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Júpiter - Sistema de Gestão Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação


Faculdade de Odontologia
 
Cirurg, Prot e Traum Maxilo-faciais
 
Disciplina: ODC0105 - Prótese Bucomaxilofacial
Maxilofacial prosthesis

Créditos Aula: 5
Créditos Trabalho: 0
Carga Horária Total: 75 h
Tipo: Semestral
Ativação: 01/01/2014 Desativação:

Objetivos
Situar a Disciplina como integrante do papel formador do clínico geral pela Faculdade de Odontologia da USP. Fazer com que o aluno conheça aparelhos, próteses e dispositivos empregados para a reabilitação dos pacientes portadores de malformações, mutilações, distúrbios de desenvolvimento da face e proteção na prática de esportes: o programa de Prótese Bucomaxilofacial será desenvolvido em 75 horas/aluno.
 
 
 
Docente(s) Responsável(eis)
81061 - Antonio Carlos Lorenz Saboia
2769634 - Beatriz Silva Camara Mattos
3219980 - Cleusa Aparecida Campanini Geraldini
441552 - Dorival Pedroso da Silva
49300 - Marcia Andre Feitosa
2650121 - Neide Pena Coto
71810 - Reinaldo Brito e Dias
 
Programa Resumido
A Prótese Bucomaxilofacial é a Disciplina do Curso Odontologia da USP que tem como objetivo a proteção, a prevenção e a reabilitação anatômica, funcional e estética, de regiões da maxila, da mandíbula e da face, ausentes ou defeituosas, como sequelas de cirurgia, de traumatismo ou em razão de malformações congênitas ou de distúrbios de desenvolvimento, por meio de próteses, aparelhos e dispositivos.
 
 
 
Programa
Programa Resumido
A Prótese Bucomaxilofacial é a Disciplina do Curso Odontologia da USP que tem como objetivo a proteção, a prevenção e a reabilitação anatômica, funcional e estética, de regiões da maxila, da mandíbula e da face, ausentes ou defeituosas, como sequelas de cirurgia, de traumatismo ou em razão de malformações congênitas ou de distúrbios de desenvolvimento, por meio de próteses, aparelhos e dispositivos.

1. Introdução à Prótese Bucomaxilofacial
1.1. Responsabilidade da Odontologia frente à Prótese Bucomaxilofacial.
1.2. Conceito: Estudo clínico e reabilitação protética das malformações congênitas, mutilações traumáticas ou patológicas e distúrbios de desenvolvimento maxilofaciais.
1.3. Especialidade odontológica reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia.
1.4. Malformações congênitas do lábio e ou palato - Síndromes.
1.5. Câncer da cabeça e pescoço - câncer bucal: Cuidados com os pacientes oncológicos, dispositivos protetores auxiliares no tratamento emanoterápico e oncocirurgico.
1.6. Implantes para fixação de próteses bucais e faciais.
1.7. Suporte para a Cirurgia e Traumatologia Maxilofaciais.
1.8. Luxação têmporomandibular.
1.9. Distúrbios de desenvolvimento maxilofaciais - anquilose têmporomandibular.
1.10. Tratamento através da Prótese Bucomaxilofacial.

2.Malformação do lábio e do palato
2.1. Introdução: malformações crânio faciais.
2.2. Conceito: fendas de palato primário e fendas de palato secundário.
2.3. Embriologia: formação da face e das estruturas intrabucais.
2.4. Patogenia das fendas lábio-palatinas.
2.5. Etiologia das malformações: fatores genéticos e fatores mesológicos.
2.6. Incidência: raça, sexo, localização, lateralidade, idade dos pais e clima.
2.7. Distúrbios: estéticos, funcional e psíquico.
2.8. Classificação: Dawis e Richie, Veau, Fogh Andersen, Kernahan e Stark, Villar Sancho e Spina.
2.9. Tratamento: equipe multiprofissional.
2.10. Tratamento: odontológico, odontopediátrico e protético bucomaxilofacial (precoce e tardio).

3. Biomateriais
3.1. Conceito: São materiais naturais ou artificiais, biocompatíveis, que substituem total ou parcialmente estruturas vivas ou ainda, dispositivos biomédicos que aumentam ou substituem uma função natural.
3.2. Ciência dos Biomateriais: É a ciência que estuda as propriedades dos tecidos e órgãos, estuda interação entre os biomateriais e os tecidos. Desenvolve e caracteriza os materiais que podem ser usados para medir, restaurar ou melhorar funções biológicas.
3.3 Materiais disponíveis: polímeros não degradáveis; polímeros degradáveis ou reativos; adesivos poliméricos teciduais; metais; cerâmicas e vidros; carbonos e materiais biológicos.

4. Prótese nas grandes perdas da maxila
4.1. Introdução.
4.2. Conceito.
4.3. Etiologia: traumática e cirúrgicas.
4.4. Divisão: quanto à extensão e quanto à localização da perda (parciais, anteriores, laterais, unilaterais e bilaterais).
4.5. Totais: unilaterais e bilaterais
4.6. Distúrbios: funcionais (fonação, mastigação, deglutição, respiração, olfação e visão)
4.7. Estéticos: defeitos cicatriciais, depressão geniana, ectrópio da pálpebra inferior, edema, perdas tissulares, ósseas e músculo cutâneo.
4.8. A prótese nas perdas cirúrgicas: prótese imediata, prótese tardia, redutora, reparadora.
4.9. Confecção: Moldagem, porção intra cavitária, porção basal.
4.10. Retenção.
4.11. Prótese Conjugada.

5. Próteses nas grandes perdas Mandibulares
5.1. Introdução.
5.2. Conceito.
5.3. Evolução.
5.4. Oportunidade.
5.5. Estudo Clínico: etiologia, divisão, distúrbios.
5.6. Tratamento: imediato, tardio, cirúrgico, autógeno, heterógeno, alógeno.
5.7. Prevenção.

6. Implantes em Prótese Bucomaxilofacial
6.1. Introdução.
6.2. Conceito: Osseointegração.
6.3. Planejamento Protético.
6.4. Considerações Cirúrgicas.
6.5. Áreas de fixação de implante
6.5.1. Intra-oral
6.5.2. Extra-oral
6.6. Avaliação clínica.
6.7. Paciente irradiado.
6.8. Paciente em crescimento.
6.9. Vantagens das Próteses Implanto-suportadas.

7.Moldagens e Modelos em PBMF
7.1. Moldagens intra-orais:
7.1.1. Comunicações oro-nasais
7.1.2. Esfíncter velofaríngeo
7.1.3. Região intra-cavitária
7.1.4. Moldagem segmentada
7.2. Moldagens extra-orais:
7.2.1. Cavidade anoftálmica: técnicas e materiais empregados.
7.2.2. Faciais: totais e parciais: regiões faciais técnicas e materiais empregados.
7.3. Modelos - confecção e materiais empregados.


8. Próteses faciais – epíteses
8.1. Introdução: tratamento plástico-cirúrgico, tratamento aloplástico.
8.2. Conceito: perdas do revestimento músculo-cutâneo, perdas do esqueleto de suporte.
8.3. Oportunidade: próteses temporárias, próteses reparadoras.
8.4. Modalidades de próteses faciais restauradoras:
8.4.1. Próteses para órgãos impares: prótese nasal e labial
8.4.2. Próteses para órgãos pares: prótese auricular e óculo-palpebral
8.4.3. Prótese para grandes perdas da face
8.5. Etiologia: patológica e traumática.
8.6. Distúrbios: funcionais, estéticos e psíquicos.
8.7. Materiais empregados na confecção das epíteses - requisitos de um material ideal (Bulbulian): materiais flexíveis, materiais rígidos.
8.8. Técnica de confecção das epíteses: noções de antropometria, biotipologia e cartografia facial.
8.9. Meios de retenção das próteses faciais: Colagem, cirúrgico-protético, mecânicos, retenção anatômica.
8.10. Desenvolvimento atual.

9. Próteses faciais – anaplerose
9.1. Introdução: prótese ocular em resina acrílica.
9.2. Conceito: perdas parciais ou perdas totais do globo ocular.
9.3. Objetivos: restabelecer a estética, prevenir o colapso palpebral, proteger contra agentes externos, secreção e escoamento do fluxo lacrimal, impedir a perda da tonicidade muscular.
9.4. Considerações anatômicas: globo ocular, músculos, fáscia do bulbo, aparelho lacrimal.
9.5. Etiologia: congênita e adquirida (traumatismos e patológicas).
9.6. Intervenções cirúrgicas para a remoção do globo ocular: evisceração e enucleação.
9.7. Técnica de confecção da prótese ocular individualizada.
9.8. Recomendações ao paciente quanto à prótese, quanto à utilização da prótese e manutenção cavidade anoftálmica.

10. Cuidados com o paciente oncológico. Dispositivos auxiliares no tratamento emanoterápico
10.1. Introdução
10.2. Modalidades terapêuticas - cirúrgicas, actinica, medicamentosa, imunológica, criocírugica; hormonioterápica.
10.3.Tratamento emanoterápico direto (por contato com RX, por moldagem de radium, por agulhamento intersticial) pericutâneo energia eletrica, substãncias radioativas);
10.4.Objetivos: programa de atenção estomatológica aos pacientes irradiados.
10.5. Alterações teciduais.
10.6.Procedimentos pré-radioterápicos.
10.7.Procedimentos trans-radioterápicos.
10.8.Procedimentos pós-radioterápicos.
10.9. Próteses radíferas: Portadoras ou contensoras, localizadoras ou orientadoras, afastadoras e protetoras.
10.10.Considerações finais: Conscientização por parte dos elementos da área de saúde, educação dos pacientes para os cuidados necessários.

11. Recursos da Prótese Bucomaxilofacial nas Constrições maxilomandibulares
11.1. Introdução: Transtornos banais até deformidades de grave consequência.
11.2. Modalidades: Constrição de origem muscular cicatricial e articular.
11.3. Constrição de origem muscular: Conceito: Trismo
11.3.1. Divisão:
11.3.2 Etiologia:
11.3.3 Diagnóstico: Anamnese, exame clínico e exame radiográfico.
11.3.4 Tratamentos: psíquico e mecanoterápico, agentes físicos, medicamentoso.
11.4. Constrição de origem cicatricial
11.4.1. Conceito:
11.4.2. Divisão:
11.4.3. Etiologia: Ferimentos, queimaduras, entidades patológicas.
11.4.4. Diagnóstico: Anamnese, exame clínico e exame radiográfico.
11.4.5. Tratamento: Cirúrgico, mecanoterápico ou cirúrgico mais mecanoterápico.
11.4.6. Constrições por consolidação óssea extra -articulares.
11.5. Constrição de origem articular
11.5.1.Conceito: Afecções da articulação têmporomandibular.
11.5.2. Modalidades: Artrite e Anquilose da ATM.
11.5.3. Artrite da ATM.
11.5.3.1. Conceito: Afecções de origem infecciosa ou traumática
11.5.3.2.Divisão: Aguda ou Crônica
11.5.3.4.Etiologia: Artrite aguda infecciosa e traumática
11.5.3.4.Diagnóstico: Anamnése, exame clínico e exame radiográfico
11.5.3.5.Tratamento: Mecanoterápico, cirúrgico e medicamentoso
11.5.4. Anquilose da ATM:
11.5.4.1 Conceito: Perda dos movimentos da ATM
11.5.4.2. Divisão: Anquilose fibrosa ou óssea, unilateral ou bilateral, congênita ou adquirida.
11.5.4.3. Etiologia: Complicações de artrites infecciosas ou traumáticas.
11.5.4.4. Diagnóstico: Anamnese, exame clínico e exame radiográfico.
11.5.4.5. Tratamento: Cirúrgico, mecanoterápico e cirúrgico mais mecanoterápico.

12. Recursos da Prótese Bucomaxilofacial nas luxações da ATM.
12.1. Introdução:
12.2. Conceitos:
12.3. Anatomia da ATM; superfícies articulares, disco articular, cápsula articular, ligamentos e músculos.
12.4. Dinâmica da luxação: luxação do côndilo a posição extra-articular.
12.5. Classificação: tipo de luxação, direção e lado.
12.6. Ocorrência: fatores mecânicos e espasmos musculares.
12.7. Incidência: idade, sexo, frequência.
12.8. Etiologia: causas predisponentes, eficientes e psicológicas.
12.9. Diagnóstico:
12.10. Tratamento:
12.11. Cuidados posteriores:

13. Prótese Bucomaxilofacial frente à Odontologia do Esporte
13.1. Introdução: é de vital importância a prevenção e manutenção da saúde bucal. dos atletas.
13.2. Conceito: estudo e planejamento da manutenção, tratamento e proteção da condição bucal do atleta.
13.3. Objetivos: possibilitar, através da saúde oral, melhor desempenho físico de atletas nas mais diversas modalidades esportivas
13.3.1. Análise da condição bucal
13.3.2. Indicação de tratamentos: pré, trans e pós competição.
13.3.3. Prevenção: protetores buco dentários tipos de protetores indicação para as diferentes modalidades esportivas confecção dos diferentes tipos de protetores buco dentários.
13.3.4. Estudo das fraturas e recursos protéticos.
13.3.5. Tratamento
 
 
 
Avaliação
     
Método
Aulas teóricas expositivas, aulas práticas-laboratoriais, teórico-práticas e aulas práticas clínicas. Complementa o ensino o desdobramento de seminários e discussões de casos clínicos.
Critério
As provas escritas terão peso 6 (seis) e as notas das aulas práticas ( clínicas e laboratoriais) terão peso 4 (quatro), o aluno deverá obter, no mínimo 15 pontos.
Norma de Recuperação
A Disciplina de Prótese Bucomaxilofacial não oferece recuperação por sua formação prática que requer treinamento para aplicação da técnica e desenvolvimento cognitivo do aluno.
 
Bibliografia
     
1. BENOIST, M.  Reabilitation et Prothése Maxillo-Faciales. Julien Prelat, Ed., 1978, p. 437.
2. CHALLIAN, V.A. et alli Maxillofacial prothetics. Baltimora. Willians & Wilkins, 1971, 456p.
3. CESCHINI, J.R. O implante na reabilitação bucal. Panamed editorial, 535p. 1984.
4. FONSECA, E.P. Prótese Ocular, São Paulo, Panamed. Editorial, 1987.
5. PSAUME, M. et BOUTROUX, L. Restauration et prosthesis maxillo-faciales, Paris, Masson, 1950, p. 136-323.
6. RAHN, A & BOUCHER, I.J. Maxillofacial prosthetics: principles: and concept. Philadelphia, Sauders, 1970, 266p.
7. RAMFJORD, S. & ASH, M.M. Oclusão. 3a. ed., Rio de Janeiro, interamericana, p 6-11, 189, 1984.
8. REZENDE, J.R.V.; OLIVEIRA, J.A.P. & DIAS, R.B. Prótese Buco Maxilo-Facial. Conceitos básicos e práticos de laboratório. Sarvier, São Paulo, 1986.
9. ROCHA, R.G.F. Moldagem da face com gesso. Tese Doutorado, Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, 1965.
10. SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE REABILITAÇÃO DA FACE E DE PRÓTESE BUCO-MAXILO FACIAL. 1o., São Paulo, 4-7 setembro. 1977./Anais/ São Paulo, Fundação "Centro de Pesquisa de Oncologia”, 1977, p. 277.
11. CARVALHO JCM; DIAS RB; MATTOS, BSC; ANDRÉ M. Fundamentos de Odontologia. Reabilitação Protética Craniomaxilofacial. São Paulo: Santos, 2013.184p.
12. DIAS RB, SILVA CMF, REIS RC. Recursos protéticos e cirúrgicos empregados em Prótese Bucomaxilofacial. In: Sergio Kignel. (Org.). Estomatologia - bases do diagnóstico para o clínico geral .São Paulo: Editora Santos, 2007, v. 1, p. 405-435.
13. DIAS RB, MAIA FAS, COTO NP. Odontologia Desportiva. In: Rielson Jose Alves Cardoso; Elenice Aparecida Nogueira Gonçalves. (Org.). Arte Ciencia Saude, 20º Congresso Internacional de Odontologia. 1ed.Sao Paulo: Artes Medicas, 2002, v. 2, p. 465-476.
14. COTO, N. P. DIAS, Reinaldo Brito; ANTONIAZZI, T. F.; Costa, R A ; CARVALHO, E. P. C. Mechanical Behaviour of Ethylene Vinyl Acetate Copolymer (EVA) Used for Fabrication of Mouthguards and Interocclusal Splints.. Brazilian Dental Journal, v. 18, p. 324-328, 2007.
15. COTO, N. P.; Meira, Josete Barbosa Cruz; e Dias, Reinaldo Brito; Driemeier, Larissa; de Oliveira Roveri, Guilherme ; Noritomi, Pedro Yoshito. Assessment of nose protector for sport activities: finite element analysis. Dental Traumatology 8(2):108-113, 2012.
 

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