O aluno deverá ser capaz de: - Discutir os principais modelos teórico-práticos de estudos e intervenção do psicólogo junto às instituições e organizações, garantindo, de um lado, uma especificidade possível à atuação do psicólogo e, de outro, a consideração da própria psicologia como instituição do conhecimento e da prática profissional. - Situar-se na condição de quem faz a formação para a pesquisa e o exercício profissional de psicologia que é, por sua vez, uma instituição concreta, nas variações em que se apresenta, neste momento histórico e social. O professor deverá se propor a: - Fundamentar um modelo de exercício da Psicologia (intervenção junto a outras instituições concretas, pesquisa e produção do conhecimento) que garanta a especificidade de atuação profissional, pela definição de um objeto institucional a essa área do conhecimento, no resgate de conceitos importantes da psicanálise freudiana, bem como na articulação de saberes que lhe são exógenos: sociologia das instituições, análise pragmática do discurso e as ideias de M. Foucault.
A diversidade de nomes e estratégias de estudo e intervenção junto às instituições. - As modalidades psicanalíticas com destaque a Bleger e sua Psicologia Institucional. - As modalidades sócio políticas com destaque a Análise Institucional de Lapassade e Análise de Instituições Concretas de José Augusto Guilhon Albuquerque. - Em busca da especificidade de atuação do psicólogo junto a instituições. - A psicologia como instituição do conhecimento e da prática profissional.
- A perspectiva psicanalítica da Psicologia Institucional de Bleger. - A perspectiva política da Análise Institucional de Lapassade. - A perspectiva sociológico-institucional da Análise de Instituições Concretas de Guilhon Albuquerque. - Michel Foucault e os conceitos de discurso com práticas discursivas, relações de poder e estratégia de pensamento, como recortes de análise. - O exercício da Psicologia como Instituição. - A definição de um objeto institucional para a Psicologia, na direção do recorte de uma especificidade para a atuação profissional. - A Psicologia Institucional, não como uma área de atuação em especial, mas como uma estratégia de pensar/fazer, como método. - A clínica e a pesquisa como instituições da prática profissional. - Situações exemplares de trabalhos nessa perspectiva que ora apresentamos.
- Bleger, J. 1971. Temas de Psicologia. Buenos Aires. Ediciones Nueva Vision. Leitura: Cap. 5 - Bleger, J. 1973. Psico-Higiene e Psicologia Institucional. Porto Alegre. Artes Médicas. - Lapassade, G. 1989. Grupos, Organizações e Instituições. Rio de Janeiro. Francisco Alves. Leitura: Prólogo à 2ª edição. - Guilhon Albuquerque, J. 1980. Instituição e Poder. Rio de Janeiro. Edições Graal. Leitura: Introdução. - Foucault, M. 1988. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro. Edições Graal. Leitura: Parte IV, Cap. 2 - Guirado, M. 2004, edição revista e ampliada. Psicologia Institucional. São Paulo. E.P.U. Leitura: Cap. 3. - Guirado, M. 2004, edição revista e ampliada. Instituição e Relações Afetivas: o vínculo com o abandono. São Paulo. Casa do Psicólogo. Leitura: Cap. IV. - Guirado, M.; Lerner, R. (Orgs.). 2007. Psicologia, Pesquisa e Clínica: por uma análise institucional do discurso. São Paulo. Annablume. Leitura: Parte IV, Cap. 2. - Guirado, M. 2018. Análise do Discurso e Psicanálise. Curitiba. Appris. Leitura: Cap. 9 e 10. - Guirado, M. 2018. Análise Institucional do Discurso como Analítica da Subjetividade. São Paulo. Lumen Juris. Leitura: Cap. V.