Iremos explorar as medidas psicofísicas clássicas e modernas como ferramenta de investigação clínica e social e aplicá-las às mais diversas área de estudos da Psicologia, desde as de cunho mais fisiológico, como determinação de comparações entre sensações e percepções até aos eventos relacionados a comportamento social como os julgamentos e tomadas de decisões de indivíduos e coletivos. Além da construção de uma base sólida em conceitos, teorias e métodos psicofísicos, os alunos terão, essencialmente, atividades práticas que permitirão a aplicação de medidas de limiares e da obtenção de diversas escalas subjetivas que servem de métrica para a aplicação da avaliação quantitativa de estados subjetivos.
1. Introdução à medida Psicofísica. Histórico e teorias. 2. Psicofísica Clássica: Medidas de Limiares 3. Psicofísica Moderna I: Julgamento Comparativo 4. Psicofísica Moderna II: Estimativa de Magnitude 5. Psicofísica e Saúde I: Desenvolvimento Infantil 6. Psicofísica e Saúde II: Desempenho em Linguagem e Cálculo 7. Psicofísica e Saúde III: Medidas do Envelhecimento 8. Psicofísica e Saúde IV: Medidas de Dor e Sintomas 9. Psicofísica e Saúde V: Medidas Subclínicas de Diagnóstico 10. Psicofísica Social I: Julgamento de Face 11. Psicofísica Social II: Medidas Estéticas e Arte 12. Psicofísica Social III: Atitude e Prestígio Social 13. Psicofísica Social IV: Medidas e Opinião Pública 14. Psicofísica Social V: Marketing e Publicidade 15. Encerramento da Disciplina
Psicofísica Clínica é um avanço aplicado das disciplinas obrigatórias da área de Psicologia Fisiológica. Nesta disciplina, transportamos os princípios da Psicologia como uma ciência de relações objetivas para a aplicação em questões clínicas e sociais. Sempre com a perspectiva de encontrar relações funcionais quantitativas entre o mundo mental e o mundo físico, temos na atualidade a psicofísica como uma das ciências que mais tem contribuído para estudos clínicos, com o desenvolvimento de medidas subclínicas de funções sensoriais para complementar o diagnóstico de doenças psiquiátricas e neurológicas; identificação de índices quantitativos de desempenhos educacionais; medidas eficazes de desempenhos mentais ao longo da infância e do envelhecimento. A aplicação de métodos da psicofísica moderna permite identificar escalas subjetivas para diversos atributos psicológicos complexos, tipicamente presentes em contextos sociais. Julgamentos psicofísicos são a base da estética experimental e seus avanços tem permitido entender os mecanismos invariantes de concepção artística e do valor estético de obras de arte. Nada mais importante para estudo básico de funções sociais como o julgamento de faces. Emoções, gênero, raça, confiança, seriedade e credibilidade são apenas exemplos de diversos eventos psicológicos no qual a face tem papel fundamental. Portanto, o uso de medidas e julgamentos de faces tem proporcionado estudos objetivos destas funções psicossociais, seja para identificar mecanismos básicos de como processamos e relacionamos as faces à estes atributos mentais, seja para a aplicação em questões de saúde e trabalho. Medidas de atitudes, de opinião pública são fundamentais para o estudo de eventos sociais complexos como julgamento de gravidade de crimes, prestigio social de profissionais, preconceito, violência, racismo, opinião política entre outros. A disciplina é essencialmente prática e após uma rápida revisão de métodos psicofísicos, estudaremos artigos científicos e realizaremos experimentos semanais, buscando cobrir o uso da psicofísica clássica e moderna na aplicação clínica e social. A disciplina oferece vagas, como optativa livre, para outros cursos da Universidade, uma vez que temos a experiência interdisciplinar como importante elemento de formação. Alunos de diversas áreas como enfermagem, nutrição, fonoaudiologia, administração, marketing, publicidade e linguística tem regularmente frequentado a disciplina com grande aproveitamento para todos.
Leitura Obrigatória: 1. Barry Kantowitz, Henry Roedinger & David G. Elmes (2009). Experimental Psychology. 9ª ed. Wadsworth, Cengage Learning, Belmont, CA, USA. 2. Hal Pashler (2002) Stevens’ handbook of experimental psychology Volume 4: Methodology in Experimental Psychology, 3ª ed. John Wiley & Sons, Inc., New York, USA. 3. Michael H. Birnbaum (1998) Measurement, Judgment and Decision Making. 2ª ed. Academic Press, San Diego, California, USA. Leitura Complementar: 1. Levine, M.W. (2000) Levine and Shefner’s fundamentals of sensation and perception. 3rd. edition, Oxford: Oxford University Press. 2. Stevens Schwartz (2004) Visual perception: a clinical orientation, 3ª ed. McGraw-Hill, USA.. 3. Eysenck, M. W., & Keane, M. T. (1990). Cognitive psychology: a students handbook. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum. 4. Faith H. Bryne (2009). The Brain Sense. The Science of the Senses and How We Process the World Around Us. 1ª ed. American Management Association, New York, NY, USA.