1. Refletir sobre as limitações do conceito de Saúde Única e introduzir a saúde multiespécie em termos de ecologias de práticas e saberes decoloniais. 2. Elaborar o conceito de pedagogias periféricas numa perspectiva de saúde multiespécie. 3. Situar as pedagogias periféricas da saúde multiespécie como processos de transformação social e coextensão universitária. 4. Realizar atividades didáticas de educação em saúde com crianças de uma periferia urbana. 5. Retribuir à sociedade que sustenta à universidade pública.
O eixo da disciplina é a coprodução de vivências e propostas voltadas ao cuidado de coletivos multiespécies de uma periferia urbana. Para isso, a fundamentação teórica, a ser trabalhada por meio de revisão de literatura e discussões, será articulada com trabalhos de campo para conhecer o território, consolidar parcerias e participar em atividades pedagógicas de uma instituição que atende crianças da comunidade. A partir dessa articulação e aprendendo das pedagogias mais-que-humanas que ensinam a resistir, afetar, ser afetado e criar alternativas em situações periféricas, serão elaboradas duas propostas de cuidado multiespécie. A primeira resultará numa atividade didática de educação em saúde, realizada com as crianças da instituição e conduzida pelas estudantes da disciplina. A segunda terá como propósito especular sobre estratégias que possam começar a ser construídas desde o cotidiano atual e resultem no futuro que se quer para a comunidade, visando resistir danos irreversíveis e evitar os que podem surgir, em decorrência da crise civilizatória atual e suas catástrofes socioambientais.
1. Introdução à saúde multiespécie e suas pedagogias periféricas. 2. Revisão e discussão de literatura. 3. Trabalho de campo. 4. Preparação de atividade didática de educação em saúde com crianças. 5. Elaboração de proposta especulativa.
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