3.1.8. Aspectos controversos da evolução dos Amniota; 3.2. Classificação e Diversidade dos Anfíbios Atuais: 3.2.1. Origem e evolução de Urodela, Gymnophiona e Anura; 3.2.2. Reconhecimento de representantes das três ordens de anfíbios atuais e das principais famílias brasileiras de anuros 3.3. Classificação e Diversidade dos Répteis Atuais: 3.3.1. Parafiletismo do grupo; 3.3.2. Origem e evolução de Chelonia, Crocodylia e Lepidosauria; 3.3.3. Identificação de representantes brasileiros das principais famílias de lagartos e serpentes por meio da utilização de chaves dicotômicas; 3.4. Locomoção: 3.4.1. Locomoção terrestre com patas; 3.4.2. Salto; 3.4.3. Locomoção terrestre ápode; 3.4.4. Locomoção aquática; 3.4.5. Escavação; 3.4.6. Escalada; 3.4.7. Locomoção aérea; 3.5. Alimentação: 3.5.1. Sucção; 3.5.2. Mecanismos de alimentação terrestre; 3.5.3. Cinetismo craniano; 3.5.4. Envenenamento; 3.5.5. Fossetas sensoriais; 3.5.6. Herbivoria; 3.6. Reprodução e Ciclos de Vida; 3.6.1. Reprodução sexuada e assexuada; 3.6.2. Ciclos reprodutivos, gametas, fecundação e desenvolvimento; 3.6.3. Determinação do sexo; 3.6.4. Cuidado parental e viviparidade; 3.6.5. Heterocronia; 3.7. Comunicação: 3.7.1. Modos de comunicação; 3.7.2. Restrições sobre a produção de sinais; 3.7.3. Comunicação e ruído; 3.7.4. Comunicação nos principais clados de anfíbios e répteis; 3.8. Movimentos e Orientação: 3.8.1. Conseqüências ecológicas do movimento; 3.8.2. Métodos de estudo; 3.8.3. Tipos de movimento; 3.8.4. Movimentos locais e área domiciliar; 3.8.5. Estratégias espaciais de anfíbios e répteis; 3.8.6. Territorialidade; 3.8.7. Migração; 3.8.8. Movimentos de juvenis; 3.8.9. Comportamento de volta-ao-lar; 3.9. Mecanismos de Defesa; 3.9.1. Considerações filogenéticas; 3.9.2. Principais mecanismos de defesa; 3.9.3. Coevolução entre predadores e presas; 3.10. Ecologia de Taxocenoses: 3.10.1. Gradientes de diversidade de espécies; 3.10.2. Determinantes da estrutura e composição dos agrupamentos; 3.10.3. Estudos de casos de agrupamentos de anfíbios e répteis; 3.11. Conservação: 3.11.1. O declínio de anfíbios como modelo; 3.11.2. Impacto do homem sobre os anfíbios e répteis; 3.11.3. Padrões de extinção e declínio de espécies; 3.11.4. Técnicas de conservação.
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