Apresentar, examinar e discutir a bibliografia de referência e o estado atual das pesquisas sobre racionalidades políticas no mundo do trabalho, notadamente sob o prisma teórico das cosmopolíticas do trabalho. Circunscrever historicamente a noção de “mundo do trabalho”. Problematizar os diferentes regimes de engajamento e mobilização dos trabalhadores, a pluralidade política do trabalho, seus mundos e sujeitos, suas práticas e horizontes.
Exame e problematização da noção de “mundo do trabalho” a partir das referências teóricas do conceito de cosmopolítica e da configuração histórica das diferentes vertentes clássicas do pensamento crítico à modernidade capitalista.
1. Mundo do trabalho ou cosmopolíticas do trabalho? 2. Modernidade e produtividade política do trabalho 3. Economia política da força de trabalho 4. Dialética do trabalho, dialética do capital 5. Natureza, abundância e liberdade 6. O corpo produtivo 7. Vida, posse e acumulação primitiva 8. A instituição imaginária do trabalho 9. Associação e comum dos trabalhadores 10. Revolução, ciência e utopia 11. A invenção ontológica do Estado 12. A questão social e seus tempos 13. A imanência da sociedade: solidariedade e representações sociais 14. Totalitarismo e perversão do zelo do trabalho 15. Antropoceno ou catástrofe do mundo do trabalho? 16. Emancipação e cosmopolíticas do trabalho
ARENDT, H. A condição humana. Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1997. BALIBAR, E. Cosmopolitiques. La Découverte, Paris, 2022. CASTEL, R. As metamorfoses da questão social. Editora Vozes. Petrópolis, 1998. CASTORIADIS, C. A instituição imaginária da sociedade. Editora Paz e Terra, São Paulo, 1995. CHARBONNIER, P. Abundância e liberdade. Boitempo, São Paulo, 2021. DARDOT, P.; LAVAL, C. Comum. Boitempo, São Paulo, 2017. _____. Dominer. La Découverte, Paris, 2020. DEJOURS, C. A banalização da injustiça social. Editora FGV, Rio de Janeiro, 2000. DELEULE, D.; GUERY, F. Le corps productif. Maison Mame, Paris, 1972. DONZELOT, J. L’invention du social. Éditions du Seuil, Paris, 1994. FAUSTO, R. Sentido da dialética. Marx: lógica e política. Editora Vozes, Petrópolis, 2015. FEDERICI, S. Calibã e a bruxa. Elefante, São Paulo, 2017. FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Editora Vozes, Petrópolis, 1999. GIANNOTTI, J. A. Origens da dialética do trabalho. Difusão Europeia do livro, São Paulo, 1966. GRAMSCI, A. “Caderno 22 (1934). Americanismo e fordismo”, in: _____. Cadernos do Cárcere, volume 4. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 2007. HILBERG, R. La destruction des juifs d’Europe, 3 vols. Éditions Gallimard, Folio, Paris, 2006. LATOUR, B. Jamais fomos modernos. Ed. 34, São Paulo, 2000. _____. Diante de Gaia. Ubu, São Paulo, 2020. LENIN, V. “O Estado e a Revolução”, in: _____. Obras escolhias 2. Editora Alfa-Ômega, São Paulo, 1980. LINHART, R. Lenine, les paysans, Taylor. Éditons du Seuil, Paris, 1976. MARX, K. “Sección 4, La producción de la plusvalía relativa”; “Sección 5, La producción de la plusvalía absoluta y relativa”; “Sección 6, El salario”, in: _____. El Capital. Libro I. Fondo de Cultura Económica. Cidade do México, 1946. _____. “Capital fixo e desenvolvimento das forças produtivas da sociedade”, in: _____. Grundrisse. Boitempo, São Paulo, 2011. _____. “Manuscritos econômico-filosóficos”, in: _____. Marx. Os Pensadores. Abril Cultural, São Paulo, 1978. RABINBACH, A. Le moteur humain. La Fabrique, Paris, 2004. STENGERS, I. “A proposição cosmopolítica”, Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 69, 2018. THOMPSON, E. P. “Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial”, in: _____. Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. Companhia das Letras, São Paulo, 1998.