A disciplina visa discutir o papel da indústria no desenvolvimento econômico do país em diversos momentos históricos. Discute as várias interpretações sobre o processo de industrialização no Brasil e como estas estiveram relacionadas a diversas concepções sobre o desenvolvimento econômico e o projeto nacional. Para além das transformações da estrutura produtiva e da análise das fontes do dinamismo econômico no período 1930-1980, são enfocadas as mudanças sociais que culminaram na emergência do Brasil urbano, moderno, desigual e excludente. Esta visão de longo prazo permite rediscutir a indústria pós-anos noventa e confrontar as teses que apontam para uma desindustrialização do país.
A disciplina discute os diferentes papéis da indústria ao longo da história brasileira. Concentra a análise no século XX quando a industrialização trouxe consigo novas perspectivas para o desenvolvimento econômico, além de ter permitido o confronto entre projetos nacionais alternativos. São ressaltados o papel do Estado no processo de industrialização e as transformações sociais vivenciadas durante este período.
1. Revolução Industrial e Processos de Industrialização: abordagens teóricas2. A indústria no Brasil Colônia3. Impactos da Abertura dos Portos sobre a indústria 4. A expansão industrial de 1850 a 19305. A Industrialização, suas etapas e principais gargalos: 1930 a 19806. Projetos de Desenvolvimento e o Debate em torno da Industrialização7. O Papel do Estado na Industrialização Brasileira8. Industrialização e Transformações Sociais9. A Abertura Econômica dos Anos 90 e os Impactos sobre a Indústria no Brasil10. A Nova Divisão Internacional do Trabalho e os BRICs
Arruda, J. J. A. (2008). Uma Colônia entre Dois Impérios: a Abertura dos Portos Brasileiros 1800-1808. Bauru, EDUSC.Barbosa de Oliveira, C. A. (2003). Processo de Industrialização: Do Capitalismo Originário ao Atrasado. São Paulo, Editora UNESP.Bielshowsky, R. (1995). Pensamento Econômico Brasileiro: O Ciclo Ideológico do Desenvolvimentismo. Rio de Janeiro, Contraponto, 2ª. edição.Campos, R & Simonsen, M. H. (1974). A Nova Economia Brasileira. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio.Cano, W. (1998). Desequilíbrios Regionais e Concentração Industrial no Brasil. Campinas, Instituto de Economia da UNICAMP, 2ª. edição.Carvalho, J. M. (2001). Cidadania no Brasil: O Longo Caminho. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.Castro, A. B. & Souza, F.E.P. (2004). A Economia Brasileira em Marcha Forçada. São Paulo, Paz e Terra, 3ª. edição.Castro, A. B. (1971). Sete Ensaios sobre a Economia Brasileira, vol. 2. Rio de Janeiro, Forense.Chang, H. J. (2004). Chutando a Escada: A Estratégia do Desenvolvimento em Perspectiva Histórica. São Paulo, Editora UNESP.Coutinho, L., Laplane M. & Hiratuka C. (2003). Internacionalização e Desenvolvimento da Indústria no Brasil. São Paulo, Editora UNESP.Cohn, G. (1973). “Problemas da Industrialização no Século XX”. In: Brasil em Perspectiva, C. G. Mota, org. São Paulo, Difel. 4ª. edição.Draibe, S. (1985). Rumos e Metamorfoses: Estado e Industrialização no Brasil, 1930-1960. Rio de Janeiro, Paz e Terra. Evans, P. (2005). Autonomia e Parceria: Estados e Transformação Industrial. Rio de Janeiro, Editora UFRJ.Faria, V. (1986). “Mudanças na Composição do Emprego e na Estrutura das Ocupações”. In: A Transição Incompleta: Brasil desde 1945, vol. 2, E. Bacha e H. S. Klein, orgs. Rio de Janeiro, Paz e Terra.Franco, G. (1999). O Desafio Brasileiro. São Paulo, Editora 34.Furtado, C. (1974). O Mito do Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 4ª. edição.Furtado, C. (1959). Formação Econômica do Brasil, Rio de Janeiro, Editora Fundo de Cultura.Hobsbawm, E. (1995). Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. São Paulo, Companhia das Letras.IPEA/INPES. (1978). A Controvérsia do Planejamento na Economia Brasileira. Rio de Janeiro, 2ª. edição.Landes, D. (1994). Prometeus Desacorrentado. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.Lima, H. F. (1961). Formação Industrial do Brasil. Rio de Janeiro, Editora Fundo de Cultura.Lopes, J. R. B. (1976). Desenvolvimento e Mudança Social: Formação da Sociedade Urbano-Industrial no Brasil. Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional.Luz, N.V. (1975). A Luta pela Industrialização do Brasil. São Paulo, Alfa-Ômega, 2ª. edição.Novais, F. (2005). Aproximações: Estudos de História e Historiografia. São Paulo, Cosac Naify.Oliveira, F. & Reichstul, H. P. (1973). Mudanças na Divisão Inter-Regional do Trabalho no Brasil. In: Estudos Cebrap, nº 4. São Paulo, Cebrap.Pereira, L. C. B. (1998). Economia Brasileira: uma Introdução Crítica. São Paulo, Editora 34.Pochmann, M. et al. (2005). Atlas da Exclusão Social, vol. 5. São Paulo, Cortez.Prado Jr., C. (1989). História e Desenvolvimento. São Paulo, Brasiliense, 3ª. edição.Prado Jr., C. (1985). História Econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 32ª. edição.Rangel, I. (2005). Obras Reunidas, vol. 1. Rio de Janeiro, Contraponto.Santos, W. G. (2006). O Ex-Leviatã Brasileiro: do Voto Disperso ao Clientelismo Concentrado. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.Simonsen, R. (1973). Evolução Industrial do Brasil e Outros Estudos. São Paulo, Companhia Editora Nacional e EDUSP.Singer, P. (1977). A Crise do “Milagre”: Interpretação Crítica da Economia Brasileira. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 5ª. edição.Suzigan, W. (2000). Indústria Brasileira: Origem e Desenvolvimento. São Paulo, Hucitec.Tavares, M. C. (1973). Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 2ª. edição.UNCTAD. (2003). “Capital Accumulation. Growth and Structural Change”. In: Trade and Development Report. Geneva, Unctad.