Pretende-se que o aluno: A. Desenvolva uma formação teórico-prática condizente com a clínica atual, tomando como base a prevenção e a promoção da saúde, do cuidado, e da atenção em distintas situações de sofrimento e vulnerabilidade. B. Obtenha conhecimentos sobre os subsídios teórico-conceituais do Diagnóstico Psicológico, em suas diferentes perspectivas e da construção do raciocínio clínico e dos métodos empregados para fins psicoterapêuticos. C. Aprofunde sua formação como pesquisador, na área clínica, tendo como objetivo a busca por práticas inovadoras na psicologia clínica. D. Consolide o processo de construção de seu lugar e sua prática como psicoterapeuta, por meio da supervisão de atendimentos clínicos realizados em vários tipos de dispositivos institucionais. E. Conscientize-se da importância da relação psicólogo-cliente e da atitude ética no atendimento clínico.
Caracterização e histórico do atendimento clínico. O processo do diagnóstico psicológico em diferentes perspectivas. As entrevistas iniciais. O uso de métodos de avaliação no diagnóstico psicológico. O desenvolvimento do raciocínio clínico. A importância da supervisão na formação clínica do aluno.
I - Caracterização e histórico do atendimento clínico, considerando as suas diferentes perspectivas teóricas e o conhecimento da diversidade sócio-cultural brasileira. II - O processo do diagnóstico psicológico em diferentes perspectivas. III - As entrevistas iniciais no processo de um atendimento clínico. IV - O uso de métodos de avaliação no diagnóstico psicológico, em diferentes perspectivas clínicas. V - O desenvolvimento do raciocínio clínico, em diferentes perspectivas. Ênfase no relato, escrita e construção de casos. VI - A importância da supervisão na formação clínica do aluno. Atividades a serem realizadas pelo aluno: Atendimento de clientes inscritos na Clínica Psicológica Durval Marcondes do Departamento de Psicologia Clínica do IPUSP e demais instituições parceiras. Elaboração de: 1) Relatório após cada atendimento, contendo a transcrição da sessão e/ou a reflexão sobre as atividades realizadas e, 2) relatório final incluindo relato e interpretação das atividades desenvolvidas pelo cliente durante o processo de atendimento clínico, de acordo com as orientações do supervisor.
Bibliografia básica: Antúnez, A.; SAFRA, G. Psicologia Clínica: da graduação à pós-graduação. São Paulo: Atheneu, 2018, p.437 Castanho, P. Sobre o conceito de Intertransferência (ou a contribuição de René Kaës para a problemática da contratransferência no trabalho em equipe). Jornal de Psicanalise, v. 87, p. 111, 2015. Castanho, P.. Sobre como trabalha um analista ao coordenar um grupo. Vínculo (São Paulo. Impresso), v. 11, p. 41-52, 2014. Cintra, E.M.U. & Ribeiro, M.F.R. (2018). Por que Klein? São Paulo, SP: Zagodoni. Dunker, C.I.L., Estrutura e constituição da clínica psicanalítica. São Paulo, SP. Annablume Editora, v.1, p.657, 2011. Gomes, I. C.; Levy, L. A Psicanálise Vincular e a preparação de crianças para a adoção: uma proposta terapêutica e interdisciplinar. Contextos Clínicos. , v.9, p.109 - 117, 2016. Gomes, I. C.; Levy, L. Indicações para uma Terapia de Casal. Vínculo. , v.1, p.13 - 21, 2010. Gomes, I. C.; Levy, L. Atendimento Psicanalítico de Casal. São Paulo: Zagodoni Editora, 2013, v.1. p.92. Meyer, S. B., Villas-Bôas, A., Franceschini, A.C.T., Oshiro, C. K. B. O., Kameyama, M., Rossi, P. R., & Mangabeira, V. (2015). Terapia analítico-comportamental: relato de casos e de análises. São Paulo: Paradigma Centro de Ciências e Tecnologia do Comportamento. Meyer, S. B (2003). Análise funcional do comportamento. In: C. E. Costa, J. C. Luzia, H. H. N. Sant'Anna (Orgs.), Primeiros Passos em Análise do Comportamento e Cognição. 1ª. Edição. Santo André: ESETec, pp.75-91. Moretto, M. L. T.; Kupermann D. Supervisão – A Formação Clínica na Psicologia e na Psicanálise. São Paulo: Zagodoni Editora, 2018, v.1. p.162. Ribeiro, Marina F.R. (2016) Uma reflexão conceitual entre identificação projetiva e enactment: O analista implicado. Cad. psicanal. [online]. vol.38, n.35, pp. 11-28. Ribeiro, Marina F. R. (2020). Da identificação projetiva ao conceito de terceiro analítico de Thomas Ogden: um pensamento psicanalítico em busca de um autor. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, 23(1), 57-65. EpubJanuary 24, 2020.https://dx.doi.org/10.1590/1809-44142020001007 Sei, M. B.; Gomes, I. C. Formação, pesquisa e a clínica psicanalítica de casais e famílias. Londrina: UEL /Universidade Estadual de Londrina, 2017, v.1. p.116. Silvares. E.F.M.; Melo M.H.S.; LOHR, S.S. Supervisão e Formação em Psicologia. Curitiba. 2016, v. 1, p. 246 Weismann, L.; Gomes, I. C. Atendimento Psicanalítico de Família. São Paulo: Zagodoni Editora, 2014, v.1. p.113 Zimerman, D.E., Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica. Porto Alegre: Artmed, 1999, v.1, p. 478 Bibliografia complementar: Aberastury, A. (1986). Psicanálise da criança: teoria e técnica. Porto Alegre: Artes Médicas. Aguirre, A.M.B., Herzberg, E., Batista Pinto, E., Becker, E., Carmo, H.M.S. & Santiago, M.D.E. (2000). A Formação da Atitude Clínica no Estagiário de Psicologia. Psicologia USP. 11 (1): 49-62. Ancona-lopez, M. (org.) (1998). Psicodiagnóstico: processo de intervenção. São Paulo: Cortez. Arzeno, M.E.G. (1999). Psicodiagnóstico Clínico: novas contribuições. Porto Alegre: Artes Médicas. Cunha, j. et al. (2000). Psicodiagnóstico-R. Porto Alegre: Artes Médicas. Dor, J. (1991). Estruturas e clínica psicanalítica. São Paulo: Timbre. Freud, A. (1971). A Infância normal e patológica. Rio de Janeiro: Zahar. Klein, M. (1969). Novas tendências na Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar. (Trabalho original publicado em 1935). Lacan, J. (1953-54) O Seminário Livro 1 - Os Escritos Técnicos de Freud Ed. Seuil,França. Rio de Janeiro : Zahar Edit.. Mannoni, M. (1982). A primeira entrevista em psicanálise. Rio de Janeiro: Campus. Rosa, M. D. (2000) Histórias que não se contam Psicanálise com crianças e adolescentes. Taubaté: Cabral Ed. Universitária. Silvares, E.F.M. & Gongora, M.A.N. (1998). Psicologia clínica comportamental. A inserção da entrevista com crianças e adultos. São Paulo: Edicon. Tardivo, L.S.P.C. (1998). O Teste de Apercepção Infantil e o Teste das Fábulas de Düss. São Paulo: Vetor. Trinca, W. (org.) (1997). Formas de investigação em Psicologia Clínica. São Paulo: Vetor.