1. Oferecer subsídios teóricos que auxiliem a compreender a dimensão psicossocial do objeto de estudo e de intervenção do fonoaudiólogo; 2. Estimular a reflexão crítica a respeito do ajustamento psicossocial exigido dos indivíduos objetivamente expostos às pressões decorrentes de um modo de organização social opressivo; 3. Explicitar alguns dos fatores psíquicos e sociais que exercem mediação nas esferas da linguagem e da comunicação contribuindo para a deterioração da experiência.
Por meio da problematização do ajustamento psicossocial exigido dos indivíduos na sociedade caracterizada pela pressão adaptativa e pelo caráter técnico de seus meios de controle, a disciplina Psicologia e ajustamento visa a oferecer subsídios teóricos que auxiliem na compreensão de alguns dos fatores implicados no processo de constituição da personalidade, bem como a mediação que exercem nas esferas da linguagem e da comunicação, as quais comumente resultam na falência da comunicação e na deterioração da experiência. Dimensões constitutivas do objeto de estudo e de intervenção do fonoaudiólogo, a comunicação e a experiência devem ser analisadas em vista da regressão psíquica dos indivíduos na sociedade administrada, em grande medida fomentada pelas exigências de ajustamento, contrárias à autonomia, de modo que tal objeto possa ser compreendido em sua complexidade, a qual afeta tanto os usuários das intervenções fonoaudiologias quanto os próprios profissionais que as exercem, inseridos na mesma realidade social contraditória.
Unidade I – Constituição psíquica, deterioração da individualidade e ajustamento social: 1. Constituição da personalidade por meio do conflito entre indivíduo e sociedade; 2. Determinação social e ajustamento psíquico. Unidade II – Empobrecimento da comunicação, ajustamento social e dominação: 1. Mediações exercidas por conteúdos psicossociais nas esferas da linguagem e da comunicação; 2. Manipulação da regressão psíquica dos indivíduos pela Indústria Cultural; 3. O encarceramento monadológico do indivíduo regredido e a (im)possibilidade da comunicação na sociedade administrada.
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