Permitir ao aluno o acesso ao conhecimento que lhe possibilita a compreensão dos processos grupais reconhecidos nos grupos e instituições. Oferecer as condições iniciais para que o instrumental teórico e técnico resulte na construção de uma leitura de processos que possibilite o desenvolvimento de modalidades de ação/práxis em grupo.
Conceito de Grupo como processo social básico. Delimitação do campo de estudo e identificação das diversas áreas de conhecimento e âmbitos de atuação que estão na base da construção do conhecimento sobre processos grupais. Apresentação das bases epistemológicas que sustentam modelos teóricos e técnicos. Constituição do sujeito psíquico como sujeito do grupo. Teoria da técnica. Âmbitos envolvidos na atuação em psicologia a partir do dispositivo grupal.
Parte teórica: 1. Introdução ao conceito de Grupo como processo social básico. Delimitação do campo de estudo e identificação das diversas áreas de conhecimento e âmbitos de atuação que estão na base da construção do conhecimento a respeito dos processos grupais. 2. Apresentação das bases epistemológicas que dão sustentação a diversos modelos teóricos e técnicos (psicanalítico e operativo entre outros). 3. Desenvolvimento do estudo sobre a constituição do sujeito psíquico como sujeito do grupo, a partir de um recorte teórico psicossocial e psicanalítico. 4. Introdução à teoria da técnica: formas de atuação decorrentes das teorias estudadas. 5. Identificação dos diversos âmbitos envolvidos na atuação em Psicologia e, mais especificamente, na atuação com o dispositivo grupal: jurídico-político, sócio cultural, teórico-conceitual, técnico-assistencial. Parte prática: Apresentação de situações clínico-institucionais; visitas a instituições que operam em equipe e com dispositivo de grupo. Plano de Estágio 1- Objetivos: Pretende-se que o aluno tenha a possibilidade de observar, através de visitas a instituições/organizações, a relação existente entre a construção de um dispositivo de atuação em psicologia e sua implementação nas práticas cotidianas. 2- Atividades a serem realizadas pelo aluno : 1 - Caracterização da Instituição/Organização ou de grupos. Através de observações e eventuais entrevistas com as pessoas que trabalham nas Instituições/Organizações (seja no campo da saúde, da educação, do trabalho - cooperativas e outros) verificar como se implementam as práticas e qual a relação que mantém com os modelos teóricos e as políticas públicas. 1.1. Levantamento de questões que possibilitem a compreensão da complexa relação entre a formulação de modelos derivados de políticas públicas, o referencial teórico e a atuação. 2- Elaboração de uma leitura a partir dos referenciais teóricos apresentados no curso. 2.1. Diário de Campo, Relatório e discussão sobre a sua construção.
Bibliografia básica: BLEGER, J. Temas de Psicologia. Entrevista e Grupos. São Paulo: Martins Fontes,1980. KAËS, R. O Grupo e o Sujeito do Grupo. São Paulo: Casa do psicólogo,1993. PICHON-RIVIÈRE, E. O Processo Grupal. São Paulo: Martins Fontes,1986. FERNANDES, M.I.A. A subjetividade à luz de uma teoria de grupos. Psicologia USP v.5 n.1-2 São Paulo, p. 285-296, 1994. FERNANDES, M.I.A; SCARCELLI, I.R A queda do Hifen: História, Política e Clínica. In: SILVA JR, N.; ZANGARI, W. Psicologia Social e a Questão do Hífen. São Paulo: Blucher, 2017. FERNANDES, M.I.A. Negatividade e Vínculo: a mestiçagem como ideologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. SCARCELLI, I.R. Psicologia Social e Políticas Públicas. São Paulo: Zagodoni, 2017 (cap 2 e 3). Bibliografia complementar: BLEGER, J. "Psicanálise do Enquadramento Psicanalítico". In: Simbiose e Ambiguidade. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1985. FERNANDES, M.I.A.; SCARCELLI, I.R; COSTA, E.S. Fim de Século: ainda manicômios? São Paulo: IPUSP,1999. LEWIN, K. Problemas de Dinâmica de Grupo. São Paulo: Cultrix,1978. MORENO, J. L. Psicoterapia de Grupo e Psicodrama. Paris: PUF, 1965. ROGERS, C. Tornar-se Pessoa. Lisboa, Portugal. Moraes Editores,1961. FREUD, S. Psicanálise das Massas e Análise do Eu. Rio De Janeiro: Imago, 1980.