Discutir um conjunto de interpretações da formação econômica brasileira a partir do modelo elaborado por Caio Prado Jr. Procura debruçar-se também acerca dos autores que seguiram o enfoque deste autor e, posteriormente, sobre a historiografia crítica a esta interpretação. Ao final discute-se a tentativa de reconciliação e superação da visão pradiana.
Examinar conjunto de interpretações acerca da formação econômica brasileira. De início, situamos o modelo elaborado por Caio Prado Jr., que constitui ponto de inflexão em nossa historiografia econômica. Sua sedimentação (Celso Furtado e Fernando Novais), implicou a consolidação de um entendimento daquela formação caracterizado pela ênfase no setor exportador. À luz da produção historiográfica recente, com a integração de fontes primárias inéditas, evidenciou-se a importância do mercado interno e a necessidade de repensar a nossa formação econômica.
1. Os primórdios da historiografia2. O modelo interpretativo de Caio Prado Júnior 2.1. Formação do Brasil Contemporâneo2.2. Consolidação da visão exportacionista: Celso Furtado e Fernando Novais3. Uma crítica: Antonio Barros de Castro4. O modo de produção dependente e colonial5. A emergência de novas evidências empíricas nos planos econômicos e demográficos6. 6. Propostas alternativas: acumulação endógena e capital escravista-mercantil
CARDOSO, C. F. Escravo ou camponês ? O protocampesinato negro nas Américas. São Paulo: Brasiliense, 1987.COSTA, I.del N. da. Repensando o modelo interpretativo de Caio Prado Júnior. São Paulo: NEHD-FEA/USP, 1995. (Cadernos NEHD, nº 3).FALCON, F.J.C. A época pombalina: política econômica e monarquia ilustrada. São Paulo: Ática, 1982. (Ensaios, 83).FERLINI, V.L.A. Terra, trabalho e poder: o mundo dos engenhos no Nordeste colonial. São Paulo: Brasiliense/CNPq, 1988.FRAGOSO, J.L.R. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1992.FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1980.GORENDER, J. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1985.IGLÉSIAS, F. Introdução: um historiador revolucionário. In: PRADO JR., C. Caio Prado Júnior: história. São Paulo: Ática, 1982, p. 7-44.LINHARES, M.Y.L. (Org.). História Geral do Brasil: da colonização portuguesa à modernização autoritária. Rio de Janeiro: Campus, 1990.NOVAIS, F.A. Colonização e sistema colonial: discussão de conceitos e perspectivas históricas. In: Colonização e Migração. IV Simpósio Nacional da ANPUH. São Paulo: FFLCH/USP, 1969, p. 243-262.NOVAIS, F.A. Estrutura e dinâmica do antigo sistema colonial (séculos XVI-XVIII). 5.ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.PIRES, J.M.;COSTA, I. Considerações sobre o capital escravista-mercantil. Estudos Econômicos, v. 24, n.1. p. 129-143, jan./abr. 1994.PRADO JR., C. Formação do Brasil Contemporâneo (colônia). 17.ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.RODRIGUES, J.H. Teoria da história do Brasil (introdução metodológica). 5.ed. São Paulo: Ed. Nacional; Brasília: INL, 1978.SCHWARTZ, S.B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das Letras/CNPq, 1988.SIMONSEN, R.C. História econômica do Brasil (1500-1820). 8.ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1978.