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Museu de Arte Contemporânea
 
Museu de Arte Contemporânea
 
Disciplina: MAK0133 - Interdisciplinaridade nas artes contemporâneas no acervo do MAC USP
Interdisciplinarity in the contemporary arts in MAC USP's collection

Créditos Aula: 4
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 60 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2024 Desativação:

Objetivos
A disciplina visa debater a relação entre as artes e outros campos de conhecimento na contemporaneidade. Serão problematizadas transformações ocorridas no estatuto da arte e nas práticas artísticas no período contemporâneo, dando ênfase aos diálogos e colaborações da arte com disciplinas do corpo, da linguagem, do ambiente, e da crítica e prática social.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
2544668 - Fernanda Mendonça Pitta
 
Programa Resumido
Quem tem medo da neovanguarda? Performance e a crítica ao objetual. Arte como conceito. Arte, linguagem, interação e informação. Situação, deriva e arte ambiental. Arte e Ação Direta. Novos materialismos. O artista como etnógrafo. Desobediências epistêmicas: decolonialidade. Desobediências epistêmicas: gênero. Desobediências epistêmicas: reantropofagia, AIC e manifestações estéticas indígenas. Ecocriticismo. Ontologias alternativas.
 
 
 
Programa
Aula 1. Contextualização da disciplina. Periodização da arte contemporânea. Relação da produção contemporânea com as vanguardas e a centralidade da interdisciplinaridade para o campo da arte contemporânea. 

Aula 2. A performance e a crítica ao objetual; relações entre as artes visuais, a música, a dança, o cinema, o teatro. 

Aula 3. Arte como conceito. A crítica à objetualidade. Arte e filosofia. Arte e crítica institucional.

Aula 4. Arte, linguagem, interação e informação. Arte e comunicação de massas. A pesquisa tecnológica e o campo da arte. Arte como sistema e circuito.

Aula 5. Situação, deriva e arte ambiental. Arte e a discussão da cidade, urbanismo e planejamento urbano. A noção de site-specific e a escultura em campo expandido. Contrapontos com a noção de arte ambiental de Helio Oiticica.

Aula 6. Arte e ação direta.  A questão arte e política: as noções de arte socialmente engajada, ação, artivismo, arte útil e political time specific art.

Aula 7. Exercícios em sala.

Aula 8. Novos materialismos. Arte e materialidade. Objetualidade e agência. Vitalidades imanentes. Diálogos interespécies.
 
Aula 9. O artista como etnólogo. Antropologia, etnografia e arte. 

Aula 10. Desobediências epistêmicas: decolonialidade. Estudos e práticas decoloniais no campo da arte contemporânea.

Aula 11. Desobediências epistêmicas: gênero. Movimentos feministas, LGBTQIA+ e prática artística contemporânea. 

Aula 12. Ecocriticismo. Ecologia e práticas artísticas contemporâneas. 

Aula 13. Desobediências epistêmicas. O movimento indígena e a noção de retomada no campo da arte. Protagonismo e alianças afetivas. Diálogos e conceituações: reantropofagia, AIC e manifestações estéticas indígenas.

Aula 14. Ontologias alternativas. Cosmovisões, cosmossensibilidades e cosmotécnicas e as produções artísticas.

Aula 15. Encerramento de curso, debates finais.
 
 
 
Avaliação
     
Método
Avaliação continuada.
Critério
Participação em aula (1 pt), engajamento nas discussões (2 pts), participação em atividades (2 pts), Verbete individual (2 pts). Atividade processual com entrega final (4 pts). Verbete individual: análise de 1 obra pertencente ao acervo do MAC USP (500 palavras), a partir de lista distribuída em sala de aula. Atividade processual individual: aproveitando-se dos resultados apresentados no verbete, redação de ensaio de análise comparativa de obras do acervo do MAC USP (até 10.000 palavras), amparada pela bibliografia da disciplina e pelas discussões em sala. Todos os/as/es estudantes são responsáveis por conhecer e cumprir a política da Universidade sobre integridade acadêmica: ver o código de ética da Universidade (Resolução 4871, de 22/10/2001), inciso II, em seu TÍTULO V - DO CORPO DISCENTE E DOS DEMAIS ALUNOS DA UNIVERSIDADE, Artigo 23, “É vedado aos membros do corpo discente e demais alunos da Universidade”, item II: “lançar mão de meios e artifícios que possam fraudar a avaliação do desempenho, seu ou de outrem, em atividades acadêmicas, culturais, artísticas, desportivas e sociais, no âmbito da Universidade, e acobertar a eventual utilização desses meios."
Norma de Recuperação
Caso o/a estudante não atinja a média de 5,00, será realizada recuperação na forma de prova escrita dentro do cronograma de recuperação e revisão de notas da USP.
 
Bibliografia
     
BANIWA, Denilson. "O pajé-onça com câmera de vídeo", in: SCHULZE, Peter W. e SAAVEDRA, Carola (orgs.) Literatura e arte indígena no Brasil. Cadernos do Instituto Luso-Brasileiro, Portugiesisch-Brasilianisches Institut der Universität zu Köln, 2022.

BRUGUERA, Tania. “Political Time Specific Art” in: BISHOP, Tania. Tania Bruguera in conversation with Claire Bishop. Nova York: Colección Cisneros, 2020.

CABANAS, Kaira. "Art without art", in: Immanent Vitalities. Meaning and Materiality in Modern and Contemporary Art. Oakland: University of California Press, 2021.

CLARK, Lygia. “O homem como suporte vivo de uma arquitetura biológica imanente”. in Gullar, Ferreira (org.). Arte Brasileira Hoje. São Paulo: Paz e Terra, 1973.

ESBELL, Jaider. "Arte Indígena Contemporânea e o Grande Mundo", Select, n.39, 2018.

FOSTER, Hal. "O artista como etnógrafo", in: FOSTER, Hal. O retorno do real. São Paulo: Cosac e Naify, 2014.

FOSTER, Hal. "quem tem medo da neovanguarda?", in: FOSTER, Hal. O retorno do real. São Paulo: Cosac e Naify, 2014.

FRASER, Andrea. “Da crítica às instituições à uma instituição da crítica”. Concinnitas, ano 9, vo 2, n 13, dez 2008.

FREIRE, Cristina. Arte conceitual. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2006.

GOLDBERG, Roselee. “Arte ao vivo c.1933 à década de 1970”, in: A Arte da Performance: Do Futurismo ao Presente. Ed. Martins Fontes, São Paulo, 1979.

HARAWAY, Donna. "Manifesto ciborgue. Ciência, Tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX", in: HARAWAY, Donna; KUNZRU, Hari & TADEU, Tomaz. Antropologia do ciborgue: As vertigens do pós-humano, Belo Horizonte, Autêntica, 2009.

HOME, Stewart. “Do primeiro congresso Mundial dos Artistas Liberados à Fundação da Internacional Situacionista”. Assalto à Cultura. Utopia, subversão, guerrilha na (anti) arte do século XX. São Paulo: Conrad, 1999.

KOSUTH, J. "A arte depois da filosofia (1969)" in: FERREIRA, G. e COTRIM, C. Escritos de artistas, anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 

MEIRELES, Cildo. "Inserções em circuitos ideológicos (1970)",  in: FERREIRA, G. e COTRIM, C. Escritos de artistas, anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. 

MIGNOLO, Walter. "Museus no horizonte colonial da modernidade garimpando o museu (1992) de Fred Wilson". Museologia & Interdisciplinaridade, v. 7, n. 13, p. 309-324, jan./jun. 2018.

MOMBAÇA, Jota. "Carta às que vivem e vibram apesar do Brasil", "Na quebra. Juntas", "O mundo é meu trauma", "A coisa tá branca!", in:  Não vão nos matar agora. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021.

PEDROSA, Mario. "Arte ambiental, arte pós-moderna, Helio Oiticica", in: FIGUEIREDO, L., PAPE, Lygia, SALOMÃO, W. (orgs.). Aspiro ao grande labirinto. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.

PEREIRA, Gabriel, MORESCHI, Bruno, MINTZ, André Mintz e BEIGUELMAN, Giselle. “We’ve Always Been Antagonistic: Algorithmic Resistances and Dissidences Beyond the Global North.” MediArXiv. 28 de janeiro, 2022. 

PLAZA, Julio. “Arte e Interatividade. Autor - Obra - Recepção”. Revista ARS, 1(2), 09-29.

SEGATO, Rita. "Que cada pueblo teja los hilos de su historia: la colonialidad legislativa de los salvadores de la infancia indígena" in: La critica de la colonialidad en ocho ensaios y una antropologia por demanda. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2013.

TERENA, Naine. Arte Indígena no Brasil. Midiatização, apagamentos e ritos de passagem. Cuiabá: Oráculo Comunicação, Educação e Cultura, 2022. 

TUPINAMBÁ, Glicéria. "O manto é feminino. Assojaba I Kunhãwara", in: TUGNY, Augustin et. al. Kwá yepé turusú yuriri assojaba tupinambá: essa é a grande volta do manto tupinambá. São Paulo: Conversas em Godwana, 2021.
 

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