Nos últimos anos o Brasil tem se consolidado como um grande fornecedor de alimentos. O agronegócio tem crescido em exportações. Desde o início dos anos 90 o Brasil tem melhorado em várias áreas, principalmente devido a uma economia mais estável, com taxas de inflação controladas. Mudanças institucionais ocorreram neste período, a fim de controlar gastos e despesas do governo. A democracia se consolidou, e o Brasil emergiu como um líder natural da América do Sul devido ao tamanho do país, sua população, desenvolvimento econômico e um grande mercado interno. Os contratos têm sido respeitados, mas por outro lado tem havido tolerância quanto a invasões de terras. Devido à grande presença do estado na economia, e devido a sua ineficiência natural, os impostos cresceram no Brasil e um dos maiores impostos do mundo, juntamente com uma das maiores taxas de juros e um sistema de leis de proteção ambiental bastante rigoroso, fazem parte do ambiente de negócios. Mesmo com este cenário e com uma falta de infraestrutura logística, baixas taxas de câmbio (tornando difícil exportar), o Brasil tem progredido rapidamente no agronegócio, particularmente na cadeia da cana-de-açúcar. A indústria de cana-de-açúcar é de longa data um dos esteios da economia brasileira. A partir da introdução das primeiras mudas no país, em 1532, por mais de dois séculos o açúcar foi o principal produto brasileiro. Há cerca de 50 anos, o setor experimentou o início de sua transformação. Além do açúcar, as usinas passaram a ter foco na produção do etanol e, mais recentemente, a atenção voltou-se à bioeletricidade, aos alcooquímicos e à comercialização de créditos de carbono. Tudo isso com a possibilidade do emprego de tecnologias avançadas que aumentam a produtividade e reduzem custos. Trata-se de um novo patamar de negócios, no qual a competitividade é a ordem do dia. No entanto, os avanços do setor sucroenergético não ficaram restritos somente à tecnologia. A nova usina brasileira também está comprometida com as questões sociais e ambientais. A melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, a racionalização do uso da terra e da água, a mitigação dos efeitos da mecanização da colheita e a preservação de ecossistemas fazem parte da agenda de trabalho do setor sucroenergético, que é um dos grandes empregadores no Brasil. Embora os avanços não sejam poucos, ainda há muito trabalho pela frente para que o setor possa crescer ainda mais. Nesse sentido, esta disciplina busca apresentar ao aluno como se organizam os Sistemas Agroindustriais sob a ótica da sustentabilidade. Para este propósito, serão abordados tópicos teóricos sobre sistemas e cadeias agroalimentares, marketing, estratégia e gestão integrada e sustentabilidade. A aplicação empírica será feita no Sistema Agroindustrial da Cana-de-Açúcar e nos Biocombustíveis em geral.
1. Apresentar Conceitos de Planejamento e Gestão Estratégica de Cadeias Produtivas. 2. Aplicacoes de marketing à produção sustentável de alimentos, fibras e bioenergia 3. Organizações Setoriais e Cooperativas 4. Ambiente Institucional 5. Tendências nacionais e internacionais no setor
1. Introdução aos Sistemas Agroindustriais Sustentáveis 2. O Desafio da Produção de Cana-de-açúcar 3. As Estratégias de Suprimento de Cana-de-açúcar 4. O Desafio da Industrialização da Cana-de-açúcar 5. O Negócio do Açúcar no Brasil e no Mundo 6. O Negócio do Etanol no Brasil e no Mundo 7. O Negócio da Bioeletricidade no Brasil e no Mundo 8. A Sustentabilidade Ambiental da Cana-de-Açúcar 9. A Sustentabilidade Social da Cana-de-Açúcar 10. Cenários e o Plano Estratégico para o Agronegócio Canavieiro no Brasil
Bibliografia BásicaNEVES,M.F.; CONEJERO,M.A. Estratégias para a Cana no Brasil. São Paulo: Atlas, 2010.Bibliografia Complementar: NEVES, M.F. (Org.) Agronegócios e Desenvolvimento Sustentável São Paulo: Atlas, 2007.NEVES, M. F.; ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, E. M. Agronegócio do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2005.NEVES, M.F. Planejamento e Gestão Estratégica de Sistemas Produtivos Visando Competitividade: O Método GESis. Revista de Administração da Universidade de São Paulo., São Paulo, v.43, n.4, p.331-343, out./nov./dez. 2008.NEVES, M.F. Planejamento e Gestão Estratégica de Marketing São Paulo: Atlas, 2005.BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e CGEE, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (Org.). Sugar Cane Based Bioethanol. Rio de Janeiro: BNDES, 2008. 316 p. Acesso em: http://www.cgee.org.br/noticias/viewBoletim.php?in_news=718&boletim=19>.NEVES, M.F.; PINTO, M.J.A.; CONEJERO, M.A. Transnational Companies Investments in Braziilian Agribusiness and Agriculture: The Case of Sugar Cane - Part of UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) World Investment Report 2009. Geneva: UNCTAD, 2009. NEVES, M.F. (Org.); Caminhos para a Citricultura: Uma agenda para manter a liderança Mundial – São Paulo: Editora Atlas, 2007.VILELLA, F; NEVES, M.F.; SENESI, S.; PALAU, H. Agronegocios en Argentina e Brasil: Uma estratégia conjunta y uma visión a futuro. Buenos Aires: Faculdad de Agronomia, Universidad de Buenos Aires, 2007. 224P.CAMPOS, E. M.; NEVES, M.F. Planejamento e Gestão Estratégica do Sistema Agroindustrial do Leite no Estado de São Paulo. São Paulo: SEBRAE, 2007.CONSOLI, M.A.; NEVES, M.F. (Org.). Estratégias para o Leite no Brasil. São Paulo: Editora Atlas, 2006.NEVES, M.F.; LOPES, F.F. (Coord.). Estratégias para a Laranja no Brasil. São Paulo: Editora Atlas, 2005.NEVES, M.F.; ROSSI, R.M. (Coord.). Estratégias para o Trigo no Brasil. São Paulo: Editora Atlas, 2004.ZYLBERZTAJN, D.; NEVES, M.F. (Coord.) – Economia e Gestão dos Negócios Agroalimentares: Indústria de Alimentos, Indústria de Insumos, Produção Agropecuária, Distribuição - São Paulo: Editora Thomson Learning/Pioneira, 2000,AAKER, D. A. Strategic Market Management. John Wiley & Sons, INC., 2001.JAIN, S. C. Marketing Planning & Strategy. Thomson Learning, 2000.LAMBIN, J. J. Market-Driven Management. Palgrave, 2000.GILLIGAN, C.; WILSON - R. M. Strategic Marketing Planning. Butterworth Heinemann, 2003.