O cotidiano profissional em empresas e órgãos públicos organiza-se ao redor da (i) delimitação de objetos de pesquisa e da (ii) extração, coleção e análise de indicadores. Este curso visa a familiarizar o estudante com recursos quantitativos e metodológicos comumente utilizados em economia industrial, análises de empresas e de setores. Apresenta-se uma seleção de indicadores e índices, e realiza-se uma discussão teórico-histórica sumária em relação a cada tema econômico subjacente.
Indicadores básicos em preços e mercados: números-índice, índices de Paasche, Laspeyres e outros; índices de preços setoriais nacionais e estrangeiros; deflator; classificação de atividades econômicas; índices de concentração de mercado; indicadores de organização patrimonial e de portfolio de produtos. Fatores locacionais: índices de especialização produtiva e Gini locacional; indicadores e índices em teoria de redes sociais. Medidas de input e output em atividades associadas à inovação. Classes para a indexação de patentes. Classificações de setores e atividades segundo a intensidade / complexidade tecnológica. Medidas de situação e evolução da produtividade. Comparação de nações quanto à complexidade tecnológica e ao desempenho no comércio internacional.
1. Preços e mercados 1.1. Números-índice. Métodos para construção de indicadores de preço e de quantidade: Paasche, Laspeyres, Marshall–Edgeworth e Fisher. 1.2. Principais índices de preço gerais e setoriais existentes no Brasil, EUA e UE. Conceito de deflator e seu cálculo. Índice Big Mac. 1.3. Classificação e segmentação de atividades econômicas.Setorização em primário, secundário e terciário. Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (Brasil) e Standard Industrial Classification – SIC (EUA). História das classificações e princípios norteadores na criação de setores e classes. Principais usos derivados. 1.4. Índices de concentração: Concentration ratio-n, HHI e número de competidores efetivos. Índice de Lerner e teoria econômica subjacente. 1.5. Indicadores de conglomeração (foco na formação de grupos empresariais, societários e na diversificação de atividades dentro de uma empresa): Grau de Diversificação; Índice de Diversificação Concêntrica eateoria de Edith Penrose, precursora do Resource-based View of the Firm. 2. Fatores locacionais 2.1. Índice de especialização produtiva em clusters: Quociente Locacional (QL), Coeficiente de Localização (CL), Coeficiente de Especialização (CE) e Gini Locacional. 2.2. Índices e indicadores em redes sociais: teoria matemática sumária. Extrapolação para problemas sócio-econômicos. Métricas de conexão, distribuição (centralidade, vizinhança) e segmentação. 3. Tecnologia e inovação 3.1. Medidas de input e output em esforços de pesquisa científica, tecnológica e inovativa. Desempenho inovativo. Diretrizes provenientes dos Manuais deFrascati e de Oslo. Pesquisas brasileiras: PINTEC e “Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo” (FAPESP). Métodos de recorte e apuração de resultados. 3.2. Acordo de Estrasburgo (1971) e InternationalPatentClassification (IPC): Classificação de atividades para patente e a segmentação do INPI. Patentes, duração e cobertura(escopo) de proteção. 3.3. Classificações OCDE para intensidade tecnológica de setores: alta, média-alta, média-baixa e baixa. Critério de segmentação e suas críticas. 4. Desenvolvimento Econômico 4.1. Produtividade e suas medidas de evolução: Função de produção de formato Cobb-Douglas e Índices de Törnqvist e Malmquist. 4.2. Conceito de complexidade econômica: Índice de complexidade econômica de uma nação. Índice de quantum exportador / importador.
Principal: CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS - CNAE: versão 2.0. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 425 p. CROCCO, Marco Aurélio et al. Metodologia de identificação de aglomerações produtivas locais. Nova economia. 2006, vol.16, n.2, pp.211-241. GUIDE TO THE INTERNATIONAL PATENT CLASSIFICATION - Version 2017. Geneva: World IntellectualProperty Organization Press. HAUSMANN, R.; C. A. Hidalgo, et al., The Atlas of Economic Complexity, (2011) Puritan Press, Hollis New Hampshire. MANKIW, N. Gregory: Introdução à economia. São Paulo, SP: Cengage Learning c2014, 824 p. OECD (2001),Measuring Productivity. Measurement of Aggregate and Industry-level Productivity Growth, OECD Publishing, Paris. _____. (2015), Frascati Manual 2015: Guidelines for Collecting and Reporting Data on Research and Experimental Development, OECD Publishing, Paris. OECD/Eurostat (2005), Oslo Manual: Guidelines for Collecting and Interpreting Innovation Data, 3rd Edition, OECD Publishing, Paris. PAVITT, K. (1984). Sectoral patterns of technical change: Towards a taxonomy and a theory. ResearchPolicy, v. 13, p. 343-373. PESQUISA DE INOVAÇÃO: 2014 / IBGE, Coordenação de Indústria. – Rio de Janeiro: IBGE, 2016. 105 p. VARIAN, H. R. Microeconomia: princípios básicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000. SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR: métodos de cálculo. Rio de Janeiro: IBGE, Diretoria de Pesquisas, 2013. Complementar: DENOOY, W., MRYAR, A., and BATAGELJ, V. (2011): Exploratory Social Network Analysis with Pajek:Revised and Expanded Second Edition. New York: Cambridge University Press. ECONOMIA INDUSTRIAL: fundamentos teóricos e praticas no Brasil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 640 p. HITT, M. A., R. D. IRELAND e R. E. HOSKISSON. Administração Estratégica: Competitividade e Globalização. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. PENROSE, Edith Tilton. A teoria do crescimento da firma. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006. 398 p. (Clássicos da inovação). SCOTCHMER, S. (2006). Innovation and Incentives. Cambridge, MA: The MIT Press, 357 p.