Pretende fornecer elementos que permitam configurar o trabalho e as organizações como objetos de estudo e como áreas de atuação da psicologia, abordando temas como a atividade humana e as diversas concepções sobre o trabalho e os processos organizativos. Pretende fornecer ferramentas que contribuam para o enfrentamento dos problemas que se apresentam no mundo do trabalho contemporâneo. Busca, enfim, criar condições para que discentes reflitam criticamente sobre a atuação da psicologia no mundo do trabalho, a partir da leitura da psicologia social e das outras ciências sociais.
Psicologia e trabalho, a atuação profissional e seus dilemas. Os mundos do trabalho. Subjetividade e trabalho: dominação neoliberal e formas de resistência. As abordagens em psicologia e trabalho. Desafios do trabalho contemporâneo.
O campo profissional da psicologia social do trabalho e das organizações à primeira vista: exemplos que ilustram as práticas contemporâneas. As fissuras do campo das psicologias voltadas para o trabalho: trabalho e organizações como objetos diversos? A história do desenvolvimento das aproximações da psicologia em relação ao trabalho. Do tempo da vida ao tempo do trabalho. Modernidade industrial. O sofrimento na organização neoliberal do trabalho. A intensificação contemporânea do trabalho. A psicologia e as mutações nas configurações das subjetividades laborais. O campo da psicologia social do trabalho. O trabalho na perspectiva ergológica. A função psicológica do trabalho e a clínica da atividade. Flexibilização, uberização e precarização do trabalho. A crítica feminista do trabalho. A possibilidade do comum do trabalho como horizonte político.
Abílio (2021). Empreendedorismo, autogerenciamento ou viração? Uberização e o trabalhador just-in-time na periferia. Bernardo, Oliveira, Souza & Sousa (2017). Linhas paralelas: as distintas aproximações da psicologia em relação ao trabalho. Borges & Bastos (2004). Trabalho e gestão de si: a proposta da ergologia. Dardot & Laval (2017). A práxis instituinte. In Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. Dejours (2000). A banalização da injustiça social (capítulo 5, A aceitação do "trabalho sujo" e Capítulo 6, A racionalização do mal). Esteves, Bernardo & Sato (2017). Fontes do pensamento e das práticas em psicologia social do trabalho. In Psicologia social do trabalho. Foucault (1973). A sociedade punitiva. Aula de 14 de março de 1973. Freeman (2019). "Eu venero as fábricas": fordismo, trabalho e a atmosfera romântica da fábrica gigantesca. Hirata, H. (2014). Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Leão (2012). Psicologia do trabalho: aspectos históricos, abordagens e desafios atuais. Martins (2001). A escravidão na sociedade contemporânea: a reprodução ampliada anômala do capital e a degradação das relações de trabalho. Neves, Oliveira, Farina & Ribeiro (2017). Um pouco da história de uma experiência de formação em psicologia social do trabalho em uma universidade pública. Pulido-Martínez (2015). Del empleo al post-empleo: o de la plasticidad de la psicología en la producción de la subjetividad laboral. Santos, M. (2006). Análise psicológica do trabalho: dos conceitos aos métodos.