Exposição e discussão de fenômenos que parecem abraçar e exceder o mecanismo e o metabolismo, as máquinas e os organismos, inaugurando experiências de caráter necessariamente social e simbólico capazes de afirmar uma relação com o outro enquanto tal.
A. Quatro noções fundamentais: o signo (a sensibilidade semiológica, a interpretação do mundo), o rosto (a sensibilidade de contato, a sensibilidade ética, a aparição absoluta como ímã do contato, a verticalidade, a singularidade e a pluralidade humanas, a alteridade), o campo mutuamente compartilhado (o reconhecimento, a percepção intersubjetiva de pessoa, a condição social de fenômenos distintivamente humanos), o automatismo (o mecanismo e a coisa, o metabolismo e o organismo). B. Treze fenômenos: o desejo (o impulso erótico), o riso, a brincadeira, o trabalho, a ação (a iniciativa), a linguagem (a interpretação do mundo por signos duplamente articulados, a linguagem e o outro, a conversa), a troca (o dom, o dom revezado), o tempo (a memória e a utopia), a participação (o poder, a política; a história; o enraizamento e a troca de influências, o apreço desapegado), a solidão (a separação e a loucura), a dignidade pessoal (a polarização ética da percepção e da linguagem; a altura, a altivez e a humilhação), a beleza, o conhecimento objetivo.
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